sábado, 30 de maio de 2009

Em Estágio pelas serranias do Fundão

Boas a todos!
.
Podem os mais criativos perante este título supor que a equipa BTTHAL entrou em estágio com vista à preparação de alguma prova do calendário ciclo-btt-turista. É verdade que são muitas as possibilidades de avançar nessa prole mas não faz mesmo o nosso género. Ná... O que a malta gosta mesmo é de pedalar, passear, alargar novos horizontes, registar novas paisagens, dismitificar novas fronteiras, nem que para isso tenhamos que fazer quilómetros nesse sentido - em carro entenda-se! Portanto vão lá arranjando outra justificativa para o título.

Hospede inúmeras fotos no slide.com GRÁTIS!

O surgimento na zona do Fundão de uma série de geocaches da responsabilidade de Francisco Frade, um geocacher ligado a uma empresa de eventos outdoor, denominadas de Estágios, em honra ao estágio que fez na dita empresa, promoveu desde logo o planeamento de mais uma aventura BTTHAL em duas rodas, com vista a fazer o pleno destas caches.

Hospede inúmeras fotos no slide.com GRÁTIS!

Para tal era necessário arranjar um dia completo para tal conquista não porque fossem muitos os quilómetros pedalados, mas sim porque pretendiamos faze-los em ambiente calmo, apreciador e com tempo para cachar tais caixotinhos. Dia após dia iamos adiando o inevitável, até que surgiu fianalmente um dia nas nossas ocupadas escalas que permitisse levarmos a cabo tal aventura. E o dia 28 de Maio foi então dedicado a fazer Estágios pelas serras do Fundão.

Hospede inúmeras fotos no slide.com GRÁTIS!

A cachada implicava fazer 5 caches em BTT e mais 3 caches já na cidade do Fundão, estas já de cachemobile, a super Toyota do JValente. O passeio de bicicleta implicava uma volta circular, em trilhos mistos, por montes e vales, começando no Castelejo e passando por Enxabarda, Açor, Boxinos, Bogas, Malhada Velha, Barroca, SMartinho, Silvares, Lavacolhos e novamente Castelejo.

Hospede inúmeras fotos no slide.com GRÁTIS!

Com os arraiais assentes nesta aldeia, lá partimos ao meio da manhã em direcção à primeira cache do dia - Estágio: Grande Vista, que como o nome indica para se ter uma grande vista, temos... uma grande subida! Nada mais nada menos do que a subida da serra do Açor, que logo a seguir à Enxabarda dita um serpentear de curvas e contracurvas, sempre em grande pendente, rumo ao cimo da serra. Mas lá chegados o esforço vale pela vista - 360º de bonitas paisagens, com as imponentes Gardunha e Estrela a marcar a sua majestosa presença, intercaladas por muitas, muitas torres eólicas. Excelente Vista!

Hospede inúmeras fotos no slide.com GRÁTIS!

Conquistado o caixotinho, seguimos então ao longo de 15 km por entre subidas e descidas em direcção à Barroca, onde chegamos após passarmos algumas emblemáticas aldeias onde o xisto domina.

Hospede inúmeras fotos no slide.com GRÁTIS!

Chegados á Barroca tinhamos então a 2ª cache do dia - Estágio: Rota do Mineiro á nossa espera para conhecermos mais uma bonita aldeia deste Portugal profundo. Situada na área de lazer da aldeia, foi fácil dar com a caixinha, mas a paisagem envolvente fez-nos ficar por ali, pois a envolvência era grande. Bonito local para libertar o stress...

Hospede inúmeras fotos no slide.com GRÁTIS!

Hospede inúmeras fotos no slide.com GRÁTIS!

Hospede inúmeras fotos no slide.com GRÁTIS!

