sábado, 30 de janeiro de 2010

Um Dia Santo por Terras da Malcata!

Boas a todos!
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As semanas vão passando e já lá vão 4 semanas depois do Ano Novo.... quem diria. A actividade do pedal tem andado um bocado arredada, pelo menos dos meus "clets", mas tem sido sobretudo devido à falta de ocasião para pedalar, que tenho aparecido pouco nos sítios do costume, para me juntar àmalta amiga.
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Há novos desafios no ar, é certo, mas o tempo não chega para tudo! Esta semana contudo acabou por ser um bocadito mais fértil. "Graça" à Deus! Nem sempre nem nunca! Uns diazitos de sol a contrastar com a chuva que parecia que nunca mais se ia embora.... e eu que detesto o Inverno....bahhh!

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Com tão boas abertas meteorológicas e algum alívio no trabalho, tinha planeado pedalar 3 dias seguidos - 3ª, 4ª e 5ª. Mas isto de planear tem lá que se lhe diga. Na terça ainda vesti o fatinho, coloquei o capacete, a asfáltica cá fora e andei 50 metros... mas de nada me valeu... o S. Pedro tinha uma palavra a dar - bátegas de chuva até às 10:30 h - ora bolas! Toca a meter a bike novamente na garagem e despir o fatinho... bahhhh!
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Pronto... sobraram 2 dias... Como já havia umas geocaixinhas à nossa espera há já algum tempo decidimos ir numa incursãozita Geo-BTTHAL de 2 dias a algumas pérolas da nossa região - no 1.º dia por alguns pontos emblemáticos do Ladoeiro e no 2º dia por terras da Meimoa, plenas de recantos, plenas de boas paisagens.
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Como estamos em início de ano decidimo-nos por ir pedir alguma protecção divina por terras da Beira, visitando algumas caixinhas, todas elas ligadas de alguma forma a santos venerados pelos locais - aquilo a que se chama uma verdadeira peregrinação pelos santinhos da terra.... haja protecção divina ao pedal!
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No primeiro dia - quarta feira - enveredamos por uma volta de pneu cardado pelo asfalto para começar a habituar o "sim senhor traseiro" à dureza do selim pois esperam-nos aí novas aventuras de calejar o rabo... ehehehe!
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A volta desenrolou-se até ao Ladoeiro, com visita de alguns pontos bastante interessantes desta localidade, a maioria nossos desconhecidos, bastante bonitos alguns deles, proporcionando uma agradável manhã de pedal. Como ainda dava tempo, aproveitamos para fazer o regresso pela bela subida da Sra da Graça, uma estreia para o JValente, que nunca lhe tinha "apalpado" o alcatrão... Sempre boa e arfante! Ehehehehe...
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A chegada fez-se cedo, com quase 90 km de asfalto em pneu cardado, a um bom ritmo e com mais uma caixinha para as nossas continhas pessoais do Geocaching.

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No dia seguinte enveredamos por uma aventura há muito planeada mas que por força do mau tempo, não tinha dado oportunidade de se efectuar, até esta quinta-feira... e ainda bem! Com um dia frio, muuuuiiiittttto frio mas pleno de sol e brilho, a convidar mesmo à prática do pedal, dirigimo-nos às terras selvagens do Lince, ali bem no coração da Malcata, para procurarmos, nada mais nada menos, que 10 caixinhas!

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Isso mesmo! Tinhamos 10 caixinhas à nossa espera, em outros tantos sítios, quase todos dedicados a santos da zona - A saber: Sra do Pilar, Sra da Póvoa, S. Domingos, Sra da Quebrada, Sta Marta, Sr. dos Aflitos, S. Pedro e claro 2 caixinhas no meio do santuário da vida selvagem da Malcata - Barragem e o Lynx Pardinus, caixinhas bem no centro da Malcata, exigentes q.b. para se alcançarem, mas suficientemente belas para podermos desafiar o físico para as cacharmos!

