sábado, 30 de novembro de 2013

Cheirinho a velhos tempos!...

Boas!
 
Uma pausa... uma oportunidade para pedalar! Um lema importante a desfrutar nos próximos tempos. As minhas saudosas amantes de duas rodas agradecem e a minha "sanidade mental" também!

 
O dia estava convidativo à prática desportiva, sobretudo para quem como eu não pedala há 3 meses e não corre há 3 semanas, a braços com um joelho empanado. Em Alcains havia cross-run, com uma excelente representação do nosso grupo CB Running. Mas optei por não arriscar a recuperação e fui pedalar com a malta do Modelo.

 
Cheguei ao Modelo às 08:30 e pouco depois, com a companhia da Tê, do Nuno, Simões, Araújo e do António, optamos por uma voltinha que gosto especialmente, pela paisagens que permite observar.

 
Apesar do frio da manhã, a boa companhia e o ritmo certinho da pedalada, depressa aqueceram até os espíritos mais friorentos! Depois do conturbado IP2 com montes de transito, com muitos camiões a pregar alguns "sustos", chegamos ao Perdigão e entramos na pacata M1373 rumo ás Vila Ruivas.

 
Depois do encontro com uma idosa de 96 anos que a meio da subida me deliciou com os seus desditos, vi-me e desejei-me para apanhar os companheiros na famosa subida que nos leva até ao Castelo do Rei Wamba.

 
Como o Nuno não conhecia fomos até lá, até porque o nevoeiro convidava a boas paisagens para uns clicks fotográficos. E não me arrependi! Excelente paisagem!

 
Depois de alguns clicks, a "Padaria Rodense" chamava por nós! Era tempo de recuperar energias naquele "antro de pecado estomacal" com umas montras capaz de fazer salivar um carapau seco!

 
Repostas as energias com meia dúzia de minutos de boa conversa, seguia-se o regresso a CBranco, sempre em pendente ascendente, que com o subir do sol, passou de frio a calor em menos de um nada!

 
Chegamos á cidade perto da hora de almoço, com 75 km andados a um ritmo calmo, o ideal para regressar a estas lides. Mas o dia prometia mais...


Depois de um lauto almoço, era tempo do "pirralho" cá de casa também ele voltar ás voltinhas de BTT com o pai, pelos trilhos da cidade!


Depois de aprimoradas as bikes de BTT (leia-se encher pneus, tirar teias de aranha, sacudir o pó e olear correntes) começamos as "hostilidades" da tarde com uma visita à capela Sra de Mercules. Para baixo tudo ajuda... para cima é que são elas...



Viramos ao monte de St Martinho, com destino ás traseiras da Carapalha, um percurso sempre com boas paisagens. Depois de uma breve passagem pelas traseiras da renovada estação de CF, seguimos em direção à zona de lazer, quem fim de tarde permitia bons passeios e alguma animação na pista de skate.


O regresso a casa fez-se pelo "calçadão" que nesta altura é dominado pelo vermelho fogo das copas das árvores.


Para terminar o dia e mais quase 20 km de puro prazer em BTT, nada como uma foto junto ao Colosso... afinal é pequenino... o colosso...


Abraço
FMike

 

domingo, 17 de novembro de 2013

Foz do Cobrão e Vale de Pousadas

A meio da semana não é fácil arranjar companhia para dar umas voltas de bicicleta, contudo, esta semana, após alguns contactos com malta que tem horários mais flexíveis, consegui reunir 4 amigos para pedalar!


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No ícon "Crónicas"... tens o relato integral!

Monforte da Beira e Malpica do Tejo

Já com algum atraso na escrita das crónicas asfálticas… venho hoje relatar uma voltinha 5***** que integrei no passado dia 2 de Novembro. Reunimos numa única manhã 11 asfálticas, algo inédito (pelo menos para mim)!


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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Outono na Estrela - 2013

Já lá iam perto de 4 meses… é verdade, 4 meses sem pegar na bicicleta todo o terreno! O entusiasmo pela asfáltica tem crescido e as lides académicas que ainda não viram o seu términus ditaram um encostar do BTT quase completo! Contudo à oportunidades e iniciativas que se sobrepõem… e se não as aproveitamos ficamos a “chorar” o facto de não termos lá estado!


