sábado, 28 de março de 2015

Em dia especial, toma lá um GF3!

Boas a todos!

Diz-se que nos dias que nos são especiais, deveremos passá-los a fazer o que mais gostamos, se possivel junto das pessoas que mais apreciamos, nos locais que nos são significativos. Ano após ano tento fazer isso. Se não trabalho, opto por fazer um bocadinho de tudo, sempre pelas redondezas da cidade que me viu nascer e se possivel, com uma comezaina bem regada! :-)


Este ano não foi excepção. Entre outras coisas, aprecio dar umas pedaladas neste dia, apesar de ser dia da semana e não poder contar com o grupo de amigos habitual. Com o GF de Março por realizar e como tinha umas coisas para espreitar no Fundão, a opção lógica foi ir até lá fazer o gosto ao pedal.



Inicialmente era para ter a companhia do JValente, que a braços com um catarro, acabou, à última da hora por nao me poder acompanhar. Mesmo a solo, meti-me ao caminho, com o primeiro objetivo de comer uma "principesco" pastel de nata, perdão, pastel de cereja da Cova da Beira, que estava simplesmente divinal. Haja vontade de ir até lá, que a recompensa vale a pena!


O regresso à cidade fez-se sempre em bom ritmo vivo, pois hoje já sem vento e com o sol a aquecer bem o pelo, foi um prazer pedalar. Há que dar às pernas, pois vem ai mais um duatlo para cumprir! Para a semana há mais!

FMike :-)

quarta-feira, 25 de março de 2015

Cautelas e caldos de galinha

Boas a todos

Enquanto a Primavera custa a arrancar, os dias têm sido ricos em momentos desportivos, desde o "meu" Glorioso ter perdido (e bem!) alguns pontos de avanço, até à Sara Moreira que registou um importantissimo 2º lugar na 25ª Meia Maratona de Lisboa. Dois opostos, num mundo desportivo em constante ebulição.


Por aqui registamos a deslocação de um "contigente" CB Running até Badajoz para participar quer na 23.ª Maratona, quer na 1.ª Meia Maratona organizada naquela cidade fronteiriça, que apesar de nao ser muito frequentada, é já uma referência desportiva na modalidade.


Ainda sem ritmo competitivo, depois de um Fevereiro bem recheado de eventos onde puxei bem "pelo cabedal", optei por fazer a Maratona em ritmo não competitivo, uma novidade para mim, pois nunca desfrutei dessa possibilidade, em detrimento de tentar sempre melhorar as minhas marcas pessoais, o vulgar "competir connosco próprios", o fugir da zona de conforto, que tão importante é para a motivação.


Depois de 42 kms corridos com um prazer diferente, sempre em espirito divertido com buzinadelas e apitos a acompanhar o amigo André que se estreava na distância, o momento foi de convivio numa boa esplanada espanhola, porque somos já uma "familia"!


Contudo vim de lá meio empenado, com o "semi-eixo esquerdo" a acusar alguma falta de lubrificação na rótula, aconselhando repouso e ausência de corridas. Ainda tentei na segunda feira, mas o S. Pedro atento, mandou-me voltar rapidamente para casa, tal era a quantidade de chuva que mandou abaixo.Na terça deixou, mas optei apenas por caminhar, até porque a ida a Fátima a pé está quase aí.


O dia de hoje amanheceu radioso, embora ventoso. Pedia bicicleta, mas sabendo de antemão, que o Sr. Vento ia fazer má companhia! O ligeiro empeno esquerdo também pedia descanso e optei por dar umas pedaladas tranquilas, a solo, sem ir para muito longe. Se as dores voltassem, rapidamente voltava a casa.


Inicialmente em ritmo "medroso" mas posteriormente em ritmo um pouco mais vivo, fiz um périplo em redor da cidade, revisitando algumas das quelhas e becos, onde tanto gosto de passear e pedalar com o pirralho. O "semi-eixo" não se queixou, dizendo-me que a "lubrificação com massa consistente" tem funcionado! Díficil mesmo foi o regresso pelo IP2, onde o vento forte foi mesmo terrível!