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As primeiras caches foram efectuadas ainda com recurso ao cachemobile, mas assentados arraiais na Meimoa, enveredamos pelo pedal para nos dedicarmos aos trilhos, culminando a manhã na subida ao VG de Sta Marta, situado a 810 m de altitude, nas proximidades da Benquerença, ali ao lado da Meimoa. Vencendo dos 300 e picos metros para os 810 em pouco mais de 5 km's enfrentamos pendentes assinaláveis, superiores a 20% que nos proporcionaram bons, agradáveis e intercalares momentos de... BTT e PTT (Pedestre Todo o Terreno)... eheheh O frio era tanto que para além do trilho perfeitamente congelado, ainda surgia do chão gelo como se cogumelos fossem - vejam as fotos... inacreditável!

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Chegados ao VG a paisagem imensa toldou-nos os sentidos e foi disparar a digital à força toda... excelente paisagem! Contudo a hora de almoço aproximava-se e tinhamos um "encontro" marcado no Tear, um vestuto restaurante da Meimoa que nos brindou com uma excelente Sopa de Pedra, que dava para 4, acompanhada de tudo o que tinhamos direito, por apenas... 13 euros. Excelente almoço e baratinho... ainda dizem que não temos cá nada de bom no interior!! Ui Ui!

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A parte da tarde estava reservada a bordejarmos a Barragem da Meimoa, culminando com a subida da vertente oposta à tomada de água da barragem, isto no seu extremo jusante, vertente essa que é conhecida por ser um bom local para se observar linces...

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Tudo bem... mas linces... não vimos nenhum! Vimos foi mais uma pendente, ainda pior que a da Sta Marta, que nos valeu muito, muito PTT, para lá chegarmos acima. Contudo valeu a pena - para além de mais uma caixinha, tivemos oportunidade de fazer mais umas quantas fotos espectaculares, porque a paisagem assim o exigia - magnífica!

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O dia terminou já bem perto das 16h na Meimoa, com perto de 60 km pedalados ao ritmo das caixinhas, um pouco mais lento que o habitual, mas com uma altimetria assinalável, fruto das pendentes vencidas. Fica para breve uma nova incursão porque ainda ficaram algumas por fazer e como tal, temos uma ótima desculpa para voltar a este belíssimo santuário de vida selvagem que é a Malcata.
Até breve!


FMike :-)


domingo, 17 de janeiro de 2010

Malpica do Tejo - Fronteira à Vista!

Surpresa… surpresa!!!! Post BTTHAL escrito a tempo e horas… no mesmo dia da volta… inédito… hein!!! Surpreeendidos??? Ehehehe… Somos conotados como os “atrasados” da bloosfera… pois aí têm… Nem sempre… nem nunca! Post… quentinho e acabado de sair! Fico desde já à espera dos comentários a felicitar este despacho! Eheheh…! Vamos lá então à reportagem do dia…

Habituados à neve (!!!) das duas últimas pedaladas? Pois é… o que é bom acaba depressa e essas oportunidades andam muito próximo do único! Quem aproveitou… aproveitou… quem não aproveitou… já não vai ter mais… certamente! Ou talvez daqui a muitos anos (como Castelo Branco está habituado!) Hoje… amanheceu sem neve (óbvio), sem chuva (yesssss!)… mas com nevoeiro (ohhhh)! Manteve-se por pouco tempo, dando depois lugar ao envergonhado sol (yeeessss!) que espreitava aqui e acolá entre as nuvens! Mas… muito envergonhado este sol! Primavera… estás perdoada… volta depressa com esses campos verdes, floridos… e cheios de sol… ameno!

Condições meteorológicas aparte… encontraram-se 8 “maganos do pedal” nas Docas com vontade suficiente para desbravar um bom par de Km’s. Agnelo Quelhas, Bruno Dias, Dupla Fidalgo, Luís Lourenço, Álvaro, João Valente (eu) e o Marcelo. Opsss…. eu disse Marcelo??? Mas… este gajo não era suposto estar a negociar bikes? Trocar estas por esta e depois dá-me aquela… já não quero esta…. antes quero aquelas na troca desta para depois ficar com aquelas e juntar à que tenho para trocar por mais aquela e esta!!!!! Marcelo… é assim ou não é!?!?! Estou a apanhar o jeito, hein???