A edição anual do “Outono na Estrela” com assinatura do Agnelo Quelhas tem sido daqueles passeios lúdicos que apenas não marco presença por razões de força maior. Este ano na sua 4ª edição, tudo se conjugou para passar um dia pleno de diversão na companhia de bons amigos e paisagens deslumbrantes vividas e desfrutadas em cima da minha BTT. Vamos lá então…por partes!


O ponto de encontro foi em Manteigas onde reunimos 2 simpáticos grupos de bons amigos. De Castelo Branco, fui eu (João Valente), Agnelo Quelhas, Abílio Fidalgo, Nuno Dias e o Nuno Maia (Alcains). Da cidade da Guarda e Figueira de Castelo Rodrigo vieram com o Pedro Quelhas mais 3 companheiros. Juntamos assim um grupo de 9 pedalantes ávidos por descobrir algumas das muitas belezas que a Serra da Estrela nos oferece nesta altura do ano.


Com início de pedalada pelas 9:30, saímos de Manteigas ao som das águas gélidas do Zêzere, rumo à Mata de Faias… em pendente ascendente para depressa aquecer! A mata das faias é um dos pontos idílicos da Serra da Estrela, especialmente nesta época do ano. As cores outonais em mistura com uma espetacular luz matinal a trespassar por entre os recortes das árvores fazia-nos sentir numa outra dimensão. Espetáculo!


Praticamente sempre em ascensão, dirigimo-nos para o Mondeguinho com paragem obrigatória nas típicas sandes de presunto de pão centeio. Uma “coisa monstra” mas suculenta para dar força para uma jornada ainda dura que tínhamos pela frente até atingir o ponto mais alto do dia a 1580 metros na Santinha.



Aqui a paisagem despida e polvilhada com rasgos de nevoeiro também não deixa de ser especialmente bonita. O agreste da serra faz-se sentir… frio cortante e vento, fazem o grupo avançar mais depressa rumo à Srª D'Acedasse, primeiro por entre vegetação mais cerrada e piso técnico onde as cores outonais se voltam a sentir em força e depois por um troço recentemente asfaltado que veio injetar alguma adrenalina extra à descida, onde se atingiram velocidades na ordem dos 60-70km’s! Pura da loucura!



Com cerca de 35Km’s percorridos e já uma boa cota parte do acumulado vencido, foi tempo de repousarmos um pouco mais ao largo da capela da Nossa Srª D’Acedasse e abastecermos um pouco mais à laia de almoço. Tínhamos pela frente ainda uns caroçitos para vencer e mais paisagem para desfrutar!



Uma vez mais em pendente ascendente tomamos rumo em direção ao Alto da Azinha, local preparado para a largada de parapentes e asa-deltas. Uma autêntica varanda panorâmica que nos faz sentir mesmo insignificantes perante a dimensão que nos rodeia. Sem dúvida…um dos momentos altos do dia!


A tarde avançava a passos largos, contudo as passagens pelo Alto do Vale da Amoreira, Sameiro e o final em São Gabriel brindaram novamente o grupo com as espetaculares cores que caracterizam este percurso: Outono na Estrela.


A aventura finalizou com a chegada aos nossos carros de apoio em Manteigas! Estavam finalizados cerca de 60km’s repletos de bons momentos e paisagens inolvidáveis! Faltava mesmo o típico lanche final em Vale de Amoreira, com os já tradicionais peixinhos fritos, febras “a palito” e queijo “quase morto” do Café Ideal, num ambiente formidável de camaradagem e boa disposição.


Para mim, o dia de hoje foi mais um daqueles que dá grandiosidade ao nosso desporto e às relações interpessoais dos envolvidos. Foi mais página bem colorida que se escreveu na nossa vivência... 
Obrigado a todos pela partilha destes momentos!
João Valente

Caminho CB - Santiago: 11ª Etapa

Boas a todos!
Depois de uma repousante noite, entrecortada por uma trovoada cerca das 05.40 h, a manhã começou às 06:30, com um apetitoso peq. almoço no hotel. Reunidas "armas e bagagens" nas viaturas de transporte, regressamos a Oliveiras para deixar o pessoal e largar as viaturas no ponto de destino.


Reiniciamos o Caminho às 08:20 na igreja de Oliveira, logo em modo subida, em direção a Portela e depois Nostim, sempre com o vale onde corre a ribeira de Seromenha, lado a lado com a estrada. A manhâ estava húmida, com uma chuva certinha que teimava em acompanhar-nos. Ao longe, os bancos de nevoeiro entre os vinhedos permitia-nos fotos fantásticas!


