terça-feira, 26 de maio de 2009

Estrela 2009 - Uma subida... 4 Experiências!

Isto de reunir 4 testemunhos (BTTHAL) de um únicao evento... tem lá que se lhe diga e claro… leva tempo… eheheh! Batemos portanto mais um record "Post mais atrasado de Sempre"! Ehehehe! Mas…vamos ao que interessa amigos!!!!
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Foto-Reportagem by JValente

Mais um ano… mais uma mítica Rota da Estrela!
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Este ano, coube-me o comando na organização da Rota da Estrela 2009! Atendendo a que numa estratégia vencedora não se deve mexer… optei por manter as mesmas linhas orientadoras do ano passado. Com a devida antecedência efectuei reserva na Pousada de Juventude das Penhas da Saúde para os elementos que desde início se manifestaram interessados! Eventos como este nunca é bom terem muita gente… afim de facilitar a organização e respectivo sucesso do evento! Assim enderecei convites pessoais aos mais chegados de maneira a perfazer um grupo “catita”! Obrigado a todos os que aceitaram o convite e vieram partilhar este dia connosco!


Ainda de madrugada, saíram 5 bravos da cidade albicastrense à conquista do topo, munidos das suas leves asfálticas com as pesadas desmultiplicações. Fernando Micaelo, António Cabaço, Nuno Eusébio, Álvaro e Silvério. Já mais adiantados na hora (9horas) saímos do parque de estacionamento do Pingo Doce/ Mc Donald’s da Covilhã, os homens das bikes pesadas (BTT) com desmultiplicações mais leves… João Afonso, Carlos Sales, Joaquim Cabarrão, João Valente (eu), Hugo Caldeira, Paulo João, Paulo Alves e Carlos Lozoya....!


O ano transacto foi a primeira edição da Rota da Estrela… uma estreia na subida ao mais alto ponto de Portugal Continental! Este ano, na segunda edição já sabia com o que contava… e quer queiramos quer não… ir para piso conhecido é sempre… uma vantgem!!


Assim, decidi concentrar-me e não oscilar muito, quer em termos de variações de ritmo, quer em termos de variações de frequência cardíaca! Depressa verifiquei que para manter este equilíbrio iria fazer a subida praticamente sozinho, ou eventualmente arranjar um companheiro com características semelhantes de pedalada! Saí da Covilhã com o João Afonso e o Carlos Sales como companhia mantendo-os até à zona de primeira paragem no Miradouro da Varanda dos Carqueijais onde aliviamos a pressão próstatica do selim das bikes, comemos alguma coisa e sacámos umas fotografias para a posteridade!


Prosseguimos serra acima com as temperaturas bastante acima da média, onde cheguei mesmo a ter calor… no entanto com o avançar da altimetria as mangas cardadas do jersey souberam-me muito bem!!! Na zona próxima ao velho e abandonado Sanatório o Carlos Sales decidiu abrandar um pouco o ritmo deixando-me sozinho com o João Afonso… que me acompanhou até à conquista da Torre. Grande subida com melhor companhia. Obrigado João Afonso!


Fizemos uma segunda paragem na zona da Santa… para novo alívio e trincar umas bolachitas gentilmente oferecidas pela esposa do João Afonso. Já próximos do topo, as temperaturas eram já típicas do relevo serrano ainda a conservar áreas grandes de alva neve!


Aquela sensação de conquista… que todos vós provavelmente sentiram… assolou-me enquanto circundava a rotunda do topo… faz arrepiar o espírito e a alma, faz-nos sentir bem connosco próprios… faz-nos agradecer a Alguém Superior pela possibilidade que nos dá de vivenciar estas emoções… é óptimo respirar este sentimento!


Ao invés de descer vertiginosamente até às Penhas da Saúde (como fiz o ano passado)… vim a dar gás no travão e apreciar a paisagem rochosa, pintada com cores primaveris aqui e acolá, podendo captar alguns registos fotográficos que não tirei durante a subida. Soberba… esta nossa Serra e aqui tão perto de nós!


Já na Pousada das Penhas foi tempo de confraternização com as nossas famílias que nos acompanham e aturam este nosso saudável hobbie durante um almoço convívio que entrou pela tarde dentro! Enfim… o culminar de mais um evento que certamente ficará retido na nossa memória e redigido nos nossos blog’s.


