segunda-feira, 8 de junho de 2009

I Passeio de BTT Terras de Xisto - Almaceda

Boas a todos!
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Decorreu no passado dia 6 de Junho o I Passeio BTT Terras de Xisto, promovido pela parceria Clube PTelecom, Empresa Vila Fraga e a J. Freguesia de Almaceda. Esta organização tripartida prometia um bonito passeio de BTT por terras de pura serrania, em trilhos de xisto, e florestas de impar beleza, com recantos esplendorosos da Ribeira de Eiras. Ao mesmo tempo a Organização acolheu ainda um encontro de agrupamentos de bombos e um singular passeio pedestre ao longo do PR 2 CTB, que liga Almaceda a Martim Branco. Estava então dado o mote para aquilo que poderia ser um espectacular dia de convívio, confraternização e bons momentos com e sem ginga. Mas…

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… Mas o S. Pedro fez das suas! Depois de muitos dias cálidos e ensolarados, a quinta e a sexta feira estiveram acabrunhadas e a madrugada de sábado seguiu-lhes os passos. Aguaceiros, vento e nevoeiro fizeram muitos preferir o calor dos lençóis a molhar o corpinho pela serra do Açor acima. Mas houve resistentes! Eramos poucos mas bons. Alguns vieram de bem longe, mas a unir-nos estava a vontade de pedalar, de descobrir, de ver bonitas paisagens. E nem a inclemente chuva que teimava em cair até quase á hora da partida nos fez claudicar.

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Uns melhor – capas de marca xpto, outros pior protegidos – de manga curta e tshirt, lá fomos perfilando para primeiro ouvirmos algumas orientações e depois para fazermos a saída que se deu à hora marcada. A maioria tinha por destino o percurso mais curto e menos exigente – 40 km. Eu destinado aos 60 km, queria mesmo era subir lá acima e cedo tive, para esse objectivo, a companhia do João Afonso, do João Caetano e do Nuno Delgado da Amareleja. Numa das raras abertas do S. Pedro, lá saímos em direcção a Martim Branco, por um trilho bastante rolante até ás proximidades das Rochas de Baixo, entrando depois nos singles que nos levaram aos moinhos de Martim Branco.

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Aí, habituadinhos a que estamos a atravessar as hortas para chegarmos á aldeia, nem vimos a indicação para a direita que dava acesso a mais uns singles e fomos logo direitos á aldeia, onde rapidamente nos apercebemos do erro. Contudo o engano foi nosso, porque verdade seja dita e os parabéns dados á organização, as marcações dos trilhos estavam simplesmente irrepreensíveis.

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Depois de reorientados e novamente reagrupados lá seguimos viagem em direcção ao Barbaído onde fizemos uns bonitos mas muito escorregadios e técnicos singles que obrigaram a algum pedestre até chegarmos à ribeira de Almaceda onde pela primeira vez molhamos a meia. Isto para quem ainda ia seco o que não era o meu caso, pois a chuva já me tinha bem molhado.

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Aí tivemos o primeiro de muitos abastecimentos. Parece irreal mas acho que tivemos ao longo de todo este passeio alguns 7 ou 8 abastecimentos… Reiniciada a marcha atravessamos a EN 112 em direcção ao Chão da Vã onde não entramos para subirmos para a zona de Valbom, sempre por estradões de bonito pinhal, alternando aqui e ali com bonitas paisagens de serra, encimadas pelo nevoeiro.

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Depois de cruzarmos a estrada do Vale Bonito e passarmos Valbom, aconteceu a única chatice do dia, quando a desgastada corrente alentejana do Nuno decidiu ficar deitada á sombra de um pinheiro depois de partir… Lá tivemos que ceder o ferramental e um elo-link para o rapaz poder continuar.

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Dali á Paiágua foi um saltinho, mas um saltinho que ditava o agravamento das subidas, quer em pendente, quer em tecnicidade, pois a chuva e o piso de seixos molhados iria dificultar a tarefa de chegar ás eólicas.

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A verdadeira parede iria surgir depois de cruzarmos novamente a EN 112 na zona da foz do Giraldo, numa rampa brutal que nos levou até ao cimo da serra. Muito, muito técnica devido á pedras e á chuva e muito muito inclinada foi quase um martírio conseguir chegar lá acima montado na ginga, obrigando mesmo no meu caso a meter a avozinha nos metros finais, tal era inclinação da bicha.

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Mas chegados lá acima para além de algumas exclamações de admiração da malta da Palegessos por termos subido tudo aquilo, a serra brindou-nos com uma vista nos enchia a retina em toda a sua linha, pois permitiu uma vasta observação do nosso bonito horizonte, aqui e ali escurecido pelas muitas nuvens carregadas de chuva. Excelente paisagem.

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Mas as subidas ainda nem a meio iam. Do alto do Adgiraldo até ao Ingarnal a sucessão de subidas era aqui e ali bem molhada pela chuva que teimava em fazer-nos companhia. Mesmo no alto do Ingarnal surgia a separação de rotas quem queria só 40 km tinha um trilho sempre a descer até Almaceda que brilhava lá no fundo da serra.

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Quem teimava em subir tinha uma vasta subida, bem demarcada na falda da Serra do Açor, rumo às muitas torres eólicas que dominavam a paisagem. Depois de mais um reabastecimento, lá nos fizemos ao desafio. Pelo que soube muito poucos subimos lá acima, mas pena dos que não foram… não sabem o que perderam!

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A arfante e prolongada subida, culmina com um estradão ao longo de toda a cumeada da serra, serpenteando entre as muitas eólicas, abarcando uma vista ainda mais espectacular! À esquerda toda a cordilheira da Serra da Estrela domina a paisagem… Em frente vislumbra-se a Gardunha, com S. Vicente da Beira a brilhar a meio caminho. À direita, lá longe, brilhava a Marateca e bem lá em baixo, quase aos nossos pés, as Rochas, Almaceda e Ribeira de Eiras pareciam minúsculas. Éramos mesmo umas águias no topo do mundo! Espectacular!

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Depois de mais um abastecimento e uma bonita foto de grupo, esperava-nos agora a adrenalínica descida até à Ribeira de Eiras devidamente sinalizada como perigosa. E era! Com muita gravilha solta e agrupada em grandes magotes, a ginga contorcia-se toda para se manter em equilíbrio, mas com perícia e alguma astúcia lá conseguimos chegar todos abaixo sem incidentes.

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Num rápido estradão, ainda com algumas subidas, depressa fizemos o regresso a Almaceda onde entramos perto das 13:30, molhado até ao tutano, enregelado pelo frio, mas com a retina cheia de boas vistas e as pernas bem amaciadas pelas excelentes rampas. Muito bom.

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Seguiu-se um banho “quente” nas instalações da Praia Fluvial e depois um lauto almocinho onde não faltou o toque caseiro daquela região – Chanfana, bifes, muita salada, tudo bem regado pelo tinto. Servido á descrição e em quantidades abismais, foi este manjar ainda complementado pelo queijinho de ovelha e pelo arroz doce servido á bandeja (João Valente!... aqui enchias o papinho!). Fiquei que nem um abade!

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Para alegrar o conjunto estava ainda a malta dos bombos a tocar e a dançar ao desafio, numa tal algazarra que quase nem nos ouvíamos!

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Excelente passeio a todos os niveis. Assim vale a pena vir. Repitam lá sff pró ano! Igualmente foi excelente a companhia para estes singelos mas durinhos 60 km Obrigado Joões e Nuno e demais companheiros. Um abraço especial ao Pedro Antunes por nos ter proporcionado um excelente passeio de BTT. Ali notava-se que havia conhecimento e gosto pela modalidade. Obrigado amigo!
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FMike
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