Boas a todos!
E aí vão cinquenta… 50! Cinquenta gajos a pedalar!
Ah pois é!… Isto de receber bem a malta tem destas coisas… em 2008 começámos meia dúzia (e mais uns quantos) e quando damos conta temos meio CBranco, Alcains, Lardosa e mais alguns a pedalar todos em direcção às desejadas Termas de Monfortinho, um oásis verde e azul na já amarelada e poeirenta Raia, tendo mesmo ficado alguns “em terra” por falta de vagas. Porquê? Simples… este evento é mesmo uma Fidalguia para os amigos do Abilio!
Começámos muito cedo… Muito de madrugada diria o CLI! Levantar às 5:30 (ui… até dói…), para estar às 6 e picos nas Docas é dose! Tudo isto para chegarmos mais cedo e podermos estar mais tempo a desfrutar das excelentes condições das piscinas do Clube de Caça… valeu a pena o esforço!
Pouco a pouco, lá fomos juntando a malta amiga, começando logo ali a boa disposição, a tónica dominante ao longo de todo o dia, claro, logo pela mão do Silvério, um bom amigo que há muito não via. Vestido a preceito, com um jersey “esquisito”, verde e branco, cedo pôs a sua vertente clubística-humorista a funcionar e “obrigou-me” a dar-lhe um “beijinho” no símbolo dos lagartos! Xiça… que ainda tenho um eczema nos lábios, tal foi a alergia que apanhei… eheheheheh!
Depois de todos reunidos e com alguns pedidos (não acolhidos) a umas raparigas jeitosas que por ali passeavam, para nos fazerem uma “foto de grupo” (o que é que terão entendido???), lá se compuseram as mánicas e chapou-se a primeira de muitas fotos do dia… Um belo grupo de amigos reunido, mais uma vez, para pedalar-mos todos juntos, em boa confraternização… bonito de se ver e se sentir!... É bom termos assim malta amiga!
A saída fez-se pelo "renovado" single dos Buenos Aires, rolando o grupo em boa velocidade por trilhos habituais até aos Escalos, registando-se apenas um raio partido e um furo, prontamente solucionados pelos seus intervenientes. Desta vez não houve cafézada nesta aldeia, continuando a malta até à Ribeira de Alpreade, onde surgiu o primeiro momento “molhado” do dia, onde a travessia da ribeira, ainda bem alimentada pelas chuvas, molhou as meinhas à malta, sacudindo o pó até ali acumulado… que boa que estava a temperatura, pois o calor já apertava. Ali ao lado um imponente exemplar de raça bovina olhava-nos com olhos de carneiro mal morto, como que a chamar-nos de malucos…
A partir daqui o trilho era a subir, ora em terra, ora em asfalto, proporcionando, como o João dizia, a subida ao “Caramouço” do dia, sempre em subida tolerável até à Idanha, produzindo contudo um alongamento do “pelotão” pois os andamentos diferentes assim o ditaram. Sem stress… À entrada da Idanha, junto à Câmara estava a malta toda reunida à nossa espera, desde os Papaléguas, amigos de Alcains e Lardosa, até à boa gente da ACIN, todos trajados a preceito com as respectivas cores. Bonito de se ver!
Depois dos cumprimentos habituais, houve quem aproveitasse aqui para reabastecer as “fornalhas”, (o nosso caso - as “batedeiras de ovos SS” fazem muiiiiitttttaaaaa fome!), embora o Fidalgo prontamente anunciasse que no paredão da Barragem aguardava-nos a 4X4 carregada de bebida e iguarias, onde a “Bôla” seria rainha. A inclinada e técnica descida da Idanha até ao paredão ainda proporcionou algumas quedas sem consequências, mas vencida esta passagem, lá nos fomos “chegando ao borralho”, como quem diz, à carrinha para degustar a deliciosa “Bôla”, bem regada com sumos, água e a boa da “cevadinha fermentada”.
Com o “papinho” bem atestado lá regressamos aos trilhos, agora bem mais pesados e pachorrentos, pois “barriga cheia, pé leso”, ainda por cima com algum calor já a fazer-se sentir. Bordejada a barragem, surgiram mais algumas subiditas, agora já plenas do tipo de trilho desta zona - pedra e areão solto, produzindo mais uma vez um alongamento do pelotão até à entrada dos singles de Alcafozes, registando-se mais algumas quedas e furos (eu fui um dos brindados com um furito), embora sem consequências graves. Ainda bem!
Junto ao avião e na igreja em honra da Santa Padroeira da Aviação, lá fomos reagrupando, mais uma vez em redor da desejada pick-up para mais alguma petiscadela e muita bebida, pois a sede começava a grassar entre a malta.
Dali até aos Toulões é um saltinho, sempre em estradões quase planos, largos, possibilitando a conversa a 2 e mesmo a 3, em boa descontracção, surgindo rapidamente nova paragem nesta aldeia, mais uma vez para reabastecer a fornalha, quente q.b. devido ao sol inclemente que nos ia alumiando o toutiço.
Faltavam agora 15 km's e uma paragem prevista na Torre, km's esses quase sempre a plano, com alguma exigência dos trilhos, para nós single-speeders, em termos de pedras soltas e areão, mas que acabou por não causar mossa, pois em boa pedalada, lá os fomos vencendo, chegando a malta bem mais cedo do que os anos transactos. A expectativa em relação às iguarias era reconhecida, assim como a vontade de mergulhar naquela água fria e cristalina e daí esta chegada mais prematura… ia tudo com o “fogo no rabo” para lá chegar! Eeheheheh...
Depois do pó lavado do corpinho e de umas apreciadas “bombas” na piscina, a malta lá se foi reunindo, juntando, segundo sei, cerca de 150 convivas, nas mesas soberbamente colocadas à sombras daquelas imponentes árvores, começando o “festim” gastronómico, primeiro com um gaspacho bem temperado, continuado depois com a febra, entremeada, picanha, sardinha, enchidos assados, com muitas e variadas saladas, bem regadas com vinho, sumos e uma sangria de fazer “cócegas no palato”. Para acabar boas sobremesas e uma fruta de excelente qualidade fizeram arredondar o “vasilhame abdominal”, parecendo que íamos rebentar de tanta comida e bebida. Uma fidalguia! Como se não bastasse, o J.P., pôs-me as mãos em cima e colocou-me os ossinhos todos no sitio com uma massagem excelente, saindo de lá que nem um leão! Perdão, que nem uma águia!
Com o corpinho bem tratado, era agora tempo de confraternizar, no meio do relvado, encostados ao balcão, com este e com aquele, com anedotas à mistura e algumas macacadas, reinando no ar o burburinho de uma grande família em festa.
Acabamos por ser os últimos a largar o espaço lúdico desta magnífica piscina, já bem perto das 19 horas, com votos renovados, que se o Fidalgo repetir este evento, lá estaremos pró ano!
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A ele e a quem com ele colaborou para que as Termas 2010 tenham sido novamente uma Fidalguia, BTTHAL e seus familiares tem somente uma palavra para terminar - Obrigado!
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FMike :-)
2 comentários:
Eu é que agradeço a vossa companhia e de todos que me acompanharam nas pedaladas.Eu este ano acabei o dia um pouco mais cedo, devido aos compromissos do meu filho.
Um abraço. Fidalgo.
Apesar de o ter feito já pessoalmente ao Amigo Fidalgo, agradeço aqui publicamente mais uma vez o convite e o bom dia que nos proporcionou.
Para o ano, esperemos que a tradição de mantenha e que se promova a IV Fidalguia. Eheheh...
Abraço
João Valente
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