segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Intoxicados... nos Trilhos da Serrasqueira!

Boas!
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A semana foi rica em aguaceiros! Todos os dias choveu (muito ou pouco)… mas choveu! O fim-de-semana chegara e a ida até ao Centro Cívico no Domingo estaria dependente da presença da chuva! 40% de probabilidades de precipitação anunciava o nosso consultor meteorológico! Isto está bonito!! Está, está!! Despertador programado… e o dia amanhece devagar debaixo de um nevoeiro intenso! Mas chuva… não havia! Tínhamos as condições mínimas reunidas para uma voltinha domingueira de BTT!
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O Centro Cívico respirava calmia, os resquícios de Sábado à noite eram agora finalizados! Para uns terminava o dia… para outros (nós) o dia estava a começar! O nevoeiro, esse, dava misticismo ao centro da cidade. Bonito! Diferente! A pouco e pouco começavam a chegar os companheiros do dia! Nuno Dias, Dário, Fidalgo, eu (João Valente)… e Agnelo (retomou o lugar de último a chegar ao ponto de encontro!) Afinal… a tradição ainda é o que era!

O companheiro Luís Lourenço lançara o desafio de irmos conhecer alguns single-tracks na zona dos Amarelos e Sarnadas de Rodão, no entanto, não compareceu ao ponto de encontro! Havia necessidade de improvisar um percurso! Amarelos pareceu-nos uma excelente ideia… tínhamos o cheirinho da padaria a latejar na nossa mente! Avançamos nessa direcção…

Por trilhos sobejamente conhecidos, saímos da cidade pela Zona Industrial de Castelo Branco, passagem na Represa e depois Amarelos… logo ali á frente! Batemos como nariz na porta! Padaria do Sr. Canelas encerrada! Apetite redobrado! Com as Sarnadas de Rodão ali bem perto, decidimos tomar a dose cafeínica no Café do Adro, onde já à uns tempos tínhamos parado! Parecia intemporal… as mulheres eram as mesmas e continuavam acocoradas aquecendo-se à lareira! Bebemos café e o Nuno Dias ofereceu Filipinos de chocolate aos restantes! Repito… Filipinos de Chocolate!


Se o dia amanhecera “poeirento” de nevoeiro… avançava agora soalheiro quanto baste! Céu limpo e com a temperatura amena para a época invernal que atravessamos! Os trilhos esses estão lastimáveis! Pesados, lamacentos e brotando água por tudo quanto é lado! Não é particularmente a época do ano em que mais gosto de pedalar, mas reconheço que é óptima para ganhar “a forma” necessária a enfrentar algumas aventuras que se avizinham!

Agora com o café tomado, decidimos seguir até á zona da Serrasqueira! Para aqueles lados há sempre trilhos e singles interessantes, já conhecidos da maioria, no entanto, para o Dário, recente membro do nosso grupo muito há para partilhar e nós aproveitamos… revivendo! Espero que ele esteja a gostar das aventuras que temos vivido nos últimos fins-de-semana… mais e melhor estará para vir!


Depois de percorridos os singles “açafeiros” da Serrasqueira, onde fizemos as fotografias de grupo, demos continuidade pelo vale, passando o cruzamento dos Perais em direcção à Barragem da Coutada, acompanhando as curvas de nível por entre eucaliptais! “A Barragem da Coutada é uma construção recente que veio trazer mais água a esta zona agrícola.” Nesta época do ano transborda água pelos seus limites, estando a comporta aberta! Assistimos ao vivo à força da água encosta abaixo! Espectacular!


Apesar de ainda não termos encontrado dificuldades de maior no nosso percurso, já notávamos um andamento estranho no Fidalgo. Parafraseando o Agnelo… o “Fidalgo dava esticões, pedalava em zigue-zague, travava de repente, ia lento nas subidas e rápido nas descidas... muito estranho!” Os Filipinos devem ter sido adquiridos na Tasca da Estação das Sarnadas… vulgo Tasca da ASAE!! Ehehehehe….

Contornámos a Barragem da Coutada, seguindo em direcção ao Vale Pousadas, para depois enfrentarmos o “caroço” do dia… a arfante subida da Ladeira de São Gens! Para quem vem de multi-speed, é uma subida agradável de se fazer e que até me dá bastante gozo! Mas… o problema é para quem se aventura em single-speed, como foi o meu caso! É preciso apelar ao espírito de sacrifício para vencer esta inclinação/extensão com uma relação 34-18 e 12,5 Kg de bicicleta!! Mas… interpretemos isto como uma “partidinha” de “bom gosto” do Sr. Agnelo Quelhas! Deixemo-lo pousar! (como se costuma dizer!!!) Ehehehe!