Ok, ok… estou a exagerar… mas… tem sido quase assim… ehehe! No final de contas… o Marcelo hoje apresentou-se com uma nova montada a Trek Fuel Ex 9.9, um mimo à vista, um espectáculo de peso, uma dor para a carteira!… Esse Pedaleiro Sram Noir… faz-me chorar de pena, inveja, cobiça e ciúme… sniiff, snifff… queria um igual!! Marcelo… os meus parabéns pela escolha… agora é terreno debaixo dessas rodas! Ou estás a pensar trocar a máquina para breve!?!?!?! Eheheh…

O bom ambiente estava criado, após uma série de chalaças ao amigo Marcelo… vá-se lá imaginar porquê??? Mas… o grupo está completo? Hummm... acho que a caneta vermelha vai ter de colocar mais uns sinais negativos na caderneta de alguns meninos…ai vai, vai!!! Certamente trocaram a volta de hoje pelo Vale… vale dos lençóis e almofadas!!!! A preguiça… é tramada!

O Agnelo tinha enviado um mail na véspera a propor uma voltinha daquelas tipo kuduro… e não é que a malta vinha toda com o espírito da aventura no corpo! Bem… o Marcelo foi apanhado um pouco desprevenido… mas um negociante de bikes deste gabarito não se faz rogado e embarcou na aventura com o resto do grupo! Em boa hora saímos do Centro Cívico rumo ao Vale… Vale do Pônsul… que já há umas boas semanas não era visitado por nós! Foi hoje o dia!

Seguimos por trilhos já conhecidos até à zona da Srª de Mércoles para depois partirmos na aventura de um trilho pouco pisado onde a giesta alta, bem como os paus caídos dificultavam a progressão! O terreno esse… está do melhor para fazer perna… pesado, ensopado, lamacento… e aqui e acolá surgem autênticas piscinas de água barrenta capazes de engolir uma bicicleta por meio! Estupendo para dar cor (castanha) à tirada de hoje!

Já na velha ponte do Rio Pônsul, traçámos azimutes para Malpica do Tejo… enveredando pelos caminhos que habitualmente percorremos quando vamos para esta localidade. A temperatura aquecia em cada subida que era vencida… e os agasalhos de inverno… começavam a fazer calor!! Ou seriam as subidas?

Malpica do Tejo à vista, cerca de 30Km’s percorridos, era tempo da primeira paragem do dia para o merecido café matinal, no Café Sacul. Faziam-se contas às horas e depressa foi ver toda a gente a pegar no telelé a avisar o previsível atraso para o almoço! Ainda havia margem… mas foi melhor jogar pelo seguro!

Daqui até ao nosso destino, percorremos uma série de caminhos (já pertencentes ao Parque Natural do Tejo Internacional) entre eucaliptos, com sobe e desce constante… (i love it) para depois enveredar pela descida mais íngrame do dia e culminar no nosso destino! Ei-lo diante dos nossos olhos! Fronteira à vista! Terras de Espanha… ao alcance das nossas pupilas! Lá em baixo… fundo… as águas calmas do Tejo separam território Português do povo de “nuestros hermanos”! Herrera de Alcântara… é a povoação do outro lado!

Um apontamento de história e realidades para dar alguma cultura ao texto: “Há amizades que resistem a praticamente tudo e o caso das populações de Malpica do Tejo e Herrera de Alcântara é disso exemplo. A fronteira entre Portugal e Espanha caiu, mas as duas localidades continuam separadas pelo rio Tejo. A construção de uma ponte é por isso um sonho alimentado dos dois lados da fronteira. Rodrigo Salgado, o autarca de Herrera, reivindica uma ligação entre Cáceres e Castelo Branco, a fronteira entre Malpica e Herrera podia ser uma boa solução, num momento em que a alternativa é a ponte de Alcântara, que fica a cerca de 80 quilómetros de cada uma das localidades. Rodrigo Salgado lança ainda outra ideia ao rio. Para o autarca espanhol o barco turístico previsto no âmbito do projecto do Tejo Internacional podia ser aproveitado para transportar pessoas e até viaturas entre os dois lados da raia”

De facto… seria uma ideia excelente! Imaginem as possibilidades de raides a pisar dois países!? Vermos as “gajas” espanholas… aquelas boas!!! Ok… vamos descer à terra! Neste local fabuloso, tirámos a fotografia de grupo com vista para o Tejo… ainda que não tenha sido nada pacífica esta fotografia! Lembram-se??? O que a malta faz por uma só fotografia!!! Eheheh… mais um bom momento hilariante vivido neste dia!

O tempo não pára… era hora de regressar! E se tínhamos feito há pouco tempo a descida mais íngreme do dia… pois estava na hora de fazer a subida mais “subida” do dia! O que veio a tornar-se uma constante até atingirmos a cidade de Castelo Branco! Chegados a Malpica do Tejo, e em consenso (isto é ser grupo!) optámos por fazer a ligação até à cidade via asfalto! Não por ser mais fácil… pois as subidas estão lá todas, mas por ser mais rápido!

Vencidas as 3 ou 4 séries de subidas (ufff… uffff)… com o grupo todo escangalhado face à diferença de ritmos… era tempo de reunir de novo já na zona da Carapalha! 13:00… xiii… demos um excelente sova no relógio! O atraso estava praticamente abolido! Mas… já que avisámos lá em casa… fomos brindar com umas “sagrespan” no Café Trigueiros… ali bem pertinho da Escola Secundária Professor Doutor António Sena Faria Vasconcelos.

É indiscutível que foi uma excelente manhã… com uma escolha de trilhos muito boa! É bom sentir que temos um bom grupo, cada vez mais coeso, onde todos têm palavra, e onde o espírito de convívio surge com naturalidade! Vamos continuar assim…

Infelizmente (não imaginem o quanto!) não irei poder estar presente nos 2 próximos Domingos! Percorram uns quantos Km’s por mim… a subir!

Fiquem Bem…
Abraço a Todos!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

SNOW SS

Boas a todos :-)
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Bem escondidinho nos recônditos das nossas mentes de adultos, está lá um cantinho do nosso “Eu”, de carácter predominantemente infantil, que deseja secretamente em cada Inverno que passa, que a neve faça a sua alva aparição.

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Essa desejada chegada, possibilita, o regresso á luz do dia, da criança que há em nós, liberta de complexos e regras, para poder brincar livremente na alvura desse manto, rindo e divertindo-se com o inesperado e fortuito evento, contagiando miúdos e graúdos, com uma alegria a que ninguém fica indiferente.

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Longe vão os anos de 1984 (?) e de 1995, quando os meados de Fevereiro brindaram os albicastrenses com a aparição desse bonito fenómeno que é a queda da neve em quantidade. Desde então essa nossa criança escondida tem ansiado pelo momento, uns anos mais que outros, entrecortados aqui e ali com umas incursões á Estrela para saciar essa “fome” de neve. Mas teimosa e esquiva, esteve 15 anos arredada na nossa presença, tornando-a cada vez mais cobiçada, sobretudo quando os noticiários davam conta da sua aparição em outros locais, alguns dos quais pouco habituais. E o povo dizia: “ esta terra é mesmo desconsolada… nem neva nem temos praia!”

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No domingo os “weather chanels” iluminaram a tal secreta esperança com uma possibilidade de ela aparecer, embora o “pouco” frio que se fazia sentir, deita-se um pouco por terra essa esperança. Uns foram pedalar, outros como eu foram trabalhar, sempre com o cinzentão carregado do céu sobre nós, desconfiando, no meu caso, que o boletim ia ser novamente “mentirológico”, pois não me parecia nada viável que tal acontecesse…mas a secreta esperança estava cá!

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Eis então quando, ela surge de mansinho…
Batendo leve, levemente, como quem chama por nós…
Seria chuva? Seria gente?...
Gente não era certamente (4.º andar!)
A chuva não bate assim…
Fui ver á janela (do Hospital)…
A neve caía do azul cinzento do céu,
Branca e leve, branca e fria...
Há quanto tempo a não via! (Desde a Invernal da Guarda!)
E que saudade, Deus meu! (da molha, dos pés gelados, do frio no corpinho…. Ehehehehe!)

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Pois é… enquanto cuidava dos meus doentes cá dentro no quentinho, lá fora os farrapos brancos iam caindo, umas vezes mais abundantes, outras vezes quase em chuva, sempre com algum frio á mistura… Ná, ná, pensava eu, isto não vai acumular… E imaginava os maganos das Docas que tinham ido pedalar e que tinham tido a grande sorte de apanhar assim bucolicamente este bonito evento e eu ali fechado…

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Logo ali me surgiu a ideia…mesmo que não acumule, na Gardunha deve estar um bom manto…e que tal desafiar o JValente para amanhã irmos pedalar até lá? Bem pensado, melhor foi combinado. Contudo o boletim acertou as previsões e a neve começou a cair inclemente, pintando de branco toda a paisagem nocturna, pelo que pelas 22 h a decisão conjunta já era de só darmos umas voltas pelas redondezas, tal era a intensidade do fenómeno.

