terça-feira, 27 de abril de 2010

Estrela 2010 - O chegar lá acima!

Boas a todos :-)

Como sempre, atrasados nas crónicas bttistas das aventuras vividas... ainda por cima como promotores da mesma... não há condições! Como é que o país pode ir para a frente?!... Não, não nos atrasamos... só que desta vez somos, não dois redactores, mas sim 5 (se escreverem o relato a tempo!!!!)! Isso mesmo! 5 Repórteres BTTHAL a contar as suas desventuras serra acima! E daí o algum atraso!

Vamos ao que interessa!


Estrela 2010 by FMike

Como sempre não queríamos deixar de fazer esta já quase mítica (pelo menos para nós) e singela organização de um grupo de amigos, que anualmente pretende vencer o desnível do maior caroço de Portugal, "hasteando" lá em cima a "bandeira" de lá chegarmos.

Bem... mas este ano de 2010 trazia a novidade de ser a minha vez de organizar o evento. Roberto Mendes no 1.ºano (2008), João Valente no 2.º ano (2009) e eu no 3.º ano (2010)... nada mau! Mas implicava crescer, inovar. Desde logo a vontade de fazer algo diferente e daí a escolha - Manteigas! Menos desnível, menos quilómetros, um objectivo comum que foi (quase) cumprido: chegarmos todos lá acima!

Mas Manteigas implicava outra logística - banhos, comida... onde? E aí tive a inexcedível ajuda do amigo de longa data L. Afonso, que me acompanhou à vila e de uma assentada só orientamos banhos, bem apoiados pelos Bombeiros de Manteigas e um bom e acessível restaurante igualmente recomendado pelos soldados da paz. Assim bem organizado só faltava esperar pelo dia e esperar que corresse tudo bem, o objectivo máximo de quem organiza.

E assim foi! A subida efectuou-se como de habitual, cada qual ao seu ritmo, cada qual acompanhado por uma rodinha que fosse à mesma velocidade, cada qual com o seu objectivo pessoal. Pouco a pouco, lá fomos vencendo os 23 km’s que separam a vila da altiva Torre, pedalando, fotografando, rindo, confraternizando, brincando, até chegarmos todos lá em cima. Bonito de ver... e sentir!

Numa paisagem muito bonita, bem diferente da subida da Covilhã, com o vale glaciar sempre em pano de fundo e sempre na nossa visão o serpenteado continuo da estrada rumo lá acima, o menor declive permitiu velocidade mais elevadas e uma trepada mais tranquila e suave, até mesmo para mim, que pela primeira vez, a subi com pneu cardado e em SS por opção. Bem ao gosto de quem gosta de desfrutar o prazer de pedalar... soberbo!

Os banhos e o almoço, permitam-me a modéstia, correram bem, dando ao grupo quase um ar de "família grande" que anualmente se junta para atingir um objectivo comum - pedalar por prazer, serra acima. Foi assim que me senti! Só tenho a acrescentar - Obrigado amigos pela vossa presença!

FMike :)



Estrela 2010 by JValente

A “trepadela” anual ao topo da Serra da Estrela parece ter pegado tradição… e nós BTTHAL ficamos bastante contentes por verificar que de ano para ano a adesão tem sido crescente! O desejo é de facto que continue assim e que o convívio entre malta amiga e respectivas famílias seja o grande pretexto para nos juntarmos lá no topo de Portugal!

À semelhança dos anos anteriores não efectuei qualquer alteração na bicicleta… o intuito é um pouco à semelhança do mítico Tróia-Sagres (sem querer comparar as dimensões entre eventos)… transferir a bicicleta dos trilhos do pó e lama para o macio asfalto e… sem qualquer alteração… ascender aos 1993 metros de altitude do maciço central da Serra da Estrela! É esse o meu propósito… e espero conseguir atingir este salutar objectivo por muitos e bons anos!

Pelo 3º ano consecutivo lá consegui com mais ou menos (!) dificuldade que os anos anteriores dar por cumprido o repto de atingir o topo! Este ano, com uma nova abordagem da vertente a subir (via Manteigas), abriu a “porta” à quase totalidade da malta de atingir o topo! Pelo que soube… apenas um elemento não conseguiu lá chegar!

Sem dúvida que em termos paisagísticos… esta vertente é superiormente mais bonita que pela vertente da Covilhã! E a ajudar ainda… é também uma vertente um pouco mais fácil de trepar! Todo o esplendor e dimensão do Vale Glaciar é percorrido pela velha e sinuosa estrada asfáltica que sai da localidade de Manteigas. A curva do Covão da Ametade dá-nos uma perspectiva estrondosa do “rasgo” no maciço rochoso! É magnânimo! Soberbo! Um sensação maravilhosa… naquele “silêncio glaciar” apenas quebrado pelo som da água que brota… geme por tudo o que seja encosta, escarpa, fenda, fonte ou mesmo solo! É o equilíbrio da natureza aos nossos olhos!

