sábado, 14 de março de 2009

Sarzedas... Aldeia de Xisto!

Sarzedas distingue-se pelos traços de cor que lhe marcam as fachadas das casas rebocadas a caminho da Fonte da Vila. No Alto de São Jacinto, junto à Igreja Matriz, o Campanário ergue-se solitário sobre a aldeia. Está-se bem aqui, neste espaço de leitura moderna, a pensar na história deste lugar cujo povoamento se deve a D. Gil Sanches …
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Hoje fui em solitário visitar Sarzedas… Aldeia de Xisto, aqui bem próxima de Castelo Branco! Amanhã não vou poder comparecer com a minha Trek no “Docas Point”… vou estar em maré laboral ali para os lados do hospital cá da cidade! E isto de ficar parado não é cá para mim! Mesmo sem a companhia do sempre fiel FMike (em odes laborais no dia de hoje!) peguei na vestimenta de bailarina e pus os pedais a rolar!
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A ideia era bem simples… ir até às Sarzedas, praticar um pouco de Geocaching, pois surgira por ali um caixotinho à poucos dias, visitar os pontos mais emblemáticos desta Aldeia de Xisto, e claro… regressar à cidade pela hora do almoço! Sem stresses… e assim foi!

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Depois de vencidas algumas dificuldades altimétricas (uufffff!) até às Sarzedas, dirigi-me ao local onde seria preciso utilizar o GPS para a prática do Geocaching - a Fonte da Vila! Recentemente recuperado, o chafariz de aspecto invulgar que é conhecido por Fonte da Vila ganhou uma vida que já não conhecia há muito tempo. A ladeira enlameada e irregular que lhe dava acesso foi substituída por um caminho devidamente pavimentado. A sua envergadura em granito impõe-se no meio de um jogo de contrastes entre manterias e cores: o branco dos muros, o avermelhado do chão, o castanho do xisto e o verde da vegetação. Impera ali um calmo silêncio, uma sensação de afastamento da aldeia e de tudo o resto. Não é de estranhar que a Fonte da Vila fosse um refúgio romântico em tempos idos, tal é a sua pacatez segredada. Um óptimo local para uma geocache!


Em frente à Fonte da Vila está o Lavadouro, também alvo de recente recuperação e enquadramento com as restantes estruturas! O lavadouro mantém o ambiente comunitário que caracteriza a sua função tradicional.



Encontrado o tesourinho com sucesso e ainda com o relógio a permitir a descoberta de outros pontos de interesse na aldeia dirigi a bicicleta para a zona da Igreja Matriz. Dizem as informações históricas que a igreja paroquial deve, apesar do seu plano simples, tomar-se como invulgar exemplar de arquitectura religiosa na região, não só pela beleza mas também pela arquitectura ímpar da sua concepção!


Ali vizinho da igreja matriz está o campanário que já ao longe, ainda fora da povoação, se avista com a sua beleza secular! É a principal torre sineira das Sarzedas e, curiosamente, não está integrado na igreja paroquial. O campanário é de estilo semelhante ao da fachada da igreja matriz, possui três sinos e foi recentemente valorizado por obras de recuperação. Em seu redor foram criados caminhos de ligação com a igreja e com a aldeia. Gostei muito deste ponto da aldeia!


Uma das presenças mais marcantes da aldeia são os cruzeiros! Há que referir a existência de três cruzeiros localizados nos adros das capelas de S. Jacinto, de S. Pedro e da igreja matriz.


Com este “roteiro turístico” em duas rodas pela aldeia fiquei a conhecer mais em pormenor este belo recanto da nossa Beira! A informação é cedida no geocaching.com, o que denota a preocupação dos participantes deste jogo em dar a conhecer o que de melhor existe por esse mundo fora!

O regresso à cidade fez-se pelo mesmo caminho… agora em sentido oposto onde a altimetria parece ser mais agradável! Fiz ainda uma paragem onde a vista privilegiada sobre o Rio Ôcreza me abriu o apetite e ali foi saboreada a típica sandocha!


Foram 45 graciosos Km’s nesta manhã de sábado!

Fiquem Bem!
Vemo-nos nos Trilhos….

1 comentário:

Pinto Infante disse...

Boas João, eu como amante destas canetas, acho que conseguis-te uma foto invejável que , se calhar nem te apercebes-te da beleza dela; é a foto nº 5 a contar de cima. Parabéns, uma excelente foto.
Abraço
Pinto Infante