quarta-feira, 30 de março de 2011

Por Trilhos Exclusivos de Monfortinho

O convite surgiu! “Querem pedalar por trilhos únicos de Monfortinho e Vale Feitoso?” Vindo do Amigo Abílio Fidalgo, a resposta só poderia ser uma e só uma… Claro que sim! O Fidalgo já nos habituou à mestria e arte de bem acolher, nos seus 3 Raid’s Castelo Branco - Termas de Monfortinho (2008, 2009 e 2010)… mas este era um convite diferente, singular e aliciante!

Um grupo de amigos de Águeda, liderado por Daniel Oliveira, veio pelo segundo ano consecutivo desfrutar de um fim-de-semana no grupo hoteleiro “Ô Hotels & Resorts” - Termas de Monfortinho, com o objectivo de procurar a evasão, descontracção e divertimento que esta zona do país proporciona! Este grupo hoteleiro tem colocado ofertas aliciantes no mercado onde a prática do desporto BTT na região não é esquecida. A família não fica esquecida em casa e podem simultaneamente usufruir de todas as potencialidades das unidades hoteleiras e do espaço acolhedor e tranquilo que estas proporcionam! Tradição, carácter, sossego, exclusividade, conforto, intimidade… podem ser algumas das muitas qualidades que aqui poderemos encontrar… e usufruir na máxima plenitude! Eu fui até lá e pude comprovar isso mesmo!

A azáfama começa sempre cedo em dias como este! Depois de reunidos, eu (João Valente), Agnelo Quelhas e Abílio Fidalgo rumámos às Termas de Monfortinho, pouco passava das 7:15. Fomos cordialmente recebidos no Hotel Astória, onde tomámos o pequeno-almoço. O Hotel Astória, concebido nos anos 40, é um exemplo da arquitectura da época, com linhas elegantes e simples, bem convidativo ao repouso e à serenidade dos arredores do hotel! Quase caía na tentação de por ali ficar numa sessão de termalismo e SPA… deixando o BTT para segundo plano! Ehehehe…


Nada disso… estávamos ali para um dia pleno de divertimento em prol do BTT com um grupo bem simpático de aficionados da prática! O cenário de pedal… esse era bem diferente do que estamos habituados!! Os Trilhos exclusivos de Monfortinho, Vale Feitoso e Penha Garcia esperavam por nós! O dia prometia!

Já de barriga composta nos aposentos do Hotel Astória, seguimos para a entrada do Hotel Fonte Santa, onde, pelas 8:30, o grande grupo tinha ordem de reunião. Recentemente renovado o Hotel Fonte Santa é um hotel de charme que combina elegância, intimidade e conforto. Seria aqui que iríamos mais tarde reviver em conjunto os bons momentos do dia num lanche-ajantarado. Mas até lá… muitas aventuras tínhamos pela frente…

No topo das escadas de acesso à recepção do Hotel Fonte Santa, Abílio Fidalgo iniciava o briefing para o grupo, que atenciosamente ouvia algumas informações relativas ao passeio. Discurso, breve, conciso… mas importante! Não poderíamos partir rumo aos trilhos sem antes fazer a fotografia de grupo neste mesmo local! Agora sim… venham de lá esses trilhos! O passeio começara!

Os trilhos estavam ali logo ao lado numa saída da lateral do Hotel Fonte Santa. Terreno bastante pesado e molhado face às chuvas que recentemente assolam a região ditavam que apesar da quilometragem não ser elevada (54km’s estimados), o esforço poderia fazer-se sentir-se nos últimos km’s!! Seguimos assim em andamento suave e tranquilo, típico de passeio guiado!

