quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Pelos "novos" Trilhos da Foz do Pônsul

Boas a Todos

Os tempos que correm, aconselham-nos a valorizar o que temos, a sonhar sobre o que não temos e, o mais difícil, a saber diferenciar quais destes itens da vida devem fazer parte de cada lote…Dito assim parece o princípio de uma crónica filosófica, de um blog dedicado ao remoer da mente sobre a sociedade actual. Mas não… Conforme afirmo no inicio….são os sinais dos tempos, até aqui aplicados!

Ora temos de nos reinventar, reorganizar, valorizar o que é factível, sem lamuriar sobre o que nem sempre conseguimos alcançar. O que temos num determinado momento, para alguns será pouco, mínimo… para outros, o normal…. Para outros ainda será imenso, inalcançável. Logo valorizemos o que temos, porque esse é palpável e está presente! Este princípio pode aplicar-se a tudo, incluindo amigos, bicicletas, trilhos, novas e velhas aventuras. No domingo passado foi um dia desses, valorizável, palpável, presente!

A visita à Foz do Ponsul poderá parecer corriqueiro para alguns dos nossos leitores mais habitueés deste blog. Faz agora um ano que foi revisitado por alguns companheiros em época de Natal e já anteriormente tinha sido calcorreado no decurso de um Raid do amigo AC. Contudo para mim tornou-se uma aventura, eventualmente esperada, que num instante se tornou palpável, realizável. Como um nosso conhecido diz “ Para mim foi a estrear!”

Há muito que tinha curiosidade em visitar tais paragens em bicicleta, pois de jipe e de barco (saudosos tempos da pesca ao achigã!) já por ali tinha passado há alguns anos atrás. Agora no espaço de 4 dias vou ali 2 vezes! Uma com a Protecção Civil ao abrigo do Simulacro Luso-Espanhol de quarta-feira e agora no domingo. Mas deixem passar a mensagem… De bike, têm muita mais emoção e gosto, sobretudo quando acompanhado de bons amigos e em ambiente de pura descontracção bttista-dominical!

Grande parte dos trilhos que se percorreram até ao Vale de Pousadas, aldeia onde papamos a primeira cafezada, são conhecidos. Contudo a valorização destes e a sua beleza depende sempre da perspectiva de quem os percorre. O Inverno está ai e os trilhos, estão diferentes - menos pó, agua e já alguma lama, portanto desiguais, quase que novos.

Mas foi na Ladeira de S.Gens que tive a sensação de que nunca ali tinha andado. Primeiro sem vegetação - cortaram os eucaliptos - permite uma vista soberba sobre o vale do Tejo, com diversas aldeias a brilhar ao sol matutino - Vale Pousadas, Alfrívida, Monte Fidalgo e lá mais longe alguma névoa da madrugada - Muito Bonito!

Mais ainda. Nunca a tinha descido, pois as vezes que por ali passei foi sempre a subir. E afirmo aqui... Que descida fantástica, daquelas de nos fazer sorrir de orelha a orelha! A adrenalina foi aos píncaros e o limite de velocidade também… já dava multa….ehehehehe! Portanto foram trilhos “novos”, aqueles que percorremos até ao café de Vale Pousadas, que num instante foi simplesmente invadido por 9 bttistas (nós) e mais 4 ou 5 asfálticos que chegaram quase ao mesmo tempo. Um pequeno café que ganhou quase ali o dia!

A saída dali fez-se por mais uns quantos caminhos rolantes, alguns verdadeiramente novos, passando nas imediações de Monte Fidalgo até ao antigo posto de vigilância da Guarda Fiscal sobranceiro ao rio, donde se vislumbra lá ao fundo a Barragem de Cedillo, todo o lençol do “Tajo” a seus pés e mais para cima um engraçado single que nos leva até à colina sobre a foz do Ponsul. Era tempo da “fo*a” de grupo sempre com graçolas entre a malta amiga.

O single em direcção á colina sobre a foz revelou-se uma surpresa agradável, com imenso ganchos a descer e depois uma subidinha que de repente se abre novamente para a bacia do rio… Espectacular! Mas depois para regressar ao trilho… arre que é preciso escalar com ela ás costas! Mas vale bem a pena!

A saída dali fez-se em direcção a Alfrivida onde nas proximidades passamos pelo bonito santuário da Sra. dos Remédios, já em direcção á “parede” do dia, a subida que anteriormente também era dominada pelos eucaliptos e que agora despida de árvores, igualmente parece de outro mundo. Pedal ante pedal, toda a malta lá se foi chegando aos Maxiais, mostrando-se bem evidente o crescendo de forma da malta pedalante… A Serra que nos espere!!!

Entrar pelo Valongo sem ir á Associação, cheira quase a crime, pelo que se cumpriu a tradição…. Nestas coisas a malta não se importa de repetir, até porque algum dia ainda se vai provar que a água de cevada melhora o rendimento…. Ehehehe
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Até breve!
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FMike :-)
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1 comentário:

JValente disse...

Por problemas alheios a nós (writers) o blogspot não permitia a formatação adequada do texto!

Na re-formatação da reportagem o comentário do Agnelo Quelhas foi eliminado inadvertidamente, pelo que se transcreve aqui:

Por Agnelo Quelhas:

"O mote é esse. Para levantar este país temos que valorizar o que temos, porque para muitos é inalcançável, e é-o para bem mais do que pensamos.

Numa reflexão global sobre o que será a verdadeira riqueza vejam este link: http://www.miniature-earth.com/

Abraço e obrigado por mais uma aventura. AQ"