Cheguei a casa um pouco mais contente, sem dores, com cerca de 40 kms rodados em torno de CBranco, e já com os olhos postos em Abrantes, onde dia 11 teremos nova prova de duatlo, desta vez um pouco mais empinada e dura, nada que a malta não goste! :-)

FMike :-)

quinta-feira, 19 de março de 2015

Subidinhas da Beira

Boas a todos

Depois de algumas semanas dominados pelo bom tempo (e seco!), a semana começou timida, com dois dias de alguma chuva, que bem falta cá faz!... Bem, mas se a chuva começa a aumentar, a possibilidade de irmos dar às pernas diminui na mesma proporção. Oh gaita!...


Mas o dia raiou bonito e sem nuvens no horizonte próximo, o ideal para irmos dar umas pedaladas descontraidas pela região. Apesar de estar a 3 dias de mais uma maratona, novamente por "terras de nuestros hermanos", deixei o J Valente escolher a volta, convicto que ele me ia poupar um bocadito!


Mas o mundo não é de convicções nem de certezas. Apareci junto á casa dele tranquilamente, montado na minha "Big Foot Trek", à espera de uma pedalada fácil. Puro engano! Foi mesmo pinhal com ele!


Na companhia dele e do Nelo, que nos acompanhou em parte do percurso, fizemos um périplo por algumas das bonitas e reconditas aldeias da zona das Sarzedas, aqui e ali sempre brindados com algumas das mais bonitas e arfantes subidas da região.... um must!


No Cabeço de Infante enveredamos por uma estradinha que há muito nao fazia (de BTT!) pela Lomba-Chã, Vale da Sertã e Outeiro, onde nos esperava uma das muitas subidas de hoje. A verdade é que o João tem razão. Nestas belas estradinhas, a quase total ausência de transito, permite-nos pedalar mais descontraidamente!


Ao entrarmos na M546 regressamos para trás até Sto André para cafeinarmos a alma! Repostos os niveis, o Nelo regressou à cidade e nós seguiríamos, pensava eu, até aos Bugios. Mas não. Ainda tivemos de ir espreitar a Fonte Longa e a tão "temida" subida do Gaviãozinho, antes de virarmos os azimutes aos Bugios e Alvaiade.


O vento entretanto começou a surgir, juntamente com muitas nuvens, indicando que o tempo estava a mudar, deixando o sol radioso para trás. Arquejada a subida de Alvaiade, atestamos os bidons na fonte do costume e rumamos a VV Rodão, à pastelaria Rodense, onde meio esfomeado, "emborquei" num ápice um saboroso "caracol"! Os níveis já iam baixos!


O regresso à cidade tornou-se penoso, pois sempre com o vento de frente, cada vez mais forte, sobretudo no IP2, não era nada fácil pedalar com vigor. O que me valeu é que o JValente é grande e faz uma boa "roda"! Eehehehe


Os créditos fotográficos de hoje são do Nelo e do João. Obg a eles! Até breve!

FMike :-)

domingo, 15 de março de 2015

Carpe Diem

Boas a todos

A expressão não é minha, mas é, desde há muito, parte da minha filosofia de vida, e um objetivo quotidiano que prezo. De antiga que é, a expressão esconde no seu latim original, um significado textual de "aproveite o dia". Contudo o seu verdadeiro significado para mim é muito mais abrangente. Costumo acrescentar ao "aproveita ao máximo o presente" a minha própria expressão "todas as oportunidades que a vida te dá".


Reconheço que não é fácil dizer que sim a tudo o que vai de encontro e mexe com a nossa filosofia de vida, a nossa integridade profissional e a nossa postura pessoal e familiar! Mas tento dar o "jeito"! A vida é tão breve que acho que vale a pena o esforço para a aproveitarmos ao máximo, sempre que esta nos dá boas oportunidades!