Mas o estômago dava horas e cheirava a comida no ar. Um restaurante ali perto que já sabiamos que servia bem e barato, serviu-nos para repormos os niveis de combustivel, com uma bela dose de bacalhau à Brás, com todos os complementos a que tinhamos direito, pelo que saimos de lá que nem uns abades, sem vontade nenhuma de pedalar tal era a moleza e tal era o calor cá fora. Mas havia uma tarefa a cumprir, pelo que ala á estrada!

Hospede inúmeras fotos no slide.com GRÁTIS!

Hospede inúmeras fotos no slide.com GRÁTIS!

Serpenteando pelo flanco da serra, quase sempre a subir, lá fomos vencendo os quilómetros rumo a Lavacolhos, uma aldeia bem conhecida pelos seus invulgares bombos. Bem mas aqui o que nos interessava eram as 3 caches que lá habitavam - Estágios: Lavacolhos, Montes e Vales e Albert Einstein. As duas primeiras foi fácil dar com elas permitindo um passeio bem bonito pelos caminhos rurais em redor da aldeia.

Hospede inúmeras fotos no slide.com GRÁTIS!

Hospede inúmeras fotos no slide.com GRÁTIS!

Mas a última cache quase que ditava uma desistência. Como era um enigma primeiro tivemos que resolver o dito e depois já com as coordenadas na mão é que nos pusemos a cachar. Mas as c*bronas das coordenadas que estavam erradas!... Primeiro fizemos uma picada valente por duas vezes e depois andamos literalmente no meio do mato a apanhar gambuzinos, mas nada de aparecer a dita cuja. O que nos valeu foi a ajuda de um amigo geocacher que lá nos elucidou via telélé o engano e lá demos com ela junto à área de lazer de Lavacolhos. Magana!

Hospede inúmeras fotos no slide.com GRÁTIS!

Hospede inúmeras fotos no slide.com GRÁTIS!

Desenganem-se se pensam que a coluna de fumo era dos nossos cérebros a arder! Era mesmo um incendio no meio da floresta, bem perto de nós que deu direito a helicóptero e tudo.
.
Bem estava conquistada a primeira parte da aventura, que se pautou por quase 60 km e uns expressivos 1500 m de acumulado, nada de estranhar face ás serranias que visitamos. Malta do GR22... têm muito que pedalar serra acima! Eheheheheh

Hospede inúmeras fotos no slide.com GRÁTIS!

Ora depois de carregarmos as nossas burras no cachemobile e de matarmos a sede com um par de fresquinhas, viramos então os azimutes para as 3 caches urbanas do Fundão- Estagio: Moagem, Turismo e Aventura e Fundão.

Hospede inúmeras fotos no slide.com GRÁTIS!

Hospede inúmeras fotos no slide.com GRÁTIS!

Embora as caches urbanas apresentem menor dificuldade em termos de terreno, são sempre um maior desafio para o geocacher, pois a presença de pessoas estranhas pode dificultar a retirada da cache e a execução do respectivo log. Mas com alguma manha, "chaves que caem no chao", "apertar o atacador", lá se vai fazendo sempre sem grandes pressas. E no final do dia demos por concluida a nossa tarefa, com 8 caches no "bolso", um bom treino de subidas em bike e especatuclares paisagens e momentos de convivio. Mais uma vez afirmo - "BTT e geocaching casam muito bem!"
.
Fiquem bem e até á próxima aventura - GR 22 by JValente.
.
FMike :-)
.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Estrela 2009 - Uma subida... 4 Experiências!

Isto de reunir 4 testemunhos (BTTHAL) de um únicao evento... tem lá que se lhe diga e claro… leva tempo… eheheh! Batemos portanto mais um record "Post mais atrasado de Sempre"! Ehehehe! Mas…vamos ao que interessa amigos!!!!
.
.
Foto-Reportagem by JValente

Mais um ano… mais uma mítica Rota da Estrela!
.
Este ano, coube-me o comando na organização da Rota da Estrela 2009! Atendendo a que numa estratégia vencedora não se deve mexer… optei por manter as mesmas linhas orientadoras do ano passado. Com a devida antecedência efectuei reserva na Pousada de Juventude das Penhas da Saúde para os elementos que desde início se manifestaram interessados! Eventos como este nunca é bom terem muita gente… afim de facilitar a organização e respectivo sucesso do evento! Assim enderecei convites pessoais aos mais chegados de maneira a perfazer um grupo “catita”! Obrigado a todos os que aceitaram o convite e vieram partilhar este dia connosco!


