Boas a todos!
Pois... já estou a ver um soslaio no olhar... Novamente atrasados! Se por aqui também pagassemos cafés, cada vez que nos atrasamos, já tinhamos despedido toda a gente do Blogspot e encerrado a empresa por causa da crise, pois não havia dinheiro para tantos cafés!
Quando muito e a medo, contornariamos a crise, não dando dinheiro aos bancos como o nosso governo, mas antes, faziamos como o amigo Jorge Palma - "Olhe vá tirando cafés até aos 5 euros que é o que cá tenho!"Ehehehehhehe!
Mas hoje a conversa não versa sobre café, mas sim sobre petiscos! Olarila! Isto tá-se a tornar um blog muito versátil! Ele é bolos, biscoitinhos, peças de teatro, canecos de vinhasca, queijinho à descrição, queijadinhas, barrigas dilatadas, tripas revoltas e sei lá mais o quê! Qualquer dia vamos pedalar de aventalinho e tudo!
Voltando ao tema de hoje, vamos lá então morcelar!
Quarta feira é dia de pedal, lá pros lados da Pires Marques e como tal juntei-me a outros companheiros, já habituées, para mais um excelente passeio por terras beirãs. AC, Filipe, Pedro Barroca, Silvério, Arlindo e eu, FMike, estavamos prontos para mais um périplo BTT.
Mas hoje o dia reserva-nos surpresas, algumas das quais gastronómicas. A primeira surpresa foi o regresso do amigo Arlindo ás lides ciclistas. Há algum tempo que não aparecia, mas mais vale tarde que nunca. A ele seja bem vindo, pois a sua companhia é apreciada e recomenda-se. Apareça sempre!
A segunda surpresa era mesmo gastronómica. Feita a passagem por Alcains em direcção ás passadouras do Ocreza, lá nos viramos para Cafede, onde o sempre simpático e aconchegador café da D. Júlia nos aguardava com o lume aceso e a grelha já a aquecer, como que expectante do que vinha a seguir. Eu, como sempre despassarado, nem me apercebi de nada, e como de costume fui desbastando as minhas tradicionais sandochas, um bocado surpreendido por ninguem ter ainda pedido café... se calhar andavam nervosos depois do último Porto-Benfica...
Qual quê! Tava tudo de olhos postos no lume e na respectiva grelha que a dado passo já estava ocupada por um bela morcela, que emanava um cheirinho do outro mundo. Querem lá ver que o petisco era para nós?!...
E era mesmo! O Silverio bem a guardava, não fosse algum de nós mais espertalhão abocanhar o petisco e fugir com ele! Eheheheh... Com saber e mestria o AC lá foi trinchando a dita, que tinha um aspecto absolutamente delicioso, e nem mesmo as minhas sandochas prévias me tiraram o apetite. E para acompanhar, nada como uma média Sagrespam, versão preta em homenagem á morcela, para acompanhar o petisco. Como algume dizia não me lembro de beber uma cerveja a uma hora assim tão matutina... mas o petisco merecia! E que bom que estava!
Ora com o papinho cheio, a bike agora até parecia voar. Num instantinho viramos os azimutes ao Juncal onde passamos por aquelas ruas quase desertas, em direcção ao Chão da Vã, onde não entramos, tendo de seguida uma nova surpresa - A Alminha devota a Jesus Cristo, que existe no caminho próximo ás passadouras, que no ano passado demonstrava francos sinais de abandono e degradação, estava impecávelmente recuperado! O Filipe veloz como sempre nem se apercebeu, passando por lá a cerca de 190 km/h! Olha se o radar por ali aparece!
Já à entrada do Salgueiro nova surpresa e nova morcela! Ah pois! Esta malta não faz por menos! Morcelas para dar e vender! À entrada do Salgueiro, o Silverio que além dos novos pedais de encaixe, exibia uns interessantes pneus da Continental, versão Tiro de Caçadeira/Morcela à Vista. Não conhecem tais pneus???? Incultos!!!!
Pois é... lá ia o rapaz a pedalar no santo descanso, quando de repente se houve um estampido tipo tiro, que pôs em sentido um Cão Serra da Estrela de um quintal vizinho, levantando mesmo areias que lembravam chumbos a cair. Parecia mesmo um tiro de caçadeira! O agora famoso pneu tinha trilhado a câmara de ar e feito um rebentamento apoteióticamente hollywoodesco!
Não bastasse esta má surpresa, após montarmos a câmara de ar nova, descobrimos que o pneu era versão morcela, isto é se dessemos muito á bomba, a câmara de ar ia enchouriçar para fora por uma das lonas abertas. Um mimo de pneu, a fazer lembrar a emblemática morcela que um pneu do Dino uma vez conseguiu fazer, valendo ter direito a foto e divulgação mediática e tudo.
Lá teve o Silverio que abandonar o grupo e voltar a CB devagarinho por alcatrão, com o pneu quase vazio, não fosse rebentar novamente. Pelo que soubemos, posteriormente, chegou bem a casa, sem mais precalços.
Ora acabadas as supresas, faltava regressarmos a casa, o que fizemos passando pelo Palvarinho, S. Lourenço, Ponte do Ferro, Monte da Barreira, entrando em Castelo branco cerca das 12.30 h, com cerca de 51 km andados a bom ritmo, apesar das surpresas e das morcelas. Que eu saiba ninguem apanhou nenhuma congestão de comer tanto enchido. Eu e o AC, um bocado a medo por causa da vesícula, decidimos ainda fazer uma paragem a tomar mais uma água de cevada Sagrespam, não fosse o diabo tecê-las.
Fiquem bem e até á próxima!
FMike :-)