Aprecio as bicicletas desde que me lembro de ser gente, embora só tenha aprendido a andar na escola primária e só tive a minha primeira bicicleta (usada!) aos 10, 11 anos. E também vem dos tempos do ciclo, o gosto pelo atletismo, embora este tenha sido sempre um "parente pobre" dos programas educacionais da minha geração.


Juntar o running ás bikes, tem sido uma decorrer natural para mim. Há mais de 4 anos, que volta, não volta, junto uma "pedalada" a uma "runnada", "saboreando" depois o "cansaço bom" que fica na memória dos músculos. 


O dia de hoje refletiu um pouco a filosofia do Carpe Diem e juntou-lhe o meu gosto pessoal por ambos os desportos. Fui fazer o meu primeiro Duatlo oficial, em espírito competitivo - o Duatlo de Fátima.


As oportunidades surjem quando menos se esperam. Em Fevereiro, fui desafiado pelo Nelo e pelo Catarino a experimentar a modalidade pela cores da equipa do Clube de Triatlo do Fundão. A minha primeira ideia é que era impossivel, pois sem tempo de qualidade para treinar afincadamente, só me vinha a ideia que ia lá "arrastar-me" e pouco contributo traria à equipa. Mas a filosofia falou mais alto: "Vai"! 


E assim fui! Sem grandes (quase nenhum!) treinos dedicados, desde a Maratona de Sevilha, atascado em trabalho, sabia que não ia ser fácil. Mas nada nesta vida é. E acima de tudo tinha de sentir que ia divertir-me a fazer algo de novo na vida! E diverti!


Com bons amigos e integrando uma equipa fantástica de topo, ouvir quem já sabe destas coisas, dá uma ajuda preciosa para tentar perceber a "mecânica da coisa"... "check-in", "mount", "dismount", transições, olha o dorsal para a frente e para trás, não te esqueças de apertar o capacete, fixa o local da bici... foram "conselhos de ouro", tanto para mim" como para a Cristina Salavessa, outra estreante nestas andanças no dia de hoje!


Chegamos a Fátima, cerca de 1 hora e meia antes da nossa partida que seria pelas 11:30 h. O ambiente era já de festa, algo já esperado num evento com 750 inscritos! Era tempo de cumprimentar o resto da equipa que já tinha chegado e tratar das formalidades, algo inédito para mim... dorsal da federação, chip, plaquinha de identificação para a ginga... passo a ser o 4276!


Preparado o material, fomos ainda dar uma vista de olhos aos trilhos. O circuito contava com cerca de 10,5 kms, ao qual iriamos dar 2 voltas, tudo isto paredes meias com a A1 em plena serra de Aires e Candeeiros... E o que já esperava confirmou-se. Trilhos com muito areão, pedra e mais pedra. Ia ser duro não pelas subidas mas sim pela exigencia técnica. E ainda nao sabia da missa metade! :-)


O tiro de partida foi dado a horas, para a 1ª parte, um running com 5 kms em terra batida, areão e muitas viragens de ângulo fechado, tudo isto num ritmo simplesmente alucinante! Eu, bem mais habituadinho à resistência e pouco a velocidades, a modos que "estranhei". Mas depressa "entranhei" e pernas para que vos quero! Mesmo com um piso mauzinho, fui posicionando-me bem para a 2ª parte dedicada ao BTT, seguindo sempre atrás do Nelo.


Na hora da transição, tive receio da confusão de mudar de sapatilhas, pôr capacete, pegar na bike e ir a correr até á zona de "mount". Mas dei-me bem, fazendo tudo de forma eficiente e saindo para os trilhos sempre colado ao Nelo. Mas depois tudo mudou.


Neste tipo de provas pode ser-se um bom atleta de running, mas é na bicicleta que temos de estar muito fortes! Nos primeiros kms técnicos, mas muito rápidos, consegui manter-me por perto, mas logo que a parte técnica cresceu - leia-se pedras e mais pedras e subidas mais exigentes, perdi algum do fôlego. Sem encontrar um grupo que rolasse à mesma velocidade, ultrapassei e fui ultrapassado, progredindo no terreno sempre bem "achocalhado" pela terrivel pedra, em belissimos trilhos, quase todos entre imponente floresta, aqui e ali entrecortados com troços mais duros e muito técnicos, alguns perigosos até. 