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E assim foi. Pela manhã, quando as condições pareceram minimamente razoáveis para irmos pedalar, já bem perto das 09:30 h e depois de uma cafezada quentinha na Pastelaria da rotunda do Modelo, lá fomos então fazer uma incursão BTTHAL em SS á alva paisagem que nos inundava as retinas para onde quer que a gente olhasse… espectacular!

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Sem destino certo ou planeado, fomos evoluindo nos trilhos, ao sabor do prazer de pedalar no manto fofo e á velocidade da máquina digital, ávida para registar todas aquelas paisagens nossas sobejamente conhecidas mas que hoje tinham um visual completamente diferente, tornando-a numa paisagem surreal, cheia de novas impressões a descobrir…

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IMPRESSÕES
Nem parece que estávamos na mesma cidade, nas mesmas ruas, nos mesmos trilhos por nós todos sobejamente conhecidos. O alvo manto que cobria todos os recantos davam uma luminosidade tal á paisagem, que tudo parecia diferente… pureza, tranquilidade, indolência, quietude, beleza imensa, eram os adjectivos que nos vinham á mente á medida que deixávamos a cidade meia empastelada pelas dificuldades de progressão dos automoveis, e começávamos a calcorrear trilhos conhecidos. Aquilo que já eram trilhos mais que batidos, indiferentes mesmo, tornaram-se em trilhos “novos”, cheios de recantos para descobrir, paisagens alteradas, um mimo de sensações novas a desvendar…

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SENSAÇÕES
Apesar de não ser a minha primeira vez a pedalar na neve, hoje foi um dia de imensas e novas sensações. Primeiro o macio da neve, que comparei em determinados locais a pedalar sobre a areia. Noutros sitios, em que o gelo por baixo já dominava, parecia mesmo que estava era a pedalar num enorme pacote de manteiga. Contudo a sensação foi tentar decifrar por cima daquele imenso manto branco por onde é que era o trilho habitual… e isso foi mesmo o mais difícil nalguns locais, sobretudo quando as regueiras e as valetas encobertas pela neve se metiam na nossa roda, fazendo-nos priclitar em equilíbrio, apesar de tudo sem nunca termos ido ao “tapete” provar a doçura da dita… No fim foram 30 km pedalados mas muito, muito cansativos, tal é a dificuldade de progressão – ¼ de pedalada prá frente, ¾ a derrapar, foi mesmo a constante física do dia, exacerbada na etapa derradeira, a subida ao Castelo, em que o gelo dominava as ruas medievais, proibidas ao trânsito tal era a quantidade do ice... era caso para pedir um martini, pois gelo havia q.b.!

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PRAZERES
Bem,... pedalar na neve foi isso mesmo, um prazer excelso, difícil de descrever… Alguns colegas chamaram-nos de "malucos" quando souberam que iamos pedalar, mas quem aqui vem espreitar as nossas aventuras estará tentado a concordar connosco que onde os outros vêem "maluquice", vimos nós fonte de prazer, por vezes oportunidades únicas - desfrutar a ginga, por paisagens nunca antes vistas, pedalando em condições nunca antes sentidas, usufruindo do que de melhor a Natureza nos dá...
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Fiquem bem!
Fotos FMike:



Fotos JValente:


Cai Neve... Cai Neve...

10 de Janeiro de 2010… foi a primeira volta do novo ano! Na semana passada, dia 3 (Domingo), a chuva foi mesmo o impeditivo de ir buscar a “menina” à garagem e ir pedalar… mas, com mais uma semana de vontade acumulada, era impossível resistir a ida de hoje… apesar do frio que se fazia sentir!
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Pelas 7:55 saí de casa (já com algum atraso) em direcção ao ponto de encontro - Centro Cívico/ Docas)… e depressa constatei que o frio ia mesmo fazer companhia pela manhã fora! Brrrrrrrrr… As unhas dos pés sentiam-se a encarquilhar, os pêlos das pernas eriçavam-se e trespassavam a lycra das calças, o pingo do nariz aparecia e depressa virava estalactite, os dedos das mãos deixavam de fazer parte do universo da sensibilidade, as partes moles (ehehehe) mingavam, mingavam… mingavam (que órgão tão versátil!!!) Aparte deste pequeno pormenor, estava um excelente dia para pedalar junto dos amigos!! Ehehehe!