A chuvinha, ia dando lugar aos primeiros raios de sol, e logo ali o arco iris começou a dominar a paisagem, ao ponto de se duplicarem! A seguir a Nostim encontramos uma igreja pequenina e um singelo cruzamento, com uma placa que indicava Ponte Cavalar.... querem lá ver que temos um ponte feita de cavalos??? :-)


Em boa descendente, entramos num caminho lajado de xisto, escorregadio quanto baste , mas bonito de percorrer. Lá embaixo encontramos a ponte, antiquíssima no seu traço, com um arco perfeito, coberto de heras que permitia uma moldura fantástica. Muito bonito.


Escondida pelo meio de um figueira, um antigo marco dita a separação de 3 concelhos: Sedielos para a direita, atrás de nós a Régua e para a esquerda, nosso destino Mesão Frio. A verdade é que não saberia nada disto, se não tivesse chegado o José, outro viticultor duriense, que se chegou á conversa, da sua modesta casa ali paredes meias com a ponte.Em discurso de quem gosta de falar, lá foi contando a sua vida enquanto nos mostrava a modesta adega.



A pendente agora era de subida, sempre por alcatrão, com destino a Mártir, uma aldeia à meia encosta entre os vinhedos da margem direita do Douro. A chuva ia dando umar da sua graça, sempre com os bancos de nevoeiro a esconderem paisagens fantásticas, aqui e ali entrecobertas pelos raios de sol da manhã.



Semprepela mesma cota denivel, a meia altura ia-mo-nos aproximando de Mesão Frio. Fazendo jus ao nome, o frio e a humidade da manhã ia-nos "entrando nos ossos", pelo que uma garrafinha de jeropiga miraculosamente surgida, deu-nos algum alento. Depois da localidade de Estrada e Quinta da Boa Vista, entramos em Mesão Frio pelas 11:00,mesmo a tempo de um reforço do peq. almoço.



Instalados na praça central, fomos criando alguma curiosidade nos presentes, pois nao será muito habitual ver um grupo de caminheiros, fazer grandes petiscadas por ali. Recuperadas energias,devidamente acompanhadas por uma boa dose de cafeína, regressamos ao Caminho já perto das 11:45 h.



O reinicio do Caminho, marca neste ponto o abandono do Douro e das suas castas generosas, virando-nos já  para a rota do Vinho Verde e para a bacia do Tâmega. A partir daqui, à cota de 260 m incia-se amaior subida de todo o Caminho de Torres, que culmina com a chegada ao ponto mais alto desta rota, a 970 m de altitude, com o Marão ali mesmo ao lado.



Começamos com uma subida recentemente alcatroda, mas com zonas deinclinação de perto de 20%, passando pelas localidades de Anquião, Portela e Graça. Enquanto subiamos, iamos vendo lá em baixo o Douro a ficar para trás e imenso Maraão a dominar a paisagem bem na nossa frente.



Sempre em pendente marcada, aproximamo-nos de Gestaçô,onde um oportuno café permitiu-nos "matar" a sede com um par de minis, porque subir, subir, subir... faz sede! Eram 13:30, estavamos a 600m de altitude e ainda faltavam alguns kms. Mas a paisagem começava a mudar, com o surgimento das primeiras vinhas em latada e alguns espigueiros.



Depois do Fojo e Águas Mortas, os últimos algomerados de casas a cerca de 800 m, entramos nos caminhos de terra batida, rumo ao cume, onde a 970 m os aerogeradores dominam a paisagem. Apesar do vento, do frio e da humidade, a paisagem era fantástica.



Em modo descendenete fomos-nos aproximando de Loivos do Monte o local onde estava previsto terminarmos mais esta etapa.Chegamos lá cerca das 15:30, registando aquilo que sabiamos ser o dia mais dificil em termos de caminhada: 22 km e perto de 900 D+, mesmoassim realizados a 4,1 km/h. Nada mau.



Seguiu-se mais um lauto almoço de grãozada com bacalhau e ovo, que fezas delicias dos presentes, pois aquela hora, o corpinho já pedia sustento. Na hora do café tivemos ainda oportunidade de conhecer melhor as gentes locais, com uma cachopa de pouco mais de 30 anos a destacar-se, por estar em plena conversa com os demais e a... cozer sapatos à mão de uma forma frenética. Um parco ganha pão de 50 centimos,cada 5 pares cozidos... à mão!



Até breve. Este fim de semana há mais, com destino a Amarante!

FMike :-)