Ainda de madrugada, saíram 5 bravos da cidade albicastrense à conquista do topo, munidos das suas leves asfálticas com as pesadas desmultiplicações. Fernando Micaelo, António Cabaço, Nuno Eusébio, Álvaro e Silvério. Já mais adiantados na hora (9horas) saímos do parque de estacionamento do Pingo Doce/ Mc Donald’s da Covilhã, os homens das bikes pesadas (BTT) com desmultiplicações mais leves… João Afonso, Carlos Sales, Joaquim Cabarrão, João Valente (eu), Hugo Caldeira, Paulo João, Paulo Alves e Carlos Lozoya....!


O ano transacto foi a primeira edição da Rota da Estrela… uma estreia na subida ao mais alto ponto de Portugal Continental! Este ano, na segunda edição já sabia com o que contava… e quer queiramos quer não… ir para piso conhecido é sempre… uma vantgem!!


Assim, decidi concentrar-me e não oscilar muito, quer em termos de variações de ritmo, quer em termos de variações de frequência cardíaca! Depressa verifiquei que para manter este equilíbrio iria fazer a subida praticamente sozinho, ou eventualmente arranjar um companheiro com características semelhantes de pedalada! Saí da Covilhã com o João Afonso e o Carlos Sales como companhia mantendo-os até à zona de primeira paragem no Miradouro da Varanda dos Carqueijais onde aliviamos a pressão próstatica do selim das bikes, comemos alguma coisa e sacámos umas fotografias para a posteridade!


Prosseguimos serra acima com as temperaturas bastante acima da média, onde cheguei mesmo a ter calor… no entanto com o avançar da altimetria as mangas cardadas do jersey souberam-me muito bem!!! Na zona próxima ao velho e abandonado Sanatório o Carlos Sales decidiu abrandar um pouco o ritmo deixando-me sozinho com o João Afonso… que me acompanhou até à conquista da Torre. Grande subida com melhor companhia. Obrigado João Afonso!


Fizemos uma segunda paragem na zona da Santa… para novo alívio e trincar umas bolachitas gentilmente oferecidas pela esposa do João Afonso. Já próximos do topo, as temperaturas eram já típicas do relevo serrano ainda a conservar áreas grandes de alva neve!


Aquela sensação de conquista… que todos vós provavelmente sentiram… assolou-me enquanto circundava a rotunda do topo… faz arrepiar o espírito e a alma, faz-nos sentir bem connosco próprios… faz-nos agradecer a Alguém Superior pela possibilidade que nos dá de vivenciar estas emoções… é óptimo respirar este sentimento!


Ao invés de descer vertiginosamente até às Penhas da Saúde (como fiz o ano passado)… vim a dar gás no travão e apreciar a paisagem rochosa, pintada com cores primaveris aqui e acolá, podendo captar alguns registos fotográficos que não tirei durante a subida. Soberba… esta nossa Serra e aqui tão perto de nós!


Já na Pousada das Penhas foi tempo de confraternização com as nossas famílias que nos acompanham e aturam este nosso saudável hobbie durante um almoço convívio que entrou pela tarde dentro! Enfim… o culminar de mais um evento que certamente ficará retido na nossa memória e redigido nos nossos blog’s.


Até para o ano na III Rota da Estrela 2010. Conto convosco… novamente!
.
.
Foto-Reportagem by CLI (Carlos Ibanez Lozoya)

Hoy recibí un e-mail de João sugiriéndome que diese mi particular y surrealista punto de vista de nuestra última locura sobre dos ruedas. Veré lo que me sale, ya que últimamente mi neurona está más ocupada en labores más hogareñas como cambiar pañales, preparar biberones, noches en vela y la elaboración del Diccionario “Llanto de Carlitos-Español: sepa lo que quiere un bebé de 1 mes en sólo 4 lecciones”… así que allá va:

El día comenzó allá por las tres de la madrugada, tras el último cambio de “fralda” siguiente a la mama de las dos y media, mientras miraba con mucho recelo a la predicción del tiempo: lluvia, granizo, temperaturas polares…. ¡Vaya, me voy a pillar una gripe del cop..n!, así que comencé a meter en la camelback el impermeable, el cortavientos, los calcetos que Paulo me compró por internet, un bidón de agua, cuatro barritas, un bocata de chorizo del pueblo (nuca se sabe cuándo puede llegar “la pájara”), papel higiénico, crema para el culito…. Y claro, no podía cerrar y mucho menos cargarla sobre los hombros, así que tras realizar varios triages, ya eran las cuatro de la mañana cuando volvía a la cama. ¡A ver quién era el guapo que era capaz de aparecer a las 7 de la madrugada en el café del Modelo! Así que volví a la piltra y me dormí… hasta las 8 y cuarto.
.
Salí corriendo y me fui. Esta vez mi Santa no me regañó por mi nueva locura (bueno, quizá tuvo algo que ver que no la di la oportunidad de despedirme…) Fue por eso que tuve que literalmente “volar” con el coche a ver si llegaba a Covilhã donde el grupo de intrépidos ya estaba calentando motores. Yo todavía confiaba en esperar a los Hombretones que habían salido de CB City y meterme un bollycao entre pecho y espalda, pero no coló: salimos antes de que llegaran (por fin, pensé: “esta vez no seré el último”. Qué engañado estaba… pero no adelantemos acontecimientos). Esta vez perdí el contacto con el grupo de cabeza antes de llegar a la Facultad de Medicina, quedándonos a la cola Paulo João, Paulo Alves , Hugo Caldeira y yo. Poco después de pasar la Cámara Municipal, tuve deseos de desviarme hacia el cementerio, para descansar definitivamente, visto que una señora con un “andarilho” no se dejaba adelantar por mí.. ¡y además me sacaba ventaja!, pero otra con un perrillo lo achuchó hacia mí al grito de “¡fuera bicis del cementerio, gamberros!”, así que no tuve más remedio que continuar hacia mi particular “Techo del Mundo” en compañía de los dos Paulos, visto que Hugo despareció en la lontananza.
.
Finalmente, Paulo João demarró lentamente para convertirse primero en un objeto lejano y después en un puntito allá a lo lejos. Paulo y yo paramos un poco antes de un refugio de Scouts, donde por cierto, debían estar asando chuletas, visto el cartel de “riesgo alto de incendio”. Por allí pasó el Sr. Cabaço levantando humo del asfalto y casi arrastrándonos con el vacío que dejaba tras de sí mientras subía sin frenos. Algo después, cerca del camping, fue Fernando el que nos adelantó diciéndonos algo así como “Bye-Bye, Boys, see you later ” o algo así entendí, tal era la velocidad que desarrollaba en su carbono de ruta. Ya sin estrés, visto que éramos finalmente los últimos, allá continuamos Paulo y yo, charlando acerca de lo divino y de lo humano (bueno, a veces era algo difícil dadas las rampas del 10%), hasta que paramos otra vez en el Sanatorio, donde parece que interrumpimos ciertos arrumacos que una pareja ya entrada en años se prodigaba en su coche de adolescente. “¿Pasa algo?”, les dijimos, a lo que nos respondieron que había “algo” que se había calentado en el coche, pero no entendí si era un problema del motor o de la “palanca de cambios”. No obstante, muy educadamente, visto que estábamos de más, decidimos retirarnos prudentemente, continuando nuestra marcha. Aquello parecía que iba muy bien, estábamos frescos como lechugas, sin dolores musculares, apenas en “aquella parte donde la espalda pierde su honesto nombre” (creo que pasaré algunos días sin sentarme correctamente) y casi en Penhas da Saúde.
.
Continuamos un poco más arriba, haciéndonos los fuertes delante de las Marías (Bárbara, Céu y Sónia), hasta que decidimos dar por terminado el paseo a las 11.15 horas con una bonita foto. Un cafelín y hacia abajo a toda velocidad (media de 41 Kms/h y máxima de 65: somos unos “hachas”, casi unos Frikibikers). Después: ya lo sabéis, comida rica y la familia a nuestro lado: qué más se puede pedir. Para el año que viene, ya hemos quedado Paulo y yo en subir un par de curvas más, y así sucesivamente. Quién sabe si mi hijo me acompañará en el último giro hasta Torre: mi “Himalaya particular”.

Un abrazo
Nos vemos en los “trilhos”.
CLI
.
.

Foto-Reportagem by Paulo João

Olá a todos. O dia começou com a reposição de cafeína habitual na padaria do Montalvão pelas 7h10 após o que rumamos com destino à Covilhã. Tirada a foto de grupo iniciou-se a subida à torre pelas 9h00. Para não desprestigiar o nome da instituição “Freakie Bikers Team” PJFA, CLI e eu próprio iniciamos a subida na cauda do pelotão… Como já afirmei antes, é o nosso ponto fraco e é o que nos impede de almejar chegar ao final na companhia dos primeiros… E continuamos juntos em ameno convívio serra acima.

Nesta minha primeira aventura pela Serra decobri por experiência própria que o segredo para uma subida bem conseguida é conseguir encontrar o nosso próprio ritmo por forma a que nos sintamos confortáveis o mais possível apesar das agruras causadas pelo desnível do terreno.

Dei comigo isolado ao chegar às Penhas da Saúde… objectivo inicial da subida alcançado. Tinhamos definido como objectivo principal para esta aventura chegar até aqui. Olhei para as horas eram, sensivelmente 11h e dei comigo a pensar… já que aqui estás porque não sobes o resto? Não terás muitas oportunidades de o fazer… E se bem o pensei melhor o fiz e dei comigo numa aventura a solo rumo à Torre.

A sensação de pedalar nesse ambiente é assombrosa deu-me a perfeita noção do quão insignificantes somos… Foi uma experiência quase mágica sentir os cheiros das flores que nesta altura desabrocham… Ver aquela paisagem majestosa que é fantástica de carro mas assim de bicicleta… assume uma outra dimensão… Era só eu e a Serra...

A subida não foi fácil… nunca é… Para subir a Serra é preciso na minha opinião entrega e espírito de sacrifício… E querer muito chegar a topo. A cerca de 7Km da torre cruzei-me com alguns companheiros que estavam e efectuar a descida que me deram alento para continuar. Cheguei ao topo cerca das 12h30 com a com a satisfação de ter conseguido cumprir o que me tinha proposto.
Foi uma vitória pessoal...
A descida foi vertiginosa até à pousada das Penhas da Saúde onde cheguei um pouco antes das 1h e onde finalmente tomei um banhinho quente e almocei em confraternização com familiares e amigos. Adorei a experiência. Parabéns à organização. Se houver nova aventura para o ano podem contar com a minha presença...
.
.
Foto-Reportagem by FMike

Bem… Já repararam? Mais um ano se passou! É verdade…

Foram muitos os dias passados nos trilhos, os quilómetros que rolaram debaixo dos pneus das nossas amadas gingas, muitos os momentos de confraternização com amigos das duas rodas, desde que em Abril do transacto ano levamos a cabo a nossa maior proeza enquanto grupo de aficionados amadores – organizar e levar a bom porto a Subida à Serra da Estrela em bicicleta.
.
Há 12 meses atrás eram muitas as expectativas, as incertezas, as dúvidas… Iria correr tudo bem? Iríamos conseguir trepar aquele “calhau”? Iríamos reforçar os nossos laços de amizade e companheirismo?