Vagamente ainda (consegui) pensar: …”e se não está ninguém nas Docas!? Xiiii… isso é que ia ser um verdadeiro banho de água fria!” Mas, não… nestas coisas existem sempre mais malucos do que os que a gente está a pensar! Apareceram então mais 5 malucos! Álvaro, Bruno Dias, Luís Lourenço, Abílio Fidalgo, João Fidalgo e (eu) João Valente, fomos os malucos do dia! E…ainda bem que fomos pedalar!


Para além de ser a primeira volta de 2010, tivemos a estreia de mais uma porno-bike! João Fidalgo apareceu com a super light Trek 9.8 2008… com o OCLV Black Carbon a reluzir e a desafiar as leis da gravidade! Essa bike… não rola… plana sobre o trilho! O contentamento era evidente e esteve sempre estampado no rosto do João. Há que salientar alguns pormenores desta bicicleta… que a tornam ímpar no nosso meio e que evidenciaram a alta performance nos trilhos de hoje! Pedaleiro Race Face Deus… com “avózinha” de ouro maquinada, prato “brasileiro” de 34 dentes… brasileiro???... sim senhor… chupa correntes de fazer inveja a muita brasileira que por aí anda a ganhar bom dinheiro! Se a malta do Éden sabe… tás feito João!!!


Mas… há mais! Rodinhas com aros Mavic e cubos XTR daqueles que nunca mais param de rolar, suspensão Reba Team… que o João adora testar cada vez que está parado! Os 2 suportes de bidon é que destoam um pouco… já sabes João… fica sempre bem um deles na minha bicicleta! Quanto ao selim… trata-se de um Selle Itália adoptado pela Race Face… mas que é para trocar em breve… palavras de João Fidalgo para o seu progenitor: “Olha que este selim não é para aqui ficar muito tempo… tás a ouvir!!!” Fidalgo… vê lá se te pões na linha!!! Tá dito, tá dito!!!!


Como podem imaginar… foi um verdadeiro “gozo” a amanhã toda em prol da bike do João! Agora, com sinceridade, espero que usufruas dela por muitos e bons Km’s na nossa companhia e que te traga bom divertimento e momentos únicos de prazer! É uma excelente aquisição! E esse prato “brasileiro”… uuuuiiiii….


O ambiente entre o grupo aqueceu um pouco a temperatura que se fazia sentir… e em boa reinação fomos tomar café ao Freixial do Campo… onde nos esperava uma bonita e agradável surpresa meteorológica! As temperaturas estavam bem baixas e a ameaça de chuva era prevista para o dia de hoje! Foi um juntar de duas condições óptimas… para em vez de chuva, cair neve! Mas… neve, neve… daquela que se vê na Serra da Estrela!? Exactamente! Cai neve em Castelo Branco e arredores! Cai neve, como já há muitos anos não se via nestas zonas!


Escusado será dizer, que ninguém estava arrependido por ter deixado o vale dos lençóis quentinhos pela manhã! Estávamos a pedalar, e a neve a cair! Magnífico mesmo!


Da zona do Freixial… já em regresso à cidade… a queda de neve intensificou-se… e o que era verde até então passou a ganhar a cor alva e suave da neve. Começava a formar-se um manto branco por toda a superfície que os nossos olhos permitiam alcançar! Lindo! Uma sensação única… já há muito não vivida!


Obviamente… as fotografias tomaram lugar de destaque! Pena os nossos papparazis’s oficiais não estarem connosco (Agnelo Quelhas, João Afonso, FMike)… vocês teriam-se deliciado com esta hipótese! Chegamos a Castelo Branco com a alma cheia, de uma boa volta de Domingo, a primeira de 2010, entre bons amigos, e com a chave de ouro… a neve, a enaltecer ainda mais o nosso dia!

Amigos, obrigado por terem partilhado este dia comigo!
PS - Amanhã vamos voltar à neve!