quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Javali à Vista!


Boas a todos! :-)

O tempo quente do Verão têm destas coisas... a preguiça alastra aos dedos e faz estragos quando é na hora de redigir mais um post... 2 dias de atraso! Nem parece nosso.... mas cá vai! Atrasado é certo mas pleno de BTT!

Terça feira, 21 de Agosto, 08 h, Parque Infantil da Pires Marques. Hoje, com uma representação BTTHAL de "alto nivel" - eu (FMike), JValente e RMendes, juntamo-nos ao amigo AC e ao Dino, para mais uma jornada plena de BTT, fotos q.b. e claro bons momentos de convívio e desportivismo.

A jornada prometia um passeio pelo Vale do Pônsul, habitat natural de muitas espécies selvagens, em particular do javali, cujo o rasto pretendiamos hoje seguir. Mas a riqueza destes locais estava ainda por descobrir e registar - a paisagem! Simplesmente deslumbrante! Apesar do tom amarelado empastado pelo Verão, as vistas encheram-nos bem os olhos e claro a inseparável digital fartou-se de disparar a torto e a direito!

Mas já lá vamos. A saída fez-se pelo famigerado frigorífico, virámos logo ali à direita, passando pelo trilho dos Desembargadores, que há muito não fazia e que me surpreendeu pela positiva, pois estava bem transitável. Passamos depois pela pedra da Garalheira em direcção ao famoso Carrossel, que não fizemos. Depois de umas descidas, chegamos a uma pontezita sobre a qual o Dino teve de realizar uma operação técnica de alto gabarito - mudar a câmara de ar pois um pauzito fez das suas.

Apanhamos depois a estrada de Belgais, de onde nos desviamos à esquerda para aí sim, apreciarmos toda a extensa paisagem do Vale do Pônsul. A vista abrangia desde os areais sobranceiros à Ti Amélia, passando pelo serpenteio da planície do Ladoeiro até às fragas da Monheca com a ponte ao fundo. Excelente!

A partir de aqui começaram os trilhos mais espectaculares, alguns mesmo com "perfil" de single-tracks, vertiginosos a descer e a subir, fertéis em mato e árvores caídas que obrigaram a algum esforço físico para limpar o caminho, no fundo, verdadeiros pontos de passagens dos javalis. Se dúvidas houvesse que este era território previligiado dos bácoros a existência de um sovedouro bem provido de milho, e bem espezinhado isso provou.


A dado passo começamos a ver uma coluna de fumo... alguém a fazer um churrasco de javali! Pois, bem que sabia uma febra, mas não era.... o troar das pás do helicóptero relembrou a triste realidade dos dias cálidos - um incêndio ali para os lados dos Escalos. Fomos até lá presenciar o trabalho laborioso das Asas e Soldados da Paz, que debelaram rapidamente o (re)provável erro de algum fumador que largou a pirisca junto à estrada.


Chegados aos Escalos matamos a sede no restaurante do chafariz, de onde tivemos que "literalmente" fugir. Afinal sempre havia churrasco! A visão altamente tentadora de dois bácoritos "bronzeados" e a estalar, acabadinhos de sair do forno, com um cheirinho inebriante, fez-nos zarpar rapidamente perante tal tentação gastronómica. Mas ficou a promessa - vamos lá voltar para trincarmos aquela pele estaladiça, acompanhada do branquinho à pressão!

Passamos depois pelo Monte de S. Luís, rumo a C. Branco, onde chegamos perto das 12 horas com 40 e picos km. E no fim, mesmo no fim, sempre encontramos o dito javali - ali estava ele, bem emoldurado na lareira da Associação da Boa Esperança, a olhar para nós enquanto beberricavamos um par de minis fresquinhas, pois o calor assim o exigia.


Até à próxima!!

FMike



Sem comentários: