Boas a todos!
Se publicar aqui que fui (fomos!) palmilhar a Rota dos Açudes em Salavessa, provavelmente associarão o evento a mais uma aventurazinha BTTHAL em cima das bikes, por terras do Alto Alentejo.
Pois, mas... não!...
Publicamos aqui muitas vezes o nosso interesse alargado por outras actividades outdoor... é manifesto e conhecido. Geocaching, Pesca, Pedestres, Actividades Radicais, etc, etc, etc... Igualmente a partilha com as Marias assume cada vez mais importância na nossa maneira de estar, não só como acompanhantes nas inumeras aventuras em duas rodas, mas também como aventureiras em mil e uma actividades. Porque não?!.... Se não as envolvemos, a distância pode acontecer e isso não é nada bom! Eheheheheheh!
As escapadinhas lúdicas, nem que sejam por algumas horas, são importantissimas para a cumplicidade a dois. Se tal associarmos a presença de bons amigos e uma actividade do gosto de todos, então obtemos o cenário ideal para mais uma aventura engraçada, cheia de cumplicidade e bons momentos. E foi assim que decidimos passar a manhã de sexta-feira!
A Rota dos Açudes pode transpirar a percurso de bikes, mas tal não é, embora possa ser, em parte, ciclável. Falamos de um dos PR's marcados pela CM Nisa por terras de Salavessa, uma das aldeias que brilham ao sol matinal na margem sul do Tejo, á vista de Vila Velha de Rodão.
Esta CM tem feito um esforço e marcado alguns percursos interessantes, alguns dos quais já nossos conhecidos, potenciando o turismo de aventura nestas paragens cada vez mais desertas, onde as ruas cada vez mais vazias, denotam a falta de articulação central para contrariar a migração para os grandes e desumanizados centros do país. Estes esforços que aqui e ali vão surgindo podem parecer pequenos, mas começam a fazer diferenças, pois começa a levar pessoas a fazer um tipo de turismo em franca expansão e que pode dar frutos interessantes para as populações destas paragens.
Esta sexta feira teve o condão de conseguirmos juntar 6 amantes da natureza e dos passeios pedestres para mais uma aventura BTTHAL, desta vez "on boots" - JValente e a sua companheira Bárbara, eu (FMike) e a minha companheira Céu, e o Roberto, algo afastado das bikes mas não das aventuras, que igualmente perfilou para este passeio em companhia da sua companheira Neuza, também ela uma habituée destas coisas.
Como já dissemos o trilho escolhido foi o da Rota dos Açudes, um circuito circular, com inicio e fim em Salavessa, que prometia 10,6 km de trilhos singulares pelas margens do Tejo e margens do Ribeiro do Fivelo , onde a presença constante de açudes e noras, outrora amplamente utilizadas e agora abandonadas, envolveriam paisagens emblemáticas, convidando á aventura e descoberta.
E não saímos defraudados! Numa manhã que se iniciou cinzenta e nevoeirenta, rapidamente o sol apareceu, aqui e ali recolhido por algumas nuvens, com algum vento á mistura, mas com uma temperatura acima do normal que nos fez transpirar!
A saida fez-se em direcção ao Tejo, inicialmente pelos trilhos limitrofes da aldeia, entrando depois em alguns single tracks, simplesmente espectaculares, que nos fizeram desejar ter levado as bikes. Aproximando-nos cada vez mais das margens do Tejo, a paisagem era envolvente, magnifica, abarcando uma curva do rio, brilhando lá longe Vila Velha de Rodão e os cumes agrestes da Serra das Talhadas. Aqui e ali surgiam bandos de perdizes esvoaçantes pela nossa presença e muitas gralhas e estorninhos a lembrar a época olivicola que atravessamos.
A chegada à margem do Tejo trouxe novas e bonitas paisagens aquiferas, onde um pontão e um trilho xistoso, cuidadosamente "roubado" á encosta, nos permitiram evoluir sempre junto ao rio até á Fisga do Tejo, uma imensa formação rochosa entrecortada a meio tipo fresta e onde repousava uma geocache que prontamente cachamos, a seguir ao desgustar do farnel, pois iamos a meio da manha, já com quase 5 km palmilhados.
A partir da Fisga do Tejo, abandonamos o rio e começavamos a contornar o Fivelo em direcção a Salavessa, sendo agora a paisagem dominada pelas muitas curvas do ribeiro, criteriosamente represado em inúmeros pontos por represas de xisto, agora pouco funcionantes, embora extraordinariamente belas.
Pouco a pouco fomos vencendo a altimetria, pois Salavessa domina lá do cimo a paisagem do vale do Tejo, pelo que as subidas são mais que muitas para lá chegar. Para nos premiar tivemos o belissimo espectáculo de observarmos 4 veados numa encosta contrária ao nosso trilho.
A chegada fez-se perto das 13 h com 11,2 km andados a uma média de 4,9 km/h (nada mau!) e uns portentosos 320 m de acumulado em tão pouca distância. Como a fome apertava e Salavessa somente tem dois cafezitos, fomos até Montalvão ali ao lado, onde no "Rei do Camarão" desgustamos uns bitoques, pois havia pressa de regressarmos - a tarde iria ser de trabalho. Ficou a promessa de irmos ate lá com tempo livre q.b., fazer outra rota das que por lá existe, e desgustarmos um arrozinho de lagostins, o tipico da casa.
Fiquem bem!
FMike :-)
4 comentários:
Olá pessoal aventureiro,
Muito bela iniciativa. E é de louvar o facto de pensarem nas vossas mulheres para participarem nesta parte das vossas vidas.
Não é fácil para os homens conjugar as lides do BTT com a família, principalmente se tiverem um mulher em casa a "chatear-lhes" a cabeça constantemente. A solução passa mesmo por integrá-las e torná-las mais participativas, mesmo que não pedalem podem acompanhar e levar coisas para fazer enquanto esperam, ou participar em caminhadas.
Há também os que, mesmo assim, não conseguem que elas participam. Têm 3 soluções: continuar a discutir o resto da vida, desistir do BTT ou, a mais drástica, divorciarem-se.
Eh! Eh!
Continuação de bons treinos.
Parabéns pela iniciativa. Excelente post com boa discrição e lindas fotos (Lagostim fotogénico!)
Que bela manhã sim senhor.
1 abraÇo.
Obrigado amigos pelos comentários! Quem sabe para apróxima temos mais alguns acompanhantes e "acompanhantas" numa aventura outdoor daquelas que nos fazem sentir vivos e de boa saúde... como esta!
FMicaelo,
Eu alinho nessa. Também gosto muito de caminhadas.
Contem comigo.
Fiquem bem.
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