Boas a todos novamente! :-)
A noite de sábado para domingo decorreu normalmente, apenas entrecortada pelos sobressaltos de quem tem o sono leve e a companhia de "pesos pesados" do sono... ;-)
Naquele espaço onde meninos aprenderam a ser homens, agora transformado em albergue de peregrinos onde dormem e sonham com o dia em que chegam a Compostela, o inicio do dia foi madrugador.
Às 7 e picos já andava todo o mundo de levante, ocupados em orientar as mochilas, lavar a "fronha" e tomar o pequeno almoço. De tal modo que às 08 h estávamos prontos para a partida e para a primeira foto de grupo do dia, que se apresentou claro e frio, mas sem sinais de chuva. Ainda bem!
Vitaminado o corpinho de comida e um bom café no único café das redondezas, regressamos ao caminho de Santiago no preciso ponto onde terminamos no dia anterior, continuando numa ligeira descida entre vinhas e hortas até ao vale onde o Rio Neiva corre.
O Neiva apresenta aqui umas águas límpidas rápidas e frias, passando em grande quantidade sob a Ponte Pedrinha de traça medieval que usamos para o atravessar. Bonito monumento!
A partir deste local o caminho entrecorta inúmeras hortas, quintas com casas apalaçadas, entrando aqui e ali nalgumas aldeias de parco casario. Em todo o percurso ate chegarmos quase a Ponte de Lima apenas encontramos um café...
As casas apalaçadas mais emblemáticas que encontramos foi na localidade de Casas Novas. Rodeadas pelo verde dos campos e as fecundas vides que produzirão o famoso vinho verde, é bonito encontrar velhas casas apalaçadas carregadas de simbologia de outros tempos.
À entrada de Queijadas aproveitamos para realizar o nosso reforço do meio da manha, acabando com as nossas reservas alimentares que ainda subsistiam do dia anterior. A partir dali, já só pararíamos em Ponte de Lima.
Num misto de caminhos agrícolas, alguns dos quais perfeitamente intransitáveis, transformados em ribeiros pela força da água que tem chovido, aqui e ali com alguns troços de alcatrão, íamos-nos aproximando a bom ritmo de Ponte de Lima.
Alguns troços, comuns quase sempre à Via XIX, demonstravam bem a sua faceta centenária, de empedrado romano característico, com inúmeros recantos e altares dedicados aos santos e santas, venerados por aqui.
Em Fornelos, já bem perto de Ponte de Lima, aproveitamos para "matar a sede" com verde tinto e branco, conforme o desejo de cada um. O "calor do dia" assim o exigia! Um bom momento para descontrair as pernas!
A entrada em Ponte de Lima faz-se pelos campos de golf , terminando com uma descida que embica diretamente na avenida principal. Por entre zonas ajardinadas, vivendas antigas e muitos monumentos históricos - o Paço do Marquês, a casa torreada dos Barbosa Aranha, o Paço do Município e a estátua da fundadora de Ponte de Lima, D. Teresa, de tudo há um pouco para nos cativar o olho e a objetiva da máquina. Muito bonito!
O fim da etapa deste nosso caminho fez-se junto à Igreja Matriz de Ponte de Lima, bonita pela sua beleza austera do granito, ali paredes meia com o Rio Lima! Lá dentro, reinava a calma típica de uma igreja em tarde de domingo.
O fim da etapa deste nosso caminho fez-se junto à Igreja Matriz de Ponte de Lima, bonita pela sua beleza austera do granito, ali paredes meia com o Rio Lima! Lá dentro, reinava a calma típica de uma igreja em tarde de domingo.
Eram cerca de 13 h, tínhamos perto de 20 kms andados a um bom ritmo de 4,5/km. Era tempo de procurarmos poiso para comer e desfrutar da paisagem da Praça de Camões, ali sobranceira com a famosa ponte romana de Ponte de Lima.
Ainda olhamos para a "Tasca das Fodinhas" mas acabamos por escolher o "Escondidinho" mesmo em frente, conhecido nosso de 2010, quando na nossa peregrinação ciclística ali "bastecemos" umas belas pataniscas de bacalhau.... e novamente não fomos defraudados! Do sarrabulho ao bacalhau, tudo estava divinal e em grande quantidade, pois esta malta não deixa "créditos em mãos alheias"! E o verdinho era simplesmente fantástico! Recomendo!
Ainda olhamos para a "Tasca das Fodinhas" mas acabamos por escolher o "Escondidinho" mesmo em frente, conhecido nosso de 2010, quando na nossa peregrinação ciclística ali "bastecemos" umas belas pataniscas de bacalhau.... e novamente não fomos defraudados! Do sarrabulho ao bacalhau, tudo estava divinal e em grande quantidade, pois esta malta não deixa "créditos em mãos alheias"! E o verdinho era simplesmente fantástico! Recomendo!
O dia terminou com a viagem de regresso a Castelo Branco onde chegámos perto da hora de jantar. As próximas etapas estão já agendadas para 12 e 13 de Abril, altura em que contamos chegar a Tui. Depois já só em Junho, com as mochilas ás costas e em 5 dias seguidos, contamos completar este projeto com a chegada ao Obradoiro e 570 kms realizados "Da minha casa a Santiago"!
Até breve!
FMike