O Rio Erges (Eljas ou Erjas em castelhano) iria ser nossa companhia, à direita, durante os primeiros quilómetros do percurso. Este rio define na maior parte do seu curso a fronteira hispano-portuguesa. Espanha, esteve sempre ao alcance da nossa visão, embora nunca tivéssemos pisado território de “nuestros hermanos”! Escusado será dizer que o seu leito nesta altura do ano é cheio de correnteza, galgando com força as rochas escarpadas que atravessam o seu caminho! Um espectáculo de rara beleza, que pudemos acompanhar durante bastante tempo! Muito Bonito! A entrada na Herdade do Vale Feitoso fez-se próximo à descida mais perigosa do percurso, com cerca de 2,5 Km’s percorridos! Uma descida algo técnica e com alguma pedra solta fez as atenções redobrarem-se para evitar o perigo de acidente! Todos passámos incólumes! Estamos a pedalar em plena Herdade do Vale Feitoso, umas das maiores herdades privadas portuguesas, com cerca de 7000 hectares. Um território que tem de tudo um pouco, desde a Agricultura, à Floresta, à Caça Maior e Menor até às belas paisagens que se podem observar, quer Portuguesas, quer Espanholas. Não é todos os dias que temos a oportunidade de percorrer estes trilhos exclusivos de bicicleta... hoje essa oportunidade foi-nos concedida! Tínhamos de a aproveitar ao máximo!

Com cerca de 10 km’s de percurso, e num ambiente fantástico, fomos brindados com as primeiras pancadas de água, que nos foram fazendo companhia aqui e a acolá durante grande parte do percurso! O dia tinha tudo para ser magnífico, não fosse a chuva desvanecer a luminosidade do céu e fazer-nos sentir um pouco mais molhados que o habitual! Apesar de não podermos contornar esta situação, todos lidámos bem com o assunto e ninguém “baixou armas” face à chuva!! Já estamos habituados! Eheheheh…

Impermeáveis apostos, qual carapaça de cágado (que avistámos durante o percurso!!!), e seguimos caminho, sempre ladeando o Erges. Passagem pela Vaquilha (Antigos Viveiros), sobe e desce ligeiro com toda a flora verdejante do vale a entrar-nos olhos a dentro e a apelar ao “click fotográfico” Sem dúvida um cenário de beleza ímpar!

Seguimos o track marcado por GPS, sempre com objectivo de tentarmos surpreender alguma caça grossa que por aqui abunda! Os “Safaris fotográficos“ em Vale Feitoso são oportunidades óptimas para, todos aqueles que gostam da Natureza, verem, e fotografarem, em plena liberdade, veados, gamos, muflões e javalis! De facto… tivemos azar neste aspecto, pois não conseguimos avistar nenhum exemplar! Talvez as condições meteorológicas associadas ao barulho metálico das transmissões BTT alertassem os apurados sentidos de audição destes animais… e… ala que se faz tarde!!!! Nem vê-los… Pena!

Com aproximadamente 25km´s percorridos, e a as barrigas já a pedir algum conduto, chegámos ao Arraial do Vale Feitoso, local escolhido para o abastecimento sólido. Como estava a iniciar-se mais uma pancada de água, utilizámos um barracão de guarda de alfaias agrícolas para podermos saborear a magnífica bola de carne e sandes mistas. Fruta, barras energéticas e bebidas ao dispor também constavam nas mesas! Era essencial um bom abastecimento pois daqui em diante a altimetria tornava-se um pouco mais musculada! É disto que esta malta gosta!!!

Do Arraial principal da Herdade do Vale Feitoso seguia-se em pendente ascendente cerca de 3-4 Km’s onde houve espaço para os habituais e salutares “desafios de subida”! A subida apesar de longa é em bom piso, dando para rodar o punho no acelerador… até deitar a língua de fora! Ehehehe… Dizer-vos que esta malta afável de Águeda anda em excelente forma, com especial evidência aos dois elementos femininos!! Muito BTT nas pernas!!!

