Regresso às origens...

Oh…. Como é que é possível? As férias terminaram! Ai…ai… Para a semana já começa a luta!... Socorro!... Lá vou ter de trocar o calçãozinho e as chanatas, pela farda e pelos “patins em linha” para conseguir “dar conta de todos os recados”… Que gaita! E eu que era capaz de me habituar a esta vidinha de papo pró ar…
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Pois é! Este foi o sentimento dominante na hora de terminar férias e retornar lentamente, penosamente ao trabalho, tudo isto no passado dia 15 de Agosto, vésperas de reiniciar as lides laborais. Ora se retornamos ao trabalho, há que retornar igualmente ás actividades normais – ver o Benfica a perder, rever os amigos no café da esquina, dar uns calduços nos putos por causa dos TPC's, levantar cedo, sempre cedo, fazer a barba todos os dias, etc, etc, etc… e claro, já me esquecia, regressar aos trilhos e ás bikes, pois então!

Nesse domingo já longinquo (duas semanas ... ehehehehe) deu-se o meu retorno ás bikes e ás Docas… Como podem ver foi há uma eternidade mas é normal só agora surgir o post… até o computador ainda estava meio de férias!

Pelas 08 horas lá fui eu regressar ás origens, leia-se, ao convívio dos amigos BTT@Castelo Branco, ás Docas, e claro, á minha saudosa SS! Seguidamente a 2 meses soberbamente bem “montado” na suave e competente Canyon CF, a mudança surgiu quase num radicalismo oriental – carbono versus alumínio, suspensão versus dureza, shifters, versus… nada…! Tudo isto numa fracção de segundo!

Depois destes belíssimos 50 dias, em que pedalei quase exclusivamente com a Canyon, bastou montar a SS, dar 2 pedaladas e de imediato senti as diferenças… Mas pronto… quem gosta, gosta sempre, e a SS continua a ter para mim aquele cantinho especial impossível de ser apagado… Quanto á Trek, lá continua parada há quase 3 meses…

Chegado ás Docas, cedo compreendi que estava no 15 de Agosto, dia importantíssimo, que marca a mudança de quinzena no mês mais concorrido… muita gente de férias, uns a acabar e outros a começar…. Resultado: à chegada niguém da malta habitual pedalava por ali, e eu que até tinha chegado em cima da hora…mau, mau, queres ver que tenho de ir sozinho?!...

Mas o dia prometia regresso ás origens, e cumpriu! Primeiro eu de SS. Depois aparece-me um amigo de longa data, com quem tenho confraternizado na vertente atletismo, e que hoje aparecia todo equipado, com a sua bela Rockrider! Nada mais, nada menos que o Dino! É verdade! Este bom amigo tem retornado lentamente ao BTT e hoje apareceu, prometendo mais regressos, que se traduziriam no regresso do Zé Nunes, que após uma lesão, também ele recomeçou este belo desporto. Passado pouco tempo chega o António, um companheiro que passei a conhecer, o Barroca e o Ricardo Cabarrão, constituindo-se assim um grupo fora do habitual, mas igualmente bem entrosado para ir desfrutar os trilhos, no fundo aquilo que a malta gosta!

Numa manhã radiosa, que prometia o calor habitual, decidimo-nos por uma voltinha que envolveu a passagem inicial pelos Maxiais e Olelas, onde as subidas mais ou menos conhecidas ditaram algum esforço, alegremente vencido por todos e recompensados pela sempre bonita paisagem das Olelas. Como sempre a minha SS fez-me deitar a língua de fora, até porque o retorno das férias até nisto cansa, mas pronto… Sabe sempre bem!

Seguiram-se os singles em redor do Retaxo, sempre apreciados, sobretudo por mim, hoje sem suspensão – xiça, que ia perdendo a placa dentária! Rodeado o Retaxo, feitos gulosos viramos o nariz para os Amarelos, já fiadinhos que íamos papar uns croissants quentinhos mas o dono trocou-nos as voltas pois estava ainda fechado. Lá tivemos que alterar a rota e ir até ao Ramalhete na Represa.

Vitaminado o corpinho seguiram-se mais uns trilhos nas redondezas do Monte Baixo (vulgo Benquerenças Velhas) seguindo-se alguns trilhos em redor da aldeia onde não paramos, já com o bico virado para a Associação do Valongo, onde sabíamos que nos esperavam umas bjecas fresquinhas, ainda a pingar gelo e uns apreciados tremocinhos XL.

Foi assim um retorno ligeirinho, bem ao gosto para recomeçar as pedaladas, em boa e diferente companhia, a comprovar mais uma vez, que o desfrutar do pedal é sobretudo um estado de alma e um prazer!

Fiquem bem!
FMike :-)