Hoje, Maio de 2009 e quase uma semana depois do Estrela 2009 II Edição, já sabemos que a aposta foi ganha. Mais uma vez correu tudo bem, mais uma vez subimos até onde nos apeteceu e mais uma vez passamos um bom bocado a testar os nossos limites e a reforçar laços.

A quem subiu lá acima e a quem tentou só lhes posso dar os meus parabéns por terem embarcado connosco em mais esta saudável loucura… A quem disse Pronto! e alegrou os demais com a sua comparência só lhe tenho a dar o meu muito obrigado pela sua presença e que pró ano voltem a pedalar connosco… A quem ficou com um certo gostinho na boca por não ter podido ir, que fiquem atentos, porque pró ano TEMOS que repetir, e claro podem sempre juntar-se a nós.

Os meus amigos redactores deste blog BTTHAL já praticamente disseram tudo. Eu pouco mais posso acrescentar. Embora a minha aventura tenha sido um bocadinho mais longa, não é por isso maior ou diferente. Pedalei por gosto e com gosto, embora este ano com outras condições – melhor meteorologia, melhor preparação, melhor ginga. Mas desenganem-se os que ainda têm dúvidas em nos acompanhar. A maior força para levar a cabo esta aventura não está nestes parâmetros puramente físicos e materiais. Podemos ter a melhor bike do mundo ou o melhor de todos os treinadores, mas se no nosso psicológico disser que “não consigo!”, pois… será mesmo difícil lá chegar. Se pelo contrário tornarmos o desafio em energia positiva, aí meus amigos, “nem que a vaca tussa” mas o “calhau” será transposto! E mais uma vez foi! E muitos dos que se atreveram, alguns dos quais pela primeira vez, gostaram da sensação de lá chegarem acima, ao topo de Portugal! Eu por mim mais uma vez adorei e como já disse aqui o ano passado, esta subida à Estrela e a ida a Fátima irão ser duas aventuras que teimosamente tentarei levar a cabo até “que as pernas me doam”.


sexta-feira, 22 de maio de 2009

GR22 - Grande Rota das Aldeias Históricas

A Aventura está prestes a começar...
E que Aventura!
Clika na imagem...

quarta-feira, 20 de maio de 2009

17 Maio 2009 - III Maratona do Paúl

Se a véspera tinha sido dia de Single Speed (“S-Yes ao Rubro”)… já hoje (dia 17 de Maio) foi dia de Multi Speed na 3ª Edição da Maratona de BTT - Ribeiras do Paúl. Era um evento em que nunca tinha participado, mas que, pela boa publicidade das edições anterioes, fez-me deslocar este ano até à vila do Paúl e confirmar no terreno se a expectativa alta se confirmava na realidade!! Posso desde já adiantar que sim… superou até… mas vamos por partes… e comecemos pelo início!!
.
A boa adesão da malta btt@castelobranco... fez com que saíssemos em caravana da cidade após cafézinho tomado na Padaria do Montalvão, junto ao Supermercado Modelo! Fidalgo, Bruno, Pedro Antunes, Carlos Sales, Nuno Maia, Nuno Dias, João Paulo Duarte e eu (João Valente)…saímos pelas 7:30 matutinas, rumo à Vila do Paúl, localidade situada entre as duas sedes de concelho (Covilhã e Fundão), respectivamente à distância de 21 Km’s para cada uma delas.

Cedo chegámos e mais depressa enveredámos na fila (ainda curta) para levantamento de dorsais personalizados com o nome e equipa do atleta, bem como a identificação de participação na meia-maratona (45Km’s) (cor verde) ou maratona (67Km’s) (cor-de-laranja). Bem organizada esta organização!!!