Estávamos num ponto de altitude que permite observar grande parte dos 7000 hectares da Herdade do Vale Feitoso. Herdade de relevante importância em tempos idos, onde chegaram a existir duas escolas primárias para os petizes dos trabalhadores e uma capela ainda hoje presente. Uma autêntica povoação em ponto pequeno!

Do topo da Serra da Cacheira, descemos durante alguns Km’s para depois circundarmos parte da Barragem de Penha Garcia e enfrentarmos a mais dura subida do percurso. Mais curta que a anterior, mas bem mais inclinada! O desafio superado é presenteado com uma esplendorosa paisagem sobre o lençol de água da barragem e terrenos adjacentes! Fantástica paisagem! Todo o grupo exclamou perante tal cenário!

Temos Penha Garcia a nossos pés! A meio caminho entre as Termas de Monfortinho e a vila de Monsanto, surge o povoado de Penha Garcia. Esta localidade impressiona pela sua posição geográfica, no cimo das cristas quartzíticas da Serra com o mesmo nome, onde ainda se vivem usos e costumes de seculares tradições.

Com os 35km’s a marcar no ciclómetro encetámos uma descida entre as ruas estreitas, becos, pequenos pátios e escadinhas, por entre as casa de pedra, culminando no largo da Igreja Matriz de Penha Garcia. Um troço técnico a brindar a arte e mestria de alguns nesta descida! Apesar de mau tecnicamente… apreciei bastante este pequeno “down-village”!

Temos agora diante dos nossos olhos uma paisagem única! Certamente a que levantou mais admiração em todo o percurso! Avistamos a varanda para o Vale encaixado do rio Pônsul. O deslumbrante desfiladeiro onde à 500 milhões de anos tudo era mar! Avistam-se os famosos conjuntos de antigos moinhos, com a Barragem de Penha de Garcia a sobrepor-se ao longe! Ambiente de grande exotismo, onde a Natureza caprichou, pondo a descoberto interessantes estruturas geomorfológicas e exemplares raros de fósseis (bilobites e trilobites). Simplesmente magnífico! O êxtase sentia-se no seio do grupo! Não esqueçamos que a riqueza geológica (formações quartzíticas), botânica (Mata de Penha Garcia - Vale Feitoso), zoológica (geneta, veado, bufo-real e cegonha), paisagística e os habitats que encerra, motivaram a classificação da área como Biótopo da Serra de Penha Garcia. Um bem a preservar por todos nós!

Seguimos o nosso percurso em pendente descendente, com tanto de técnico como de adrenalínico, pelas ruas estreitas da povoação seguindo as marcas sinalépticas do Percurso Pedestre de Pequena Rota Nº3.

Antes de nos embrenharmos novamente em trilhos TT, efectuámos pequena paragem no Café-Restaurante “O Javali” para uma prova cafeínica, vulgo cafézinho! Ainda houve quem provasse um sumo de cevada para compor o fatinho!!!! Ehehehe…

Após a dose de cafeína fizemos um pequeno troço alcatroado para depois cortar à direita e entrarmos em estradão tipicamente rolante e bastante rápido onde os mais velozes atingiram altas velocidades…somente abrandadas à passagem de pequenos ribeiros e charcas de águas fluviais. Na verdade, pontos de água a ultrapassar foi coisa que abundou ao longo do percurso…. proporcionando situações bem divertidas e hilariantes… como sempre!

A hora era já adiantada… e os km’s percorridos atingiam o previsto inicialmente (54Km’s)! As Termas de Monfortinho eram já ali à frente…inclusive havia uma placa a identificar isso mesmo, no entanto o Guia de Passeio, Abílio Fidalgo, ainda tinha algumas surpresas reservadas para o final de etapa! Fizemos a aproximação às Termas por uma zona de grande vegetação e em single track percorremos algumas centenas de metros ladeando de novo o Rio Erges. Espectacular paisagem e single-track… pena foi mesmo ter iniciado de novo a chuva… e agora com alguma força!!!