Na subida, o comportamento agonizante do Fidalgo acentuou-se, o zigue-zaguear era cada vez mais marcante, e a velocidade cada vez mais lenta! Cheirava que tresandava a Intoxicação por Organo-Filipinos! Decididamente, o Fidalgo estava intoxicado! O Nuno Dias e o Dário também provaram os ditos… mas o Fidalgo abusou do pitéu e foi aquele que mais se ressentiu da intoxicação!!! É um “abre-olhos mafrend”! Ehehehehe…

Vencida a contagem de 1ª categoria, seguimos até ao Cemitério dos Cebolais, virando depois para o Retaxo, onde se avistava a nossa contagem de 2ª categoria - Serra das Olelas! O Fidalgo… parecia ter eliminado o tóxico via transdérmica, pela transpiração. Agora sim… era o Fidalgo que nós conhecemos! Afoito e veloz… já com o cheiro no Sumo de Cevada e na proteína tremocínica! Ehehehe…

Para quem fez a Ladeira de São Gens, momentos antes, a subida das Olelas foi um autêntico “rolar”!! Com o frio a fazer-se sentir no topo, depressa descemos para o encalce da cidade de Castelo Branco, onde entrámos pelas 12:50, com cerca de 55Km’s percorridos e muita diversão à mistura!


Acabámos a manhã na Associação do Valongo com umas médias, uma minis e um “leite” (private joke) a acompanhar os famosos tremoços XXL e amendoins, desta vez brindados ainda com 5 rodelinhas de chouriço e 5 fatias de pão caseiro! Um mimo! Esperemos que ninguém se tenha intoxicado!!! Ehehehehe...
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Fiquem bem… até ao próximo Domingo!
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João Valente

6 comentários:

Agnelo disse...

Foi uma bela volta sim senhor, a provar que os trilhos "não programados" muitas vezes são mais surpreendentes e divertidos. Quanto à intoxicação do Fidalgo, foi estranho vê-lo a zigue-zaguear, a dizer "queres ir ou queres que te mande?" e a rir sem razão aparente. Será um caso perdido ou existe um antibiótico suficientemente forte para as intoxicações de febre "Filipina"??

Hehehehe

Marcello Silva disse...

Assim é que eu gosto começar a ver o nosso pessoal a reagrupar no inicio do ano nas Docas , embora ainda faltem alguns que espero que vão aparecendo aos poucos e poucos porque este grupo é um espetaculo.

Quanto a mim,com menos 2 kilinhos já vou tentar acompanhar -vos

Fidalgo disse...

Não percebi nada dessa intoxicação!!!
Subir nunca foi o meu forte, gosto mais de rolar. Mas estou a preparar-me para as subidas. Logo falamos. Não tivesse eu feito um investimento tão grande na zona abdominal, que voçês iriam ver!!!
Até Domingo no mesmo local e à mesma hora. Um abraço.

JValente disse...

Agnelo - Decididamente a "Febre Filipina" atacou o nosso comparsa Fidalgo! Já estou a tentar arranjar um antibíotico específico à base de cevada para ver se o curamos!!Ehehehe!

Marcelo - Falas, falas, falas mas não nos alegras! Tens a caderneta cheia de faltas e 2 bicicletas encostadas na garagem a ganhar pó! Vê se te deixas de tretas e aparece!

Fidalgo - Esse super investimento abdominal tem lá que se lhe diga!!! Fora de brincadeiras... acho que estás no bom caminho! Estas voltinhas com subidas estão-te a preparar para venceres todas as dificuldades... em breve! Agora vais ter é de tomar o antibiótico para essa Febre Filipina!! O maior culpado dessa infecção intoxicação foi o Nuno Dias!!!Ehehehe!

Abraço a Todos
Obrigado pelos Comentários!
Até Domingo!

FMicaelo disse...

Ora ja requisitei um kit de desintoxicação - carvão (para assar as chouriças), um tubo gástrico (para tirar o vinho das pipas)e uns medicamentos para fazer ressuscitar os intoxicados (paio, pão, ...) nao sei se é suficiente... O Fidalgo sozinho nao dá conta disto...temos que chamar o Marcelo... MARCEEELLLLOOOO! CHEGA AQUI AO PE DA MALTA! PODES TRAZER A BIKE!

Agnelo disse...

Com desintoxicações dessas acho que toda a gente quer ficar intoxicada, hehehe. Domingo preparem o terço para rezarem uma Ave Maria na Sra das Neves, e o estômago para comer qualquer coisa no SACUL em Malpica do Tejo. De 67 km excelente não se livram, e já agora, levem as meias de mergulho, há uma ribeira para passar, a sorte é que o tempo deve estar de feição...