Seguiu-se o primeiro repasto do dia… uma vasta mesa recheada (bem recheada!!!) com comida para pequeno-almoço… onde até chamuças havia para os mais “avantajados” na arte de degustar o alimento!!! Estavam repostos os níveis energéticos para o percurso que nos esperava ao longo da manhã!

A zona de meta estava instalada no Largo em frente aos Bombeiras da localidade, onde a animação estava garantida ao som de música animada, várias barraquinhas de promoção artesanal, comes e bebes (à descrição), zona de briefing e controlo zero, bem como dos insufláveis de meta!

A malta de Castelo Branco… á qual se juntou em grande parte do percurso os amigos Pinto Infante (Lardosa), Vasco Sequeira (Escalos de Cima) e José Luís (Lardosa)… enveredou na totalidade pelo dorsal verde… ou seja o percurso mais suave de 45Km’s, com uma altimetria a rondar os 1000metros!

Após breves considerações e avisos de precaução por parte da organização, ecoou a sirene do quartel dos bombeiros e foi ver aquele colorido pelotão com cerca de 250 participantes serpentear algumas ruelas da localidade ao som de aplausos e assobios (de incentivo) pela população! Não há dúvida que eventos como este elevam a alma de um povo pequeno com cerca de 2000 habitantes… como é o Paúl! Nós… no aglomerado de pedalantes vibramos sempre com este frenesim que se sente no ar! Muito Bom!

Do Largo do Mercado, atravessámos a Vila do Paúl, pela Rua da Lameira, Largo da Igreja, Avª.Padre José Santiago, Rua do Pisão, em direcção ao cruzamento para Casegas e Lar das Oliveirinhas, virando à esquerda para o Lar rumamos para o Santuário da Nossa Senhora das Dores ( festa anual desta Santa, no 1º. domingo de Julho) … foram cerca de 3 km’s rolantes em alcatrão para promoção de um ligeiro aquecimento.

Quase a entrar em piso térreo, primeiro incidente do dia… queda (algo aparatosa) do colega Fidalgo… o que um homem faz para sacar um bom registo fotográfico!!!! Ou estaria já a treinar a técnica do mergulho para as Ribeiras do Paúl!??? Enfim… brincadeira aparte… poderia ter sido algo grave… mas que felizmente não passou de um valente susto e umas boas marcas no cromado… para mais tarde recordar!!!!

Com este percalço ficámos na cauda do pelotão… onde na verdade já estamos habituados a pedalar!!!! Eheheheh! Chegados ao Santuário surge a 1ª. subida da manhã… “mais ou menos 700 metros, com dificuldade média-alta”, onde a bom ritmo fomos ultrapassando dezenas de pedestrianos com a bicicleta à mão!!!!

Cortámos à esquerda para o Sumagral rolando por terrenos semi-planos e planos até à Eira. Aqui o percurso começa a endurecer. Subida íngreme onde a utilização de desmultiplicações leves e muito leves é obrigatória para seguir em cima da bicicleta!!! À nossa volta a paisagem é de perder de vista… a retina não consegue distinguir o fim da beleza, o fim do fresco da paisagem! Lindo mesmo… vale em pleno o sacrifício da subida!!!. Á esquerda temos como plano de fundo a Serra da Estrela e o vale respectivo, com as suas aldeias e ribeiras. Á direita do Alto da Cabecinha onde se encontra o marco geodésico avistamos toda a Cova da Beira e Serra da Gardunha. Soberbo!

Esperámos junto ao marco geodésico pelos mais atrasados e fomos sempre rindo com as peripécias anedóticas e “stricofénicas” do Zé Luís… um poço de boa disposição, por vezes até exagerada! Quem o conhece diz que não tem tomado a medicação certinha! Eheheheeh!!!! O Pinto Infante aproveitou a pausa para desempanar a objectiva da máquina digital… tal era a beleza da paisagem… que até a objectiva teimava em não se fechar!!!!!

