Boas a todos!
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Os ingleses, sem dúvida materialistas chamam-lhe misfortune... os franceses mais românticos intitulam-na de mésaventure. Os espanhois, tipicamente latinos, rogam-na de mala suerte. Já os japoneses... bem esses são como os indianos... ninguém os entende! マラ スエルテ ou मला सुवेर्ते parece uma escrita bonita, bem desenhada, com um espirito bem mais zen, mas quer dizer exactamente o mesmo: AZAR!
Pois é! Este dia de aventuras em duas rodas foi mesmo um dia aziago, mas... Não! Não vamos carpir aqui as nossas mágoas eternamente! Como o povo diz "Prá frente é que é Lisboa" e mai nada! Pegamos na adversidade, damos-lhe a volta e aquilo que era energia negativa tornamo-la em positiva, ficando a experiência vivida como conhecimento adquirido para novas aventuras! Eu pessoalmente aprendi mais umas coisitas:
- Não te metas com cornos nem com toros de couve (eh pá! isto parece um bocado gay!)
- Se estás nos arames, pára e escolhe bem! (cuidado com os excessos!)
- Se a mudança não serve, mete a corrente a direito e chegarás lá! (usa a ferramenta!)
Pois é isto até parecem ditames populares, mas foram simplesmente retirados daquilo que hoje aprendemos todos. Vamos ás explicações!
Quarta feira é dia de Pires Marques e como estou de férias, lá apareci para mais umas pedaladas com a malta. O AC propôs aos restantes - Filipe, Bruno, Paulo Jalles e eu (FMike) uma voltinha ali prós lados da Ribeira de Alpreade, um local já nosso conhecido, mas que sabe sempre bem revisitar, pois a beleza impar do local é sempre um gozo para as vistas. O dia marcava também o recente nascimento para os trilhos das "bébés" Trek EX 8 2009 do Bruno e da Trex Top Fuel 9.9 SSL do Paulo Jalles, ambas máquinas FS de encher o olho, quer pela beleza, equipamento e reconhecida qualidade. Boa sorte para ambos(as)!
Saimos dali em direcção ao Monte Brito, traseiras da C Lena, fonte das pias de Alcains, quando já nos quintais, o Bruno enfiou um dos cornos montados no guiador numa giesta e teve uma queda artistica sem consequências. Nada de grave, toca a retomar os trilhos, quando logo a seguir o Filipe enfiou um toro de couve no meio de uma das rodas. Igualmente sem consequencias... ainda bem! Portanto já sabem: - nada de brincadeiras com cornos nem com toros de couve! Cornos podem aparecer e enganchar-se em qualquer lado (não é isso que estão a pensar!!!!) Igualmente os toros de couve não se enfiam! (Não precisam de abrir um sorriso malandro tão grande!)
Depois da estação de Alcains viramos para os Escalos de Cima, onde a agitação obreira ainda é muita, e fizemos então a subida que leva à Lousa pelos novos depósitos de água, uma zona também complicada com a azáfama da construção. Foi aí que se deu a segunda queda do Bruno, provocada indirectamente pelos arames que tentaram enrolar-se no meu desviador. Uma queda já com consequências pois marcou o joelho e alguns dedos com escoriações. Recomendo gelo e eosina para as maleitas. Daqui tiramos todos as devidas ilações: Arames = distância e se necessário passam-se a pé!
Na Lousa entramos no café da D. Rosalina, onde brindei os companheiros com um pequeno mimo, um bolo de Páscoa, "produzido" pela minha sogra lá no forninho da nossa quinta, pleno daquele sabor tradicional, que acompanha bem com o café.
Dali à ribeira de Alpreade foi um instantinho, pois as descidas apesar de técnicas, são bastante rápidas, a velocidade ideal para passar junto ao muito gado vacum que agora abunda aquela zona, algumas com um porte assinalável!
Para regressar aguardava-nos uma adrenalinica subida até à Mata, entrecortada por zonas técnicas, cheias de obstáculos, devido ao movimento das máquinas que estão a preparar aquele caminho para uma nova estrada entre estas duas localidades. E foi ai, em pleno esforço, que surgiu mais uma adversidade, pois um pau teimoso, decidiu meter-se com o desviador do AC para ver qual era mais duro, levando o drop out quase até á cassete e partindo por completo a caixa do bonito desviador XO. Eu bem achei estranho o AC ficar para trás naquela subida e pior, subi-la a pé...
Ora toca a sacar do ferramental e vai de transformar a "Faisca" numa single speed. Luvas cirúrgicas calçadas e bora lá a operar a bichinha. E não é que saiu de lá mesmo uma SS em versão full suspension?!
Decidimos então mudar o percurso, evitando algumas subidas mais agrestes, pois o risco de ruptura da corrente era real, mas mesmo assim ainda deu para beberricarmos umas sagrespam na Mata, saindo depois em direcção ao Monte de S. Luis, onde no altar fizemos as nossas "rezas" em versão de foto de grupo, para esconjurar os azares para detrás das costas. E deve ter resultado, pois entramos em CBranco pelas 12.30 h, com cerca de 60 km e sem mais precalços aziagos.
Fiquem bem e já sabem... há que aprender com estas pequenas coisas!
Quanto ao Bruno - boas melhoras amigo!
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FMike :-)
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