Este pedaço do percurso… sensivelmente 2/3 do total, foi a grande novidade de 2010! Após o cruzamento do centro de limpeza de neve… segue-se a descida (curta e rápida) retemperadora de forças e a partir deste ponto a pendente eleva um pouco mais, assim como o sacrifício da pedalada… até atingir os 1993 metros terrestres do topo da serra! Este ano… a neve já escasseia, dando o branco da neve lugar à beleza da rocha escarpada! Sem dúvida um colosso de beleza esta “nossa” Serra da Estrela!
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Já no topo... após cerca de 2horas de subida... foi tempo de absorver a boa sensação de mais uma conquista deste "carocinho" e desfrutar da paisagem envolvente! Nós BTTHAL... já a levávamos programada... 2 "marmitas" geocaching para descobrir... se o manto de neve o permitesse! E permitiu! Muito Bom!

A fotografia de grupo, este ano permitida pelas condições meteorológicas bem favoráveis, não contemplou todo o grupo de 21 pedalantes (12:30… era a hora de descer!)… mas estiveram grande parte deles, incluindo o Fidalgo, Marcelo e o Luís Afonso que estavam mesmo a chegar quando íamos começar a descida!

Se a subida foi feita em cerca de 2 horas... já descida foi em bem menos tempo! “A descer todos os Santos ajudam”... e as velocidades são bem mais altas... ainda que a precaução tenha de estar presente naquele serpenteado de curvas... algumas delas com pouca visibilidade! Optei por descer tranquilamente e completar o rol de fotografias aqui e acolá... na descida apanhamos perspectivas bem diferentes na paisagem! Magníficas... claro!

Aplaudiar o apoio gentilmente oferecido pelo Grupo de Bombeiros de Manteigas, que abriu as portas da sua casa e nos disponibilizou balneário de água quente para todos! Já no Restaurante "O Olival", foi tempo do roteiro comensal, onde o prato da feijoca foi rainha! O ambiente estava muito bom e era notória a satisfação do pessoal e respectivas famílias!

Já com as horas a adiantar pela tarde dentro, o companheiro FMike fez o briefing final do dia (fica-lhe bem este papel de organizador de eventos!!! Ehehehe...) e as despedidas foram feitas entre os presentes, com a promessa de em 2011, nos encontrarmos, de novo, lá bem em cima... com muita saúde!

JValente



Estrela 2010 by CLI

... Y a la tercera fue la vencida… Pues sí, ese puede ser un título muy acertado, para lo que sucedió el último domingo en la Serra da Estrela, ya que finalmente logré llegar a Torre en mi tercer intento.

La cosa ya prometía antes de salir: João y Fernando decidieron probar este año la ascensión por la vertiente norte, con salida en Manteigas, a priori “mucho más fácil”. No obstante, en honor a la verdad y en palabras de mi preparador físico (Zé “Induráin” Manel) nunca se ha de decir “más fácil”, sino un discreto “más largo”, porque el concepto de fácil o difícil depende de muchos condicionantes, como explicaré más adelante.

Antes de partir, tras las presentaciones a los compañeros que no vemos habitualmente (sobre todo Hugo, que sólo coincidimos una vez por año: y es que quedar para verse los domingos a las 8 de la madrugada no va mucho con mi Filosofía del Descanso...), tuvimos una brillante disertación tipo “briefing” sobre las características y peligros del camino por parte de Fernando, emulando a los grandes sindicalistas.

La ascensión se dividió en tres sectores: el primero, de aproximación desde los viveros de truchas hasta el Circo Glaciar fue algo complicada, ya que aunque parecía plana, luego no lo fue tanto, siendo muy difícil seguir un ritmo constante y para mí fue la parte más dura del día, necesitando de una parada “técnica” para meter aire en los pulmones y agua y la primera barrita en la panza, pudiendo contemplar la belleza natural del paisaje.

El segundo sector, de ganancia de altura, desde el circo hasta el centro de limpieza de nieve se antojaba largo y penoso, visto el gran desnivel existente, pero la compañía de Paulo Alves, Zé Manel y João Rodrigues hicieron que no lo fuese tanto, siendo con mucho la parte más rápida de la ascensión, acompañados de una traviesa ardilla que se nos cruzó de un lado a otro del camino.

Luego, una parada más, otra barrita, fotos a Zé tendido en la hierba y unas “hormiguitas” a lo lejos subiendo una muralla (Fidalgo y Marcelo), me hicieron temer lo peor, pero nuestro objetivo ya estaba cumplido... ¿y si subiésemos un poco más? Dijeron Paulo y Zé. ¡Con dos cojones, allá vamos! Y allí fuimos...

Subimos por aquella pared del último sector de ataque mejor de lo que esperábamos, con la salvedad del tramo del túnel que fue demoledor, pero no imposible. Paulo y yo decidimos parar en la “Santinha” para coger aire (se ve que a 1800 m ya comienza el mal de altura o algo así), otra barrita y esperar a Zé Manel, que se tumbó en el muro de piedra (esta vez algo más duro que la hierba) y a João, que decidió abandonar.

A las 12:30 en punto pasaron a nuestro lado, descendiendo veloces como los salarios al final de las vacaciones, nuestros compis que llegaron arriba antes que nosotros y que a la hora fijada, se dirigían como flechas hacia las judías con chorizo del almuerzo.

Hicimos recuento de fuerzas y subimos hasta arriba, hacia la gloria de la cumbre sólo reservada a los campeones. La gente se agolpaba a los lados de la carretera al vernos llegar, jaleando nuestros nombres, abandonando sus trineos en la nieve y empujándonos con sus gritos de aliento. Al llegar, fotografías, entrevistas para radio, televisión, periódicos, recogiendo nuestras impresiones de la subida, besos de guapas azafatas con ramos de flores que quedaron allá arriba... No recuerdo bien cómo, pues tal era la confusión reinante, que nos vimos por delante del hito que marca el punto más alto de Portugal, posando para una fotografía que testimoniase nuestra gesta, escuchando los vítores a los héroes de la jornada... (mmm... Quizá no sucedió exactamente de esta manera, pero es así como me gusta recordarlo, je,je,je)!

Y después, bajamos no tan veloces, pero sí más hambrientos que nuestros compañeros, camino del restaurante, con algún frenazo apresurado por aquí (Chacho, que te sales de la carretera...), unos mosquitos de alta montaña por allá, a manera de suplemento proteico, un coche dominguero por acullá, en mitad de la carretera, con las puertas abiertas y en contra dirección, bloqueando el camino... vamos, cosillas sin importancia si lo comparamos con el terrible dolor de nalgas aparecido a pesar de llevar un calzón con almohadillado extra suave (no sé si tendría alas) y una funda de sillín con más silicona que las domingas de la Pamela Anderson.

Después: una ducha de 5 estrellas y un almuerzo superior, en compañía de amigos y familiares (entre ellos, mi peque).

Sólo resta añadir dar la enhorabuena a Fernando y João por la acertada elección del camino, de gran belleza y moderadamente asequible a mis posibilidades, por las instalaciones de los bomberos y del restaurante. Contad conmigo para más paseos así.

Un abrazo.

CLI (y Xana y Carlitos)

Fotografias de Fernando Micaelo


Fotografias de João Valente


Fotografias de Joaquim Cabarrão

6 comentários:

Agnelo disse...

Ora bem, o tão esperado relato, desta feita em três perspectivas diferentes mas muito semelhantes. Gostei especialmente da do Lozoia. "Hermano", nós não tivemos "guapas azafatas", que se passou.

Abraço e venha o próximo.

AQ

JValente disse...

Para o ano não me enganam... vou junto ao Lozoya... pode ser que me saia uma com umas boas "domingas" (...)tipo "Pamela Anderson"!

Bom Relato "Hermano" CLI

João Valente

FMicaelo disse...

Eheheheheh... o CLI sempre no seu máximo! Pro ano vou com ele para ter direito tambem ás guapas azafatas.... quanto ao selim de gel, acho que passamos na Moviflor e levamos uma poltrona "Chateaux de Ax"... assim não há rabinho que se queixe....eheheheheheh
Obrigado pela vossa companhia. Pro ano lá estaremos outra vez!

Fidalgo disse...

Se ue Soubesse, que aquele autocarro que estava a chegar, quando comecei a descer, erão todas para o Lozoya, tinha ficado lá para ajudar o nuestro hermano.
Nos dois anos anteriores, dizia eu que enjoava com tanta subida. O que é certo é que experimentei e fiquei fã. Para o ano lá estaremos. Um abraço e obrigado pelo convite.

JValente disse...

Isso é que é falar Fidalgo!
Para o ano contamos contigo e com todos os restantes!

Abraço
João Valente

Jorge Palma disse...

Agradeço o facto de me terem proporcionado a hipótese de subir à serra por uma vertente diferente. Com uma paisagem com tamanha beleza até (quase) nos esquecemos que vamos subindo... subindo...
Sugiro que para a próxima almocemos primeiro, a bela da feijoca, e subamos depois. Com a preciosa ajuda dos "ráteres" chegamos lá acima em menos de um fósforo!!!

Abraço