A entrada no recinto dos Balneários Termais foi o culminar do passeio, onde ainda tirámos umas fotografia de grupo junto ao busto do Dr. José Gardete Martins (1869-1957), médico de espírito entusiasta e persistente, que, enfrentando inúmeras dificuldades e incompreensões, dedicou toda a sua vida à causa da utilização terapêutica das águas da Fonte Santa. Honra lhe seja feita!

Se de convívio, diversão e aventura este passeio foi feito, a estes condimentos juntámos no lanche-ajantarado oferecido no Hotel Fonte Santa, conforto, saber receber e requinte gastronómico! Foi sem dúvida o culminar de uma dia memorável, para todos nós, onde o BTT foi factor de união e convívio! A título pessoal, não posso deixar de agradecer o convite do Amigo Fidalgo para fazer parte da história deste passeio, bem como a todos os presentes, pela companhia, camaradagem e gentileza durante estes “Trilhos Exclusivos de Monfortinho - 2011” A vós… Muito Obrigado!


Para quando o regresso? Iniciativas vencedoras não se alteram… repetem-se! Assim sendo, está agendada repetição, para todos aqueles que queiram usufruir da estadia no grupo “Ô Hotels & Resorts” - Termas de Monfortinho, e usufruir de uma programa em tudo idêntico a este, nos dias 30 de Abril, 28 de Maio e 24 de Setembro. Atrevam-se…


Abraço a Todos - João Valente


quarta-feira, 23 de março de 2011

SS - Serena e Sofrida... Foz da Líria!

Post atrasado!?!? Sim… eu sei… a tradição por aqui ainda é o que era ! Ehehehe! … Sempre mais vale tarde, que nunca! Ah pois é! Vamos a factos! A chuva era mais que muita, já a deitávamos pelos olhos, boca e nariz! Mas, este Domingo, 20 de Março, tudo apontava para um dia lindo de sol a fazer ver que estamos a um dia do ínicio do período primaveril! Assim foi, tivemos uma manhã repleta de sol, azul celeste e calor qb… uma manhã óptima para reunir uma malta fixe e “pintar a manta” por esses trilhos fora! Assim foi!

No Centro Cívico (Docas) da cidade reuniram-se hoje 7 pró pedal, João Afonso, Abílio Fidalgo, Dário Falcão, Filipe Salvado, (eu) João Valente, Luís Lourenço e Pedro Antunes. A volta tinha sido mais ou menos delineada ao longo da semana, com planos de ida até à zona da Lardosa, recordar alguns dos belos trilhos presenteados pelo Amigo Pinto Infante na “Última do Ano de 2010”! Mas…

Mas… havia malta com necessidades de terminar as lides bttistas mais cedo o que limitava a ida aos recantos da Lardosa! Sugeriu-se então uma voltinha até à sempre sublime Foz da Líria! Espectacular… mas… foi sensivelmente nesta altura que me apercebi que estava diante de um pequeno problema! A minha montada SS com desmultiplicação 34-18 faz um bocado alergia às pendentes daquela zona! Rinorreia persistente, fraqueza, astenia e lentificação são sintomas frequentes quando se depara com elevações significativas como estas! Hummmm… estava bem lixado! Mas para a frente é que é caminho! Siga…

Saímos da cidade pela zona da Barragem da Talagueira, Ribeiro da Seta e Estrada Nacional 233, rumo à Taberna Seca, onde tomámos o café matinal no Café Belo! Ainda pairava no ar um cheiro nicotínico no ar deste café… estranho pois ainda era bem cedo e nenhuma alma por ali andava!! Depressa percebemos que por ali tinham assentado arraiais no dia anterior a “Cambada” e por ali tinham feito umas “Diabruras”!!! Não perceberam??? Dêem uma vista de olhos em AC-Trilhos e Aventuras em “Diabruras da Cambada!