Até para o ano na III Rota da Estrela 2010. Conto convosco… novamente!
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Foto-Reportagem by CLI (Carlos Ibanez Lozoya)

Hoy recibí un e-mail de João sugiriéndome que diese mi particular y surrealista punto de vista de nuestra última locura sobre dos ruedas. Veré lo que me sale, ya que últimamente mi neurona está más ocupada en labores más hogareñas como cambiar pañales, preparar biberones, noches en vela y la elaboración del Diccionario “Llanto de Carlitos-Español: sepa lo que quiere un bebé de 1 mes en sólo 4 lecciones”… así que allá va:

El día comenzó allá por las tres de la madrugada, tras el último cambio de “fralda” siguiente a la mama de las dos y media, mientras miraba con mucho recelo a la predicción del tiempo: lluvia, granizo, temperaturas polares…. ¡Vaya, me voy a pillar una gripe del cop..n!, así que comencé a meter en la camelback el impermeable, el cortavientos, los calcetos que Paulo me compró por internet, un bidón de agua, cuatro barritas, un bocata de chorizo del pueblo (nuca se sabe cuándo puede llegar “la pájara”), papel higiénico, crema para el culito…. Y claro, no podía cerrar y mucho menos cargarla sobre los hombros, así que tras realizar varios triages, ya eran las cuatro de la mañana cuando volvía a la cama. ¡A ver quién era el guapo que era capaz de aparecer a las 7 de la madrugada en el café del Modelo! Así que volví a la piltra y me dormí… hasta las 8 y cuarto.
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Salí corriendo y me fui. Esta vez mi Santa no me regañó por mi nueva locura (bueno, quizá tuvo algo que ver que no la di la oportunidad de despedirme…) Fue por eso que tuve que literalmente “volar” con el coche a ver si llegaba a Covilhã donde el grupo de intrépidos ya estaba calentando motores. Yo todavía confiaba en esperar a los Hombretones que habían salido de CB City y meterme un bollycao entre pecho y espalda, pero no coló: salimos antes de que llegaran (por fin, pensé: “esta vez no seré el último”. Qué engañado estaba… pero no adelantemos acontecimientos). Esta vez perdí el contacto con el grupo de cabeza antes de llegar a la Facultad de Medicina, quedándonos a la cola Paulo João, Paulo Alves , Hugo Caldeira y yo. Poco después de pasar la Cámara Municipal, tuve deseos de desviarme hacia el cementerio, para descansar definitivamente, visto que una señora con un “andarilho” no se dejaba adelantar por mí.. ¡y además me sacaba ventaja!, pero otra con un perrillo lo achuchó hacia mí al grito de “¡fuera bicis del cementerio, gamberros!”, así que no tuve más remedio que continuar hacia mi particular “Techo del Mundo” en compañía de los dos Paulos, visto que Hugo despareció en la lontananza.
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Finalmente, Paulo João demarró lentamente para convertirse primero en un objeto lejano y después en un puntito allá a lo lejos. Paulo y yo paramos un poco antes de un refugio de Scouts, donde por cierto, debían estar asando chuletas, visto el cartel de “riesgo alto de incendio”. Por allí pasó el Sr. Cabaço levantando humo del asfalto y casi arrastrándonos con el vacío que dejaba tras de sí mientras subía sin frenos. Algo después, cerca del camping, fue Fernando el que nos adelantó diciéndonos algo así como “Bye-Bye, Boys, see you later ” o algo así entendí, tal era la velocidad que desarrollaba en su carbono de ruta. Ya sin estrés, visto que éramos finalmente los últimos, allá continuamos Paulo y yo, charlando acerca de lo divino y de lo humano (bueno, a veces era algo difícil dadas las rampas del 10%), hasta que paramos otra vez en el Sanatorio, donde parece que interrumpimos ciertos arrumacos que una pareja ya entrada en años se prodigaba en su coche de adolescente. “¿Pasa algo?”, les dijimos, a lo que nos respondieron que había “algo” que se había calentado en el coche, pero no entendí si era un problema del motor o de la “palanca de cambios”. No obstante, muy educadamente, visto que estábamos de más, decidimos retirarnos prudentemente, continuando nuestra marcha. Aquello parecía que iba muy bien, estábamos frescos como lechugas, sin dolores musculares, apenas en “aquella parte donde la espalda pierde su honesto nombre” (creo que pasaré algunos días sin sentarme correctamente) y casi en Penhas da Saúde.
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Continuamos un poco más arriba, haciéndonos los fuertes delante de las Marías (Bárbara, Céu y Sónia), hasta que decidimos dar por terminado el paseo a las 11.15 horas con una bonita foto. Un cafelín y hacia abajo a toda velocidad (media de 41 Kms/h y máxima de 65: somos unos “hachas”, casi unos Frikibikers). Después: ya lo sabéis, comida rica y la familia a nuestro lado: qué más se puede pedir. Para el año que viene, ya hemos quedado Paulo y yo en subir un par de curvas más, y así sucesivamente. Quién sabe si mi hijo me acompañará en el último giro hasta Torre: mi “Himalaya particular”.