  

Para terminar a primeira volta tinhamos ainda uns simpáticos singles, vestutamente batizados de "trilho da gatinha" e "trilho dos pobres"... a "gatinha" não a vi, só pedra e drops engraçados a cms de paredes de pedra... já os pobres que fizeram o 2º single "tinham bebido um copos", pois era um single cheio de curvas fechadas entre árvores, onde apesar de tudo safei-me bem com a 29. A segunda metade foi mais fácil, pois já conhecedor dos atributos dos trilhos, tive a oportunidade de me manter com a atleta feminina que ganhou o duatlo, e que felizmente rolava à minha velocidade, permitindo-me manter na sua roda praticamente até ao fim.


Chegados ao parque de transição seguiu-se novamente o "stress" de mudar de equipamento e estacionar a bike. E também aqui correu bem. Era tempo de fazer a 3ª parte, a corrida final. Em bom ritmo, depressa venci os 2 kms que me separavam da meta, que cruzei ao mesmo tempo dessa primeira atleta feminina, com um tempo de 1:29 h. Já a Cristina, no seu duatlo de estreia, subiu ao podium como V2 feminina, em 3.º lugar. Muito bom!


Tenho a perfeita consciência que posso fazer melhor - mas somente o treino me permitirá isso. Mas também tive outra certeza - gostei da experiência, e tenciono repetir sempre que possivel e tenha condições laborais para tal. Aquela intensidade e toda aquela envolvência sabem bem e fazem bem à motivação. Sim, eu sei que é competição para a maioria das pessoas, mas até aqui, nesse espírito, podemos desfrutar de um dia bem passado. Eu desfrutei!


Para o CT do Fundão, "repetiu-se" a toada! Mais uma vez os seus atletas de topo, repetiram a proeza e venceram, "limpando" os primeiros lugares. Percebe-se rapidamente que ali há boa disposição, entrosamento, companheirismo e espirito de equipa! Bonito de se ver! Também a organização/federação mostrou que é uma "máquina bem oleada", pois um evento daquela dimensão, não será fácil de liderar! Mais... pela envolvência de "miúdos e graúdos" estarão ali muitos atletas de futuro. Um trabalho importante para o desporto nacional!


Aos amigos e familia que me apoiaram e à Rosario a quem devo todas estas fotografias, apenas deixo o meu sincero OBRIGADO! Ao CT Fundão um OBRIGADO especial pela oportunidade que me deram!

FMike :-)   

sexta-feira, 13 de março de 2015

Cafézinho nas Olelas

Boas a todos!

Dia de greve! Sim sou aderente e serei sempre que vir um país a duas velocidades, com diferenças gritantes entre quem trabalha, produz e pouco recebe e quem pouco ou nada faz, não produz e muito tem! Permitam-me este desabafo que pouco efeito pode ter no "status quo" existente, mas que me "lava a alma" e me faz continuar!
 

Como era aderente, teria de cumprir os cuidados mínimos entre as 12 e as 16 h, os tais cuidados que nunca são mínimos, são globais, pois lidamos com pessoas doentes e não com máquinas ou parafusos. Isso é outra "guerra"!


Ora com metade da manhã livre, e com competição amanhã, o bom senso aconselhava descanso e relaxamento antes de ir trabalhar 12 h. Pois aconselhava, mas não é para mim. Logo ontem o JV, também ele um aderente, desafiou-me para irmos dar umas pedaladas tranquilas, numa volta curtinha, que o tempo não dava para mais.


E assim foi. Entregues e orientadas as "crias", fizemos uma voltinha circular, aqui pelas redondezas, apenas com a subida ao restaurante das Olelas, que há muito não apanhava aberto.