Daqui até a Foz da Líria é sempre a descer… o cenário estava estupendo!! Os campos com as abertas soalheiras que têm “assolado esporadicamente” a região começam a brotar de verde e já há aqui e ali um “flower power” a fazer antever uma Primavera deveras aliciante para a prática desportiva do pedal e do “clic” fotográfico! O Dário era o único que não conhecia esta beleza natural e adorou! Pudera… a paisagem estava fabulosa! Já bastante verde, com o som da água corrente… muito bonito! Um bom palco para a 1ª fotografia de grupo do dia!

Daqui em diante a minha SS iniciou aqueles sintomas esquisitos com a aproximação à longa pendente ascendente até ao Marco Geodésico! Chegou lá bem atafonada, ranhosa, e com a língua de fora…ehehehe… espectáculo de subida! Gradualmente fomos reunindo a malta e seguimos em direcção à Aldeia abandonada Monte Baixo… mais um local desconhecido do Dário, que a pouco e pouco começa a conhecer alguns dos lugares mais bonitos da nossa zona, para a prática do BTT.

Aqui tivemos um momento pedagógico em 2 vertentes! Aula de Biologia… ou seria Botânica (!!) orientada pelo Fidalgo, após a descoberta de Salada de Meruje junto ao fontanário ali presente. Para que conste, Meruge é a Callitriche stagnalis, aparece nos regatos e ribeiros, com maior intensidade durante a caça aos tordos. É uma erva comestível, que pode ser feita isoladamente, temperada com cebola , azeite , vinagre de vinho e sal ou associada com agriões. Segundo o Fidalgo, uma verdadeira delícia!

Momento pedagógico 2, após o single-track das pedras, expliquei ao Dário o que é o Geocaching! Agora que é detentor de um novo receptor GPS’r, poderá dedicar-se também à orientação e prática do Geocaching! Com a geocache do Monte Baixo diante de nós, foi fácil explicar de forma geral no que consiste o jogo e qual o seu objectivo maior! Será que temos novo geocacher!?!?

Daqui em diante… foi Luis Lourisingles e João Alfonsingles no seu habitat natural! Seguiram-se diversos Single Tracks que por ali existem, sendo alguns destes novidades para grande parte do grupo. Foi neste carrocel que tive mais um sintoma malfadado na minha SS, uma perda súbita de ar num dos pulmões (o traseiro), fez com que tivesse de activar a emergência médica do Drº Elolink (Filipe Salvado), expert nestas matérias! Um compasso de espera no grupo, terapêutica certa, umas insuflações manuais com auxílio de bomba… e já está! Senhor Drº… mais uma vez agradecido pela ajuda nestes momentos sempre díficieis!!

Já com destino às Benquerenças, cruzámos um palco de puro “flower power”... ou melhor “Margaça power”… e foi inevitável outra fotografia grupal para compôr as hostes desta manhã de BTT! Para quem ainda não sabe Margaça, é o mesmo que macella, planta herbácea, que serve, em rações, para os cavalos e outros animais. (mais um momento pedagógico!) Ehehehe…

Das Benquerenças à cidade é um saltinho! Chegámos à rotunda do McDonald´s com cerca de 40km’s e ainda faltavam 15 minutos para o meio dia!!! Foi para mim a volta mais curta deste ano! O João Afonso e o Pedro Antunes despediram-se do grupo e seguiram rumo a casa. Os restantes rumaram à Associação do Valongo, onde o Fidalgo ofereceu umas tapas de presunto, chouriça assada e azeitonas, bem regadas com umas médias… é bom ter companheiros a festejar o aniversário nestas alturas! Que contes muitos Amigo Fidalgo… e que a gente veja!

Se este fim-de-semana não fui re-visitar os tesourinhos do baú do Pinto Infante, certamente para a semana também não irei! O dia de BTT será, no meu caso, transferido para Sábado, 26 de Março, onde a aventura, boas e diferentes paisagens estão prometidas! Aguradem pela foto-reportagem… aqui, no BTTHAL Blog.