Un abrazo
Nos vemos en los “trilhos”.
CLI
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Foto-Reportagem by Paulo João

Olá a todos. O dia começou com a reposição de cafeína habitual na padaria do Montalvão pelas 7h10 após o que rumamos com destino à Covilhã. Tirada a foto de grupo iniciou-se a subida à torre pelas 9h00. Para não desprestigiar o nome da instituição “Freakie Bikers Team” PJFA, CLI e eu próprio iniciamos a subida na cauda do pelotão… Como já afirmei antes, é o nosso ponto fraco e é o que nos impede de almejar chegar ao final na companhia dos primeiros… E continuamos juntos em ameno convívio serra acima.

Nesta minha primeira aventura pela Serra decobri por experiência própria que o segredo para uma subida bem conseguida é conseguir encontrar o nosso próprio ritmo por forma a que nos sintamos confortáveis o mais possível apesar das agruras causadas pelo desnível do terreno.

Dei comigo isolado ao chegar às Penhas da Saúde… objectivo inicial da subida alcançado. Tinhamos definido como objectivo principal para esta aventura chegar até aqui. Olhei para as horas eram, sensivelmente 11h e dei comigo a pensar… já que aqui estás porque não sobes o resto? Não terás muitas oportunidades de o fazer… E se bem o pensei melhor o fiz e dei comigo numa aventura a solo rumo à Torre.

A sensação de pedalar nesse ambiente é assombrosa deu-me a perfeita noção do quão insignificantes somos… Foi uma experiência quase mágica sentir os cheiros das flores que nesta altura desabrocham… Ver aquela paisagem majestosa que é fantástica de carro mas assim de bicicleta… assume uma outra dimensão… Era só eu e a Serra...

A subida não foi fácil… nunca é… Para subir a Serra é preciso na minha opinião entrega e espírito de sacrifício… E querer muito chegar a topo. A cerca de 7Km da torre cruzei-me com alguns companheiros que estavam e efectuar a descida que me deram alento para continuar. Cheguei ao topo cerca das 12h30 com a com a satisfação de ter conseguido cumprir o que me tinha proposto.
Foi uma vitória pessoal...
A descida foi vertiginosa até à pousada das Penhas da Saúde onde cheguei um pouco antes das 1h e onde finalmente tomei um banhinho quente e almocei em confraternização com familiares e amigos. Adorei a experiência. Parabéns à organização. Se houver nova aventura para o ano podem contar com a minha presença...
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Foto-Reportagem by FMike

Bem… Já repararam? Mais um ano se passou! É verdade…

Foram muitos os dias passados nos trilhos, os quilómetros que rolaram debaixo dos pneus das nossas amadas gingas, muitos os momentos de confraternização com amigos das duas rodas, desde que em Abril do transacto ano levamos a cabo a nossa maior proeza enquanto grupo de aficionados amadores – organizar e levar a bom porto a Subida à Serra da Estrela em bicicleta.
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Há 12 meses atrás eram muitas as expectativas, as incertezas, as dúvidas… Iria correr tudo bem? Iríamos conseguir trepar aquele “calhau”? Iríamos reforçar os nossos laços de amizade e companheirismo?

Hoje, Maio de 2009 e quase uma semana depois do Estrela 2009 II Edição, já sabemos que a aposta foi ganha. Mais uma vez correu tudo bem, mais uma vez subimos até onde nos apeteceu e mais uma vez passamos um bom bocado a testar os nossos limites e a reforçar laços.

A quem subiu lá acima e a quem tentou só lhes posso dar os meus parabéns por terem embarcado connosco em mais esta saudável loucura… A quem disse Pronto! e alegrou os demais com a sua comparência só lhe tenho a dar o meu muito obrigado pela sua presença e que pró ano voltem a pedalar connosco… A quem ficou com um certo gostinho na boca por não ter podido ir, que fiquem atentos, porque pró ano TEMOS que repetir, e claro podem sempre juntar-se a nós.

Os meus amigos redactores deste blog BTTHAL já praticamente disseram tudo. Eu pouco mais posso acrescentar. Embora a minha aventura tenha sido um bocadinho mais longa, não é por isso maior ou diferente. Pedalei por gosto e com gosto, embora este ano com outras condições – melhor meteorologia, melhor preparação, melhor ginga. Mas desenganem-se os que ainda têm dúvidas em nos acompanhar. A maior força para levar a cabo esta aventura não está nestes parâmetros puramente físicos e materiais. Podemos ter a melhor bike do mundo ou o melhor de todos os treinadores, mas se no nosso psicológico disser que “não consigo!”, pois… será mesmo difícil lá chegar. Se pelo contrário tornarmos o desafio em energia positiva, aí meus amigos, “nem que a vaca tussa” mas o “calhau” será transposto! E mais uma vez foi! E muitos dos que se atreveram, alguns dos quais pela primeira vez, gostaram da sensação de lá chegarem acima, ao topo de Portugal! Eu por mim mais uma vez adorei e como já disse aqui o ano passado, esta subida à Estrela e a ida a Fátima irão ser duas aventuras que teimosamente tentarei levar a cabo até “que as pernas me doam”.


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