Boas a Todos
O tempo vai quente, assim como vai a escaldante a época em termos laborais, impedindo, por vezes, o “fazer do gosto ao pedal”. É que isto é quase como a cafeína, dizia o AC… e é mesmo! Depois da passada quinta feira ter sido mais um dia de asfáltica, o fim de semana resumiu-se a um continuado rol atarefado entre a casa e o trabalho, somente colmatado pela leitura atenta das aventuras da malta amiga pelos blogs cá do burgo, surgindo a “inveja” dos querer acompanhar e não poder… Grrrrr!... Também quero ir!
Bem, mas a terça e a quarta prometiam uma abertazinha durante a manhã e não obstante a calina que teima em fazer-nos companhia, a fome de biclar falou mais alto e vai de pegar na Canyon e ala pró mato! Que saudadinhas!
GEO-KEY
Na terça em vez de ir “asfaltar” com malta amiga do “alcatrão”, decidimos antes pegar nas manas alemãs e fazer um Geocaching em BTT, pois tinha surgido um novo caixotinho nas Rabaças e logo delineamos uma voltinha circular que passasse por lá para darmos asas a mais uma cachada ao melhor nível BTTHAL. Mas…
… Mas quase que me saía o tiro pela culatra! Há certos dias que um gajo mais vale não se levantar… Primeiro ia-me deixando dormir, chegando atrasado ao encontro no Modelo, com a malta do alcatrão já a rolar por aí fora. Depois tive de voltar novamente à garagem porque me tinha esquecido do papelinho das coordenadas do caixotinho, e sem coordenadas nem pensar em cachar… ia dar fiasco!
Mas o pior ainda estava para vir… Chegados ao Escalos de Baixo, prontos para a toma da primeira dose cafeínica do dia, dou por falta das chaves da garagem onde repousam as “meninas”… será que as tinha deixado cair no caminho? Vai de voltar para trás!
Mas no trilho nem sinal das chaves. Estávamos mesmo a fazer um Geo-Key, mas sem coordenadas! Lá tive de voltar à garagem sempre a “suar fininho” a pensar nas consequências de perder tal “objecto importantíssimo”… xiça! Mas, sorte das sortes… lá estava ela dependurada na fechadura, à vista de todos, mas pelo menos sem dar cobiça a ninguém… se fosse noutras cidades aquela hora tinha a garagem vazia… lagarto, lagarto! (Silvério é só uma expressão!)
Com tal anda para trás e para a frente, a manhã passou-se num instantinho, pelo que atalhamos caminho em direcção às Rabaças, onde chegamos já bem “alagadinhos” em suor, fruto do calor e da pedalada mais viva para chegarmos em tempo útil para a cachada.
O caixotinho surgiu depois de alguma busca, neste local bonito, sombrio, até aprazível, mas que peca pelo cheiro que a água emana sobretudo nesta época… esgoto… bahhhhh! Feitos os registos da ordem, voltamos rapidamente ao trilho para chegarmos à cidade perto das 12 h e pico, com 65 km acelerados e as bocas secas que nem palhas a clamar por bebida tal e qual como os pardalitos novos a pedir comida… haja bebida fresca!
Ribeira do Muro
Na quarta feira, nova manhã livre, um acontecimento que me fez lembrar a velhinha anedota do avô que uivava… “Auuuu!... quanto tempo!...” não tinha oportunidade de ir pedalar numa quarta feira de manhã! É verdade!
Na companhia do AC e do Nuno Eusébio, lá partimos para revisitar alguns trilhos bem bonitos na ribeira do Muro, numa manhã que prometia calor, mas com uma paisagem celeste a pedir fotos e mais fotos… lindo, lindo!
Começamos a voltinha com a parte mais agreste para as pernas, para que depois, pela hora de maior calor, pedalarmos mais calmamente já em regresso a casa. Assim foi. Até às proximidades do Vale do Pônsul, bem perto da foz desta ribeira do Muro, trilhamos alguns caminhos agora bem poeirentos, mas que encerram cantinhos bem bonitos, sempre agradáveis de visitar… quanto património! Só faltaram mesmo aparecer os “chifrudos” que por aqui abundam.
Na passagem da ponte das “abelhas” relembramos um velhinho episódio de um encontro imediato de 3.º grau com um vespudo enxame, arrancando sorrisos à malta só de pensar na correria de tirar as biclas do local, já com a pele a arder de umas ferradelas destas abelhudas… bons tempos! eheheheh...
A subida para os Maxiais era agora a dificuldade seguinte, apresentando-se diferente, despida de sombras e ainda mais poeirenta, pois os eucaliptos deste local levaram um desbaste maior que um pente zero no tempo da tropa, revelando uma paisagem aberta, distinta…
Seguiram-se alguns trilhos em direcção a um dos “carocinhos” do dia, as Olelas, virando para o Retaxo, onde fizemos mais alguns singles, já com a malta a pedir bebida fresca pois a temperatura subia a olhos vistos.
A padaria dos Amarelos emanava um cheirinho que se sentia à distância, pelo que a pedalada aumentou de cadência, só de pensar nos panikes de chocolate… eu, fiel às minhas “companheiras” (sim, no plural!) “papei-as” como de costume (duas sandes - nada de mal entendidos!) enquanto os companheiros do dia se labuzavam com os panikes… Gulosos!
Seguiram-se agora alguns singles mais técnicos, ideais para explorar a fundo as capacidades das meninas em termos de suspensão, proporcionando alguns momentos bem divertidos a biclar por estes cantinhos. Como o calor ia apertando e de comum acordo, fomo-nos “chegando ao borralho”, como quem diz, voltando para a cidade, onde o Valongo nos esperava com os seus belos tremocinhos e uma água de cevada a pingar gelo, em formato biberon médio, o ideal para recuperar as securas do pó dos trilhos... Excelente!
Fiquem bem!
FMike :-)
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1 comentário:
Mas que raio de letrinha cócó é esta Srº Foto-Repórter?... inventas cada uma!
Boas Tiradas... com muito calor!!!
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