Até lá,
Portem-se bem

João Valente

sábado, 19 de março de 2011

Em nome do Pai!

Boas a todos!
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Já foi titulo de um filme... hoje é titulo deste singelo post, como que em jeito de homenagem a todos os pais e filhos do mundo inteiro. Porque hoje vamos falar de ser filho, ser pai.
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Tenho o previlégio de ser filho e igualmente ser pai. Diz-se por ai que hoje em dia ser-se criança já não é o mesmo que era à 3 décadas atrás. Será mesmo assim? Talvez... Hoje dominam as playstations, a tv por cabo, o Magalhães na mesinha de cabeceira, os amigos virtuais, o ambiente desinfectado de casa, em detrimento da futeboladas com os amigos da rua, do esfarrapanço de bicicleta a tentar equilibrar-se no selim, do jogo das escondidas com as miudas e chegar a casa todo sujo depois de beber água em fontes e mangueiras, sem que nada nos acontecesse.
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Recordo com saudade os tempos em que era pirralho e que ir com o meu pai a algum lado era sinónimo de aventura, expectativa, sono inquieto e sei lá mais o quê, tudo á espera que o dia amanhecesse e fossemos fazer mais uma incursão á pesca, uma espera aos pássaros com as pressões de ar em riste, umas futeboladas na Pires Marques ou umas pedaladas de pasteleira, nem que fosse até à Srª de Mércules... bons tempos! Hoje ficamo-nos por um copito de tinto, um ovelheiro que transpirava no pão e uma amena cavaqueira que nos fez sorrir a ambos!
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Nos dias de hoje será mais dificil senão impossivel actuar assim, julgamos nós. Refugiamo-nos na desculpa do trabalho a mais, cabeça a menos para aturar as tropelias, e claro, sem querer empurramo-los para o mais fácil - o videojogo, o amigo virtual, a pasmaceira de casa. Mas se julgamos assim, julgamos mal!
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É possivel reviver com alegre recordação esses tempos e claro dar aos nossos petizes continuados motivos de alegria e expectativa. Não é o brinquedo mais caro o que lhes dá mais alegrias... 5 minutos de qualidade com o seu pai interessado, interessante, desafiador de novas aventuras, dá-lhes mais sorriso na face que uma consola de 300 euros. É o que a minha parca experiencia de pai me diz até agora!
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E recentemente tive, mais uma vez, essa confirmação. Bastou-me desafiar o meu pirralho a ir ao Passeio do Dia do Pai promovido pelo amigo Rui da Amieiro Bikes e foram logo 2 dias em que não falava de outra, contando insistentemente a amigos e avós, chegando ao ponto de lhe incomodar o sono. E no dia, ainda a faltar horas para o timing marcado, a ansiedade era já grande..."Olha que já são 14 horas pai!" E eu pai "babado" só podia sorrir... tenho a certeza que hoje fiz o meu filho feliz!
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O passeio Pais & Filhos da Amieiro Bikes pretendia isso mesmo - uma boa convivência entre pais e filhos, em torno de um dos brinquedos mais acessiveis, duradouro e fomentador de boas horas de diversão que podemos oferecer a uma criança - a bicicleta. E o objectivo foi conseguido! Sem sermos muitos, a verdade é que passamos uma tarde agradável na companhia uns dos outros, fomentando-se inclusive novas amizades, em torno desta maluqueira que são as bikes.
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Numa voltinha circular á cidade, acaba por ficar para a história os inumeros quilómetros de fotos tiradas, um brutal acumulado de sorrisos infantis e uma excelente média de horas de qualidade na relação pai-filhos!
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Amigo Rui obrigado pelo passeio. Restantes companheiros obrigado pela companhia! Miudos e graudos - desfrutem da companhia uns dos outros... a vida é demasiada curta para se passar em frente á TV.
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FMike :-)