quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Por lugares pouco habituais...

Boas a todos

A utilização da bicicleta tem a particularidade de nos permitir deslocar de uma forma fácil até locais por vezes pouco habituais, fora das rotas habituais de trabalho ou longe dos passeios domingueiros.


Cá pela região e sem termos de nos afastar muito, há uns quantos recantos pouco conhecidos que permitem uma visita calma, proveitosa e fora do comum.


Não me alongo no BTT que esse já nos permite, desde há muito, visitar locais inóspitos, outrora conhecidos ou habitados. Falo mesmo na possibilidade de utilizar uma bicicleta de estrada e ir por ai explorar aldeias perdidas ou pouco conhecidas.


Um dos locais que recentemente visitamos foi o Salgueiral. Para quem não conhece, trata-se de uma pequeníssima aldeia, localizada bem perto de Vila Velha de Rodão. Muitos já passaram pelo seu cruzamento, mas nem pensaram que ali, há gentes e casarios bem diferentes do habitual.


Num destes dias, olhamos para a placa e dissemos... "Porque não?" E lá fomos. O alcatrão pode não ser de autoestrada, mas é mais que suficiente para podermos cursar por ali. Em pendente ligeiramente ascendente, entre quintas e quintinhas chegamos então à aldeia. Logo à entrada somos brindados por um antigo lagar à direita, enquanto que à esquerda, uma serie de fotos em tamanho XL retratam os idosos habitantes do local. Muito bom!


Seguindo a estrada entramos propriamente na aldeia, onde se destaca a forma de construção das casas. Recorrendo à pedra quartízica conjugada com o xisto, dá às casas um aspecto diferente, pois nunca tinha visto este tio de construção. Vale a pena a visita!


Outro local onde já não ia há anos de bicicleta era o Arneiro. Um local onde já tive umas boas pandegas à volta do prato da miga, uma aldeia alentejana cheia de belos trilhos para pedalar e caminhar. 


Numa manhã fresca, com algum nevoeiro, passagem por Vila Velha Rodão, direção Arneiro. A ideia era simples, visitar a aldeia e beber uma cafezada. Embora pouco distante de Vila Velha de Rodão, a aldeia é tipicamente alentejana, dominada pelo seu casario branco, baixinho, junto em banda. Um bonito recanto ali mesmo ao lado do Tejo e as minas auríferas dos romanos - Conhal do Arneiro.


Um cafézinho no "Tulio", uma boa conversa no calor do estabelecimento, dominado pelos cheiros inebriantes da cozinha e cá fora, uma meia dúzia de fotos, a registar o momento para postar aqui no blog. Uma manhã bem passada!


Dois sítios a sul de Castelo Branco, bem pertinho das rotas habituais da malta que pedala, mas que nem sempre são visitados. Vale a pena a deslocação. Atrevam-se!

FMike :-)

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

A primeira ida ao Jamor... não foi para ver futebois!

Boas a todos!

Uma verdadinha!!! Com quase meio século de vida, nunca tinha posto os "cotos" no Estádio do Jamor e tudo o que o mesmo representa, em termos de amplo espaço dedicado ao desporto, mas sobretudo conhecido como palco final da Taça de Portugal! O início do ano, dita o inicio da maioria dos calendários desportivos, sendo o "palco" do Jamor, a primeira prova de duatlo. 

Foto: Celino Augusto

Mais uma vez o Clube de Triatlo do Fundão deu-me oportunidade de participar neste calendário desportivo representando as suas cores. Embora sem fim à vista da tendinite - fasceíte plantar que me atormenta, lá me fui preparando (mal!) fisicamente, um pouco dependendo do tempo livre (pouco) e das dores que às vezes me limitam. Contudo, quando há vontade, o resto tem de vir por acréscimo!

Foto: Clarisse Henriques

Num clube bem cotado nacionalmente, com grandes atletas a representá-lo, não é fácil para um "rookie" como eu fazer bons resultados, mas o gosto está lá e a possibilidade de aliar o running com as bicicletas, mesmo em espírito de competição, não invalida que não se obtenha prazer naquilo que se pratica.

Foto: Clarisse Henriques

E se duvidas houvesse, basta assistir a um "espetáculo" de duatlo. Digo espetáculo, porque quem assiste tem a possibilidade de ver grandes nomes do panorama nacional, a esforçarem-se por bons resultados, que além fronteiras tem levado o nome de Portugal bem longe. Mas como por aqui só os "futebois" contam, estes eventos passam um pouco ao lado dos media....

Foto: Celino Augusto

Também são muitos os atletas de "fim de semana" a embarcar nestas andanças, quer filiados em clubes, quer como participantes em "prova aberta", experimentando as sensações de um desporto de "altíssima" intensidade. O circuito do Jamor é exigente, difícil e traiçoeiro.... mas é lindíssimo, com paisagens de cortar a respiração e claro, com instalações ótimas para a prática do desporto. Estes lisboetas têm uma sorte!...

Foto: Clarisse Henriques

Mais uma vez acompanhado com o Nelo e a Rosário, rumamos ao Jamor para a X edição deste duatlo. Pelo caminho encontramos o Catarino, o Salvado e o Fábio. Já em Lisboa esperavam-nos os Ricardos e o Pedro. Uma serie de atletas, distribuídos por vários escalões, alguns deles já com créditos bem firmados na disciplina. Para mim era uma estreia nesta prova. Como bons anfitriões, lá me foram dando dicas importantes, sobretudo sobre a facilidade como se escorrega e cai aqui.... mas já lá vamos!