Aproveitando a simpatia do atual proprietário, bebemos ali um bom café, sem antes termos perdido a oportunidade de nos refastelar nos bons sofás presentes no espaço. Houve quem tivesse tempo para um desabafo: "Ficava já aqui a bater uma soneca"! :-) 


Ciclismo lúdico só para a semana há mais! Amanhã acho que me vão doer as pernas... depois conto por aqui.

FMike :-)

quarta-feira, 11 de março de 2015

Caminho dos Franceses - Versão 2015

Boas a todos!

Boas aventuras com bons amigos e familiares, seja a correr, andar ou a pedalar, são momentos que sempre que a minha "super-animadissima-vida" permite, faço questão de acompanhar e viver!


O "bocadinho" que temos de vida neste mundo, às vezes é pouco para tudo o que queremos abarcar e desfrutar. Volta que não volta, temos para o mesmo dia uma série de eventos ou aventuras, as quais não queremos perder nenhuma.


O passado domingo foi um desses dias! As "solicitações" eram mais que muitas! Havia motas, pedestre, até ponderei nao fazer nada e desfrutar de um verdadeiro dia de descanso. Mas não, isto de ficar parado não é bem comigo...


O Nelo lançou cá para fora, o repto de irmos revisitar alguns trilhos do Caminho dos Franceses que tinhamos pedalado em 2013, com algumas nuances novas, propostas pelo Carlos Gonçalves. E o repto foi aceite por uma mão cheia de rapazes cheios de vontade de ir ver aquelas bonitas paisagens.


Bem cedinho, eu (FMike), o Nelo, o Fidalgo, o Vasco e o Nuno Maia dirigimo-nos para Figueira de Castelo Rodrigo, onde já nos esperavam junto ao Convento de Sta Maria de Aguiar, o Carlos Gonçalves, o Carlos Gabriel, o Luis e mais 2 amigos da Guarda e Mêda.


Foto: AQuelhas

A saida de Figueira em direção à Espanha fez-se por uma série de trilhos, alternados com estrada (sem alternativa) até Almofala, local onde cruzamos o supostamente "renovado" GR22. A seguir a esta aldeia entramos num par de singles bem catitas que nos levaram até Escarigo, uma parte renovada do percurso de 2015.


Esta é a última localidade em Portugal sendo que entramos em trilhos espanhois até La Bouza, a primeira terra espanhola que passamos. Logo de seguida vem Puerto Seguro, onde podemos pareciar algumas particularidades do Caminho de Santiago, que nesta parte está bem evidenciado, com albergues antigos, hoje recuperados.


A partir daqui começa uma das partes mais "loucas" do percurso... a super adrenalinica descida até à Ponte dos Franceses sobre o rio Águeda, hoje cheia de sol, alguma lama escorregadia, alguns peregrinos, mas nada que impedisse desfrutar por ali abaixo! Uma loucura de paisagem, uma beleza impar, um hino a quem gosta de caminhar e pedalar! A conhecer sem dúvida!


A saida da ponte faz-se em direção a San Felices los Galegos, por uma verdadeira parede, quer pela inclinação, quer pela exigencia técnica para a fazer. Mas houve quem insistisse e consegui-se fazer ate ao fim. Por minha conta alternei algum pedestre, com muitas partes à força de pedal, que me fizeram ver uma coisa.... seja 26 ou 29, o importante é haver pernas! Sem elas, nada feito!


Em San Felices tivemos o primeiro momento cultural, onde com os bons conhecimentos do Carlos, fomos visitar o museu do azeite, um espaço cultural muito bem recuperado, a fazer lembrar o bonito lagar de Proença-a-Velha.


Como o calor ja apertava, tivemos logo por ali o 2.º momento cultural, com uma "Mahou" 5 estrelas, bem fresquinha num dos bares locais. Menos mal, para coonseguirmos ver "bem" o espetacular single track que fizemos ao sair daquela aldeia em direção a Ahigal Los Aceiteros.


Numa toada entre o sobe e desce, os "acumulados" iam-se somando, mas a boa disposição também e depressa chegamos a Sobradillo, uma bela aldeia, cheia de monumentos graniticos, a começar pela série de cruzes á entrada da aldeia, que demarcam bem o caracter religioso daquelas paragens.