Com a vista esplendorosa do topo da Cabecinha, dirigimo-nos para a descida vertiginosa e algo perigosa do lado norte deste monte rumo ao Alto da Salgueira. Neste local tomamos a direcção do circuito de manutenção do Tortosendo em descida alucinante circundados por pinhal cerrado, rumo ao Bairro do Cabeço. Atravessamos o Bairro e seguimos no sentido da Avª. Viriato onde se encontrava um pequeno abastecimento com águas e fruta fresca para os mais desgastados! Serviu para unir o grupo de novo!

Seguiu-se uma nova subida de dificuldade alta (em paralelo e alcatrão), para o Casal da Serra até ao Alto dos Covais. A partir daqui tínhamos como destino as Cortes do Meio por caminhos rolantes, descidas espectaculares e alguns single-tracks de cortar a respiração! Dirigimo-nos para as Cortes de Baixo, onde apanhamos um pouco de calçada romana até ao “Abastecimento dos Abastecimentos”… uma suculência quer em quantidade, quer em qualidade! Era patente a admiração dos participantes ao vislumbrar as mesas repletas com tudo do bom e do melhor… sem faltar a beleza local promovida pela passagem da ribeira ali mesmo ao lado com umas quedas de água a convidar o registo fotográfico! Era difícil largar este abastecimento… 5 estrelas! Do melhor… em que já participei! E a opinião era generalizada!!!!!

Ainda a poucas centenas de metros do abastecimento… incidente na bike (emprestada) do Vasco Sequeira… rasgão na lateral do pneu tubless. A comitiva parou… e parou durante muito tempo… pois o pneu armou-se em teimoso e não havia modo de o sacar! Eram 6 mãos agarradas à peça e não mexia!!!! Valeram uns “desmontas” de ferro e muita força à mistura para levar vencida a batalha “homem vs pneu”!!! Ehehehe!

Saímos então das Cortes de Baixo com direcção à Ribeira do Caia, a qual tivemos de atravessar pelo açude… a pé e com a bicla às costas… e a molhar o pézinho! Ou… (segunda hipótese) sacar dos peúgos mal-cheirosos, meter os sapatos dentro dos bolsos e deixar cair uma meia pelo caminho… ou seja à Zé Luís!!!!! Valeu o amigo Pinto Infante para solucionar a brincadeira!!!!

Daqui… começa-se a pedalar pela “ Mata Amazónica"… trilhos entrecobertos com vegetação a formar túneis de verdura ao longo de algumas centenas de metros!!!! Como alguém diz… um espectáculo espectacularmente espectacular!!!!!

Passando o cruzamento das Cortes… seguimos pelo Ourondinho, Quinta dos Penesinhos… com passagem em mais um local paradísico… a zona fluvial do Paul … onde até está sediada uma geocache… a beleza do local merece-a bem!!! Neste local fomos brindados com um passadiço de madeira para permitir a passagem pela ribeira… ainda que um mergulhinho não saberia nada mal! O calor já se fazia sentir com o aproximar das 13:30horas!

Entrámos novamente dentro da localidade do Paúl para terminar aquilo que eu considero um percurso inesquecível de rara beleza serrana onde a organização esteve ao mais alto nível superando as minhas expectativas (que já eram altas!) Fomos brindados com zona de lavagem de bikes (à descrição), banho de água quente (uma exigência que já começa a fazer a separação entre o Bom e o Muito Bom!), almoço bem confeccionado e saboroso com geladinho refrescante no final! Soube que nem “gingas”!

À cerimónia “protocolar” de entrega de prémios já não assisti pelo entardecer da hora, mas pelos relatos que ouvi e li, sei que foi o fechar do evento com chave de ouro… já a aguçar o apetite para o ano que vem! Quanto a mim tenho ideia de lá regressar em 2010 e ser de novo brindado com a simpatia e qualidade deste ano. Aos Pedais do Paúl o meu agradecimento e felicitação por este dia que nos proporcionou!!

.
Aos meus Amigos...
Portem-se Bem... ou mal (mas com estilo!)
Vemo-nos nos Trilhos!