segunda-feira, 12 de maio de 2008

Fátima 2008

Boas a todos!

E o dia 10 de Maio chegou!

A expectativa era grande. Nunca até então tinha feito uma quilometragem assim elevada numa bike de BTT. É verdade que as alterações à bike original eram algumas, vocacionadas sobretudo para lhe dar um perfil mais estradista. Um verdadeiro tuning em duas rodas - Pneu 1.0, cassete de estrada 11-25, suspensões mais rijas, rebaixadas e bloqueadas, porta-cantis q.b. e uma providencial bolsinha das ferramentas para eliminar o camel-bag... mas ficava por aqui. Faltava mesmo um autorádio com DVD, amplificador de 1000 w, umas colunas xpto, luzes psicadélicas e música a bombar! Txii... pumm... Txii pumm... Txii pummm... Eheheheheh

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Não me podia esquecer que era uma bike de BTT, com todas as suas limitações - O prato de 44 dentes esgotava-se com facilidade, a posição era mais elevada, e sobretudo o peso era bem maior que uma vulgar asfáltica. Contudo a versatilidade é possível e desejável - haja pernas, que a bike vai a todo lado!

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A minha vontade de ir a Fátima não é nova, quer fosse a pé, quer em duas rodas. Mas só agora estavam reunidas as condições mínimas para ir, em termos de preparação física, e em ter uma bike preparada para tal. A companhia proporcionou-se e rapidamente o dia "D" chegou.

06:20h da manhã foi o timing escolhido para o reunir de tropas, para depois pelas 06:30h sairmos. Eu (FMike), o Álvaro, o AC e a surpresa da presença do Marco, definiram os "peregrinos" cheios de vontade de pedalar os 150 km que nos separavam do Santuário de Fátima. Mais tarde, lá pelas 10h da manhã sairiam os nossos carros de apoio (familiares) ao nosso encontro lá para os lados de Tomar. Até lá iamos em total autonomia, valendo-nos só e somente dos géneros e líquidos connosco transportados. No meu caso - 1 litro de água, 500 ml de bebida isotónica, duas sandochas XL, duas bananas, barritas e um gel para o que desse e viesse, para além do telélé e uns euritos pró café (ou pró taxi.....eheheheheh)

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O itinerário feito pelo Álvaro e pelo AC desde há alguns anos, era em grande parte meu conhecido, havendo no entanto variados trechos nunca antes visitados. O itinerário fluia assim:

Castelo Branco, Alvaiade, Perdigão, Vale da Mua, Pedra do Altar, Vale Clérigo, Moitas, Caniçal, Mesão Frio, Arganil, Cabo, Robalo, Amêndoa, Vila de Rei, Barragem Castelo de Bode, Ferreira do Zêzere, Água Todo Ano, Regueiras, Portela do Nexebra, Tomar, Carregueira, Ourém, Pinhel, Alvega e Fátima (Parque nº.2)

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Saídos às 06:30, chegamos às 08 horas às Moitas, já com 40 e picos km's onde fizemos o primeiro abastecimento bem acompanhado de um café quentinho, pois a temperatura era baixa e nada agradável. Mas a boa disposição começou logo ali, pois uma providencial "Vassoura de Bruxa" ali estacionada sem dona, fez-me logo pensar em trocar a bike e partir à velocidade de um feitiço, rumo ao destino. Claro que houve logo invejosos para me acompanharem de boleia! Eheheheh

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Às 10 horas estavamos a entrar em Vila de Rei, com uma boa média, muito próxima dos 28 km/h, alcançando a Barragem do Castelo de Bode cerca das 10:20, onde fizemos algumas fotos para a posteridade. Às 11 h estavamos no segundo abastecimento, na localidade do Salgueiral, nas imediações de Ferreira do Zêzere onde uma fonte de água bem fresquinha permitiu reabastecer os cantis que já iam secos.

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Chegamos a Tomar cerca das 11:40, onde encontramos os nossos familiares e respectivos carros de apoio, aproveitando para repor os níveis de electrólitos e petiscar uns bolinhos, sempre bem recebidos. Estavamos no terço final da peregrinação e embora a frescura já não fosse muita, a vontade essa continuava implacável. Vimos o belo edifício da Basílica em Fátima, já depois das 13:30, onde familiares e amigos nos receberam de braços abertos, com o nosso espírito pleno de missão cumprida. Para trás ficaram mais de 150 km de bom andamento, com uma boa média para mim (quase 27 km/h) e mais de 2000 metros de acumulado. Um recorde pessoal em bicicleta de BTT e a satisfação de "Dever Cumprido".

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Que elações podemos retirar de tudo isto?

- Que uma peregrinação destas não é fácil mas é alcançavel. Para trás ficaram muitas subidas, muitas de classe "K" (Kuduro) - Alvaiade, Vale da Mua (especial K), Arganil, Amêndoa, Vila de Rei, Ferreira do Zêzere (especial K), Tomar, Carregueiros, Albiturel e por fim a cereja em cima do bolo, ou melhor o espinho em cima das silvas a subida do Boi Preto ou da Matança como alguns lhe chamam. Com zonas de inclinação de 14%, o vento em rajadas que nem sequer autorizava uma levantadela do rabo do selim e a cara de desespero de alguns peregrinos que a faziam a pé, somavam aos 150 km já andados, deitando abaixo o psicológico, raiando a vontade de desmontar e levar a bike pela mão. Mas qual quê, se é uma peregrinação de bike, é de bike até ao fim! E lá se venceu também esta!

- Que a vontade de um homem pode ser igual ao tamanho do sonho. O Marco, apesar das dificuldades sentidas demonstrou uma vontade férrea de lá chegar e chegou! Se o seu sonho era um dia conseguir realizar tal quilometragem com um propósito como este só tenho a dar-lhe os parabéns, com todo o gosto! ;-) Realizastes o teu sonho! Eu pessoalmente realizei igualmente mais uma etapa que queria somar à minha experiência de vida! Outras virão!

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- Que pedalar em BTT é bom, permite muitos e bons momentos desportivos, boas amizades e experiências únicas em locais bem diferentes. Mas tal como eu já suspeitava, pedalar no alcatrão até nem faz mal à saúde como por ai se propaga. Rolando por estradas secundárias, apreciando paisagens únicas, vencendo distâncias nunca antes realizadas permite igualmente muitos e bons momentos em cima da bike, aumenta-nos o ego pessoal, para além de contribuir positivamente para o "fazer de perna" que os mais experientes tanto falam - o AC e o Álvaro na sua partilha de sabedoria destas coisas de bicicletas salientam muito a importância da estrada. Agora entendo-os! O meu obrigado a eles também!

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Fiquem bem. Até ás próximas aventuras em duas rodas, sejam elas pelo encardido do pó e da lama, sejam elas no higiénico alcatrão.

FMike :-)

P.S. - Peço desculpa pelo atraso no seguimento do post, mas as terras do Infante de Sagres reclamaram a minha presença até hoje (quarta). Não pensem que foram férias! Foi estudo mesmo! (Estudo para o próximo Troia-Sagres?... Quem sabe!...)
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1 comentário:

Anónimo disse...

Parabéns caro Mike é com estes relatos que eu vou ganhando coragem para fazer o mesmo Fátima e Santiago só ainda não sei onde vou a pedalar 1º mas não vai passar de 2009. Se calhar Fátima. Manuel (Maia Porto)