Não paramos aqui, seguindo sempre pelas arribas do "Duero", aqui e ali brindadas com singles de enorme qualidade, mas pefeitamente cicláveis, ideiais para por os "cabelinhos em pé" aos mais medrosos e fazer subir e bem a adrenalina aos mais afoitos. Fantásticos!!!


Chegados à estrada C517 que leva diretamente a La Fregeneda, a opção lógica seria seguir por aqui, mas era estrada! Com o "dedo" do Carlos, alongamos o percurso inicial para conhecermos outra aldeia espanhola perdida nas arribas, Hinojosa de Duero, onde para de lá sair era preciso alguma "paciência"!


O Carlos avisou. O single é "extreme" ou seja, nalguns sitios é preciso um "kit de unhas" mas vocês vão gostar.... e gostamos, sinceramente! Não é um single fácil, mas que "aquece a alma" para quem gosta de dar umas pedaladas, ai isso aquece! Muito bom!


Segiu-se La Fregeneda onde não paramos, dada a vestuta quantidade de bares passivel de nos dar de comer e beber, pois eram mais que horas de almoço e queriamos algo mais sólido.


Sempre em toada descendente, avistamos o bonito Douro/Duero, entrecortado nas suas encostas ora com socalcos de vinha a perder de vista, ora com inúmeras amendoeiras em flor, a fazer lembrar as encostas nevadas da nossa Serra. Muito bonito!


Em pouco mais de 4 kms passamos do cimo da arriba a cerca de 500 m de altitude, até aos 140 metros ao nivel quase do Rio Douro, numa paisagem verdejante, sempre entrecortada aqui e ali com passagens mais aceleradas, mais uma vez, produtoras quanto baste, de adrenalina pura, sempre com os olhos cheios da bonita paisagem.


Em Barca d' Alva cruzamos o rio Águeda pela ponte nova, em direção ao mercado semanal, que ao domingo assume ali proporções de multidão em excursão e confusão confusa! O que vale é que a malta da zona conhece e depressa arranjamos um simpático café, com uma boa esplanada, onde pudemos desfrutar de da cerveja fresquinha e alguma comida sólida, pois as "agruras" do dia ainda nao tinham terminado.


Enquanto alguns "menos corajosos" ficaram por ali á espera do transporte rodoviário até Figueira, meia duzia de nós pegamos na bici e começamos a enfrentar os 21 kms de subida que nos esperavam entre vinhas, amendoeiras e oliveiras.


Sem grandes safanões (não era dia para isso), em ritmo certinho e pedalada certa, fomos vencendo sempre juntos os imponentes fragões, onde nem o ar corre e o calor já apertava. Nada que não se faça!. Cá em cima a paisagem muda radicalmente e parece que entramos nuam paisagem "lunar" pejada de rocha granitica por todo lado.


Bem na nossa frente, o "caroço" de Figueira de Castelo Rodrigo, lembrava-nos que a aventura estava quase no fim. Em cadência certinha, ate porque tinhamos a "2.ª parte" à espera, depressa fizemos os kms finais ate ao Pavilhao Desportivo, onde o Carlos tinha combinado para podermos tomar um duche e mudar de roupa. Um duche de água quente, diga-se, que soube pela vida!


Findo o retirar do pó do corpo, esperava-nos um petisco à antiga! Um café dos bons, daqueles que tem uma sala ao lado da cozinha, resguardada, onde pudemos apreciar umas boas moelas, a febra e a entremeada, em doses "industriais", capazes de alimentar "um quartel"! Tudo isto sempre com a boa da "mine" geladinha e claro bons momentos de risada, com o Fidalgo, como de costume, a animar as hostes!

Foto: C. Gonçalves

Um domingo excelentemente bem passado, na excelente companhia de bons amigos de sempre, animadas pedaladas e bons petiscos. Obg Carlos, Obg Nelo!!!