sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Caminho CB - Santiago: 11ª Etapa

Boas a todos!
Depois de uma repousante noite, entrecortada por uma trovoada cerca das 05.40 h, a manhã começou às 06:30, com um apetitoso peq. almoço no hotel. Reunidas "armas e bagagens" nas viaturas de transporte, regressamos a Oliveiras para deixar o pessoal e largar as viaturas no ponto de destino.


Reiniciamos o Caminho às 08:20 na igreja de Oliveira, logo em modo subida, em direção a Portela e depois Nostim, sempre com o vale onde corre a ribeira de Seromenha, lado a lado com a estrada. A manhâ estava húmida, com uma chuva certinha que teimava em acompanhar-nos. Ao longe, os bancos de nevoeiro entre os vinhedos permitia-nos fotos fantásticas!


A chuvinha, ia dando lugar aos primeiros raios de sol, e logo ali o arco iris começou a dominar a paisagem, ao ponto de se duplicarem! A seguir a Nostim encontramos uma igreja pequenina e um singelo cruzamento, com uma placa que indicava Ponte Cavalar.... querem lá ver que temos um ponte feita de cavalos??? :-)


Em boa descendente, entramos num caminho lajado de xisto, escorregadio quanto baste , mas bonito de percorrer. Lá embaixo encontramos a ponte, antiquíssima no seu traço, com um arco perfeito, coberto de heras que permitia uma moldura fantástica. Muito bonito.


Escondida pelo meio de um figueira, um antigo marco dita a separação de 3 concelhos: Sedielos para a direita, atrás de nós a Régua e para a esquerda, nosso destino Mesão Frio. A verdade é que não saberia nada disto, se não tivesse chegado o José, outro viticultor duriense, que se chegou á conversa, da sua modesta casa ali paredes meias com a ponte.Em discurso de quem gosta de falar, lá foi contando a sua vida enquanto nos mostrava a modesta adega.



A pendente agora era de subida, sempre por alcatrão, com destino a Mártir, uma aldeia à meia encosta entre os vinhedos da margem direita do Douro. A chuva ia dando umar da sua graça, sempre com os bancos de nevoeiro a esconderem paisagens fantásticas, aqui e ali entrecobertas pelos raios de sol da manhã.



Semprepela mesma cota denivel, a meia altura ia-mo-nos aproximando de Mesão Frio. Fazendo jus ao nome, o frio e a humidade da manhã ia-nos "entrando nos ossos", pelo que uma garrafinha de jeropiga miraculosamente surgida, deu-nos algum alento. Depois da localidade de Estrada e Quinta da Boa Vista, entramos em Mesão Frio pelas 11:00,mesmo a tempo de um reforço do peq. almoço.



Instalados na praça central, fomos criando alguma curiosidade nos presentes, pois nao será muito habitual ver um grupo de caminheiros, fazer grandes petiscadas por ali. Recuperadas energias,devidamente acompanhadas por uma boa dose de cafeína, regressamos ao Caminho já perto das 11:45 h.



O reinicio do Caminho, marca neste ponto o abandono do Douro e das suas castas generosas, virando-nos já  para a rota do Vinho Verde e para a bacia do Tâmega. A partir daqui, à cota de 260 m incia-se amaior subida de todo o Caminho de Torres, que culmina com a chegada ao ponto mais alto desta rota, a 970 m de altitude, com o Marão ali mesmo ao lado.



Começamos com uma subida recentemente alcatroda, mas com zonas deinclinação de perto de 20%, passando pelas localidades de Anquião, Portela e Graça. Enquanto subiamos, iamos vendo lá em baixo o Douro a ficar para trás e imenso Maraão a dominar a paisagem bem na nossa frente.



Sempre em pendente marcada, aproximamo-nos de Gestaçô,onde um oportuno café permitiu-nos "matar" a sede com um par de minis, porque subir, subir, subir... faz sede! Eram 13:30, estavamos a 600m de altitude e ainda faltavam alguns kms. Mas a paisagem começava a mudar, com o surgimento das primeiras vinhas em latada e alguns espigueiros.



Depois do Fojo e Águas Mortas, os últimos algomerados de casas a cerca de 800 m, entramos nos caminhos de terra batida, rumo ao cume, onde a 970 m os aerogeradores dominam a paisagem. Apesar do vento, do frio e da humidade, a paisagem era fantástica.



Em modo descendenete fomos-nos aproximando de Loivos do Monte o local onde estava previsto terminarmos mais esta etapa.Chegamos lá cerca das 15:30, registando aquilo que sabiamos ser o dia mais dificil em termos de caminhada: 22 km e perto de 900 D+, mesmoassim realizados a 4,1 km/h. Nada mau.



Seguiu-se mais um lauto almoço de grãozada com bacalhau e ovo, que fezas delicias dos presentes, pois aquela hora, o corpinho já pedia sustento. Na hora do café tivemos ainda oportunidade de conhecer melhor as gentes locais, com uma cachopa de pouco mais de 30 anos a destacar-se, por estar em plena conversa com os demais e a... cozer sapatos à mão de uma forma frenética. Um parco ganha pão de 50 centimos,cada 5 pares cozidos... à mão!



Até breve. Este fim de semana há mais, com destino a Amarante!

FMike :-)

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