Foto: Rosário Quelhas

Cumpridas as formalidades, a prova começou 15 minutos mais tarde, com os primeiros 6 kms de running, que foram corridos num "ápice" tal era a intensidade e velocidade dos atletas! Num circuito de sobe e desce, com passagens por terra e empedrado, num ritmo alucinante! Seguiram-se quase 16 kms de BTT por entre a mata do Jamor, incluindo uma passagem por dentro da tribuna do estádio! 

Foto: Mozinho Aventura

Aqui ditou o meu primeiro "espalhanço" nestas provas. Numa viragem em empredado que parecia manteiga, a pressão de outros atletas atrás de mim e alguma azelhice minha fizeram-me estatelar no empedrado, deixando-me bem dorido, sobretudo no "orgulho"... e na coxa esquerda! Seguiram-se ainda algumas descidas bem escorregadias e umas quantas subidas enlameadas, onde toda a gente tinha de fazer PTT (pedestre todo o terreno)!

Foto: Celino Augusto

Lá cheguei à zona de transição para os derradeiros 3 kms finais de running, meio "empenado", mas ainda com alguma energia para os metros finais. O resultado apesar de tudo foi meio "amarelado" pois refletiu bem a minha falta de treino e o amasso sofrido. Uma boa lição para aprender!

Foto: Celino Augusto

No fim de contas o CT Fundão trouxe alguns bons resultados, com destaque do Nelo com um 5º lugar no nosso escalão, que dita bem o esforço que tem dedicado ao desporto! Continua Nelo! Agradecer mais uma vez a oportunidade que me foi dada pelo CT Fundão. OBG! Dia 7 há mais!

Foto: Celino Augusto
FMike :-)

domingo, 17 de janeiro de 2016

Primeira BTTada do Ano

Boas a todos!

Um começo de ano molhado ao fim de semana, foi afastando a malta dos trilhos. Eram várias as vozes a manifestarem que hoje era dia de estreia do ano em BTT, comigo incluído!

Apesar do frio da" madrugada" e das ameaças de chuva, previstas para a hora de almoço, a malta estava "sequiosa" de umas pedaladas pelo mato!
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Um belo grupo de 8 pedalantes apresentou-se para as "hostilidades"... Eu (FMike), Álvaro, Fernando F, Fidalgo e Dário e o Nuno com o Luís, o "alfaiate" de serviço. Já o Pedro desta vez deixou-se ficar nos braços do Morfeu e só apareceu mais tarde, já nas Benquerenças.


A ideia era irmos fazer uns trilhos em curva de nível nas matas de eucaliptos dos Maxiais. Enquanto esperávamos a chegada do Pedro, fomo-nos entretendo nos trilhos em redor das Benquerenças.


Estes trilhos, sempre agradáveis de biclar, hoje estavam um pouco molhados (leia-se escorregadios tipo manteiga!), com os meus pneus em fim de vida a pregarem de vez em quando alguns sobressaltos! Nada que não se aprecie!
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Com a chegada do Pedro e reunido todo o grupo, viramos então os azimutes aos Maxiais, onde o Luís me prometeu um par de trilhos para mim desconhecidos. E não se enganou.


 Foto: Pedro Antunes

Entre matas de eucaliptos, boas cortadas limpas, excelentes para pedalar, algumas belas descidas, daquelas que fazem sentido descer "sentado no pneu de trás" e algumas arfadelas a subir, chegamos a um "miradouro" sobranceiro aos Lentiscais, onde aproveitamos para "dar" a "fota de grupo"! :-)

 Foto: Pedro Antunes

Com mais um excelente descida, onde se chega ao fim com os travões a cheirar a "ferodo", aproximamo-nos da "ponte dos tubos", um local onde há um bom par de anos vivenciei um episódio hilariante com o Filipe, o AC e um belo enxame de vespas! Conta a história que alguém "preocupado com a minha bike" fez favor de me a "salvar" - das abelhas!!!! Ehehehe


A partir daqui a pendente foi de subida, bem arfante, com excelentes paisagens, alguns troços bem "escalonados", a pedir pernas e pneus com tracção! Muito bom!


Com o S. Martinho à nossa direita e os azimutes virados à carreira de tiro do Montalvão, entramos nuns singles bem lavrados pelas motas de cross, aqui e ali transformados em ribeiros. 


Algo técnicos, molhados, enlameados, cheios de regueiras, reconheço que nem toda a malta que conheço e faz BTT os iria apreciar. Mas verdade seja dita, a malta das Docas saiu de lá bem "impressionada", a pedir ao "alfaiate" para lá voltarmos, quem sabe em sentido inverso!


Tal foi a "impressão" causada pelos trilhos, que a minha corrente começou a "morder" na cassete como se tivesse lixo lá enfiado. Mas a verdade era bem mais prosaica, com o meu elo de corrente a entregar a "alma ao criador", partido numa das lâminas. Vá lá que se aguentou até casa!


Chegamos à cidade um pouco antes do meio dia e como é costume, se há tempo, petisca-se! Um picapau, acompanhado de "água do furo", compuseram os estômagos mais vazios, servindo de entrada para o almoço dominical! Esta malta trata-se bem!


Até breve!

FMike :-)