20 Bravos a pedalar!

Boas a todos!

Mais uma terça feira, mais uma voltinha no carrosel do BTT...

Nem sempre e nem nunca. Depois de quase 3 meses de abandono sem ir pedalar com os companheiros de biclas das terças, hoje larguei a preguiça para trás e decidi-me a levantar o rabo do vale dos lençóis e fazer-me á vida, porque isto de dormir tem lá que se lhe diga... Mais de 80% das pessoas morrem na cama, portanto... toca a levantar!
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Decididos a fazer uma voltinha mais light, optamos por fazer mais ou menos o habitual das terças - fizemos 127 km cheios de boa disposição e convívio, com uma altimetria aceitável de quase 2000 m de acumulado, a uma bonita média horária de 19 km/h, já a pensar nas maratonas que o calendário bttista vai trazer.

Não vou referir os nomes dos 20 bravos que apareceram para pedalar, porque a minha curta memória dos meus 49 anos já me tolda o raciocínio. Vagamente só me recordo do nome do amigo AC, do Filipe, do Marco, do Pedro Sales e pouco mais. Os outros 18 que me perdoem.

Saímos de casa através do famoso portal do frigorífico, agora já com uma cancela à maneira, tipo portagem da auto-estrada, mas muito mais barata - só tivemos que dar ao portageiro que lá estava 20 cents cada um para passar... barata feira! Ah!... Foi por sermos veículos de 2 rodas sem motor! E eu a pedalar sou o quê???... Um cavalo???...

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Fizemos então alguns estradões pelo Lirião, Tapada das Figueiras, zona do Vale da Pereira, onde não entramos para não importunarmos a colónia de nudistas que lá estava acampada. Viramos então os azimutes ao santuário da Nossa Sra do Valverde, onde tivemos de parar para bebermos algumas bejecas gentilmente cedidas pela comissão de festas que lá estava no bar.

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Já meio entorpecidos pelo álcool lá seguimos viagem até às bombas de gasolina do alto do Palvarinho, onde emborcamos uns cafés para cortar o efeito das bejecas, pois tinhamos que manter o equilíbrio para passarmos os single-tracks do Palvarinho, senão ainda caímos lá para o meio das hortas e já não nos levantavamos mais... nem o INEM nos salvava hoje! Aproveitei ainda para meter 500 paus de gasolina de mistura na minha bike porque as forças já me faltavam.
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Passado o Palvarinho fomos direitos ao Salgueiro, que passamos junto ao campo de futebol, virando depois os nossos azimutes para o Chão da Vã, que para lá chegarmos tivemos que atravessar um rio com cerca de 1 km de largura, cheio de jacarés, onde tivemos que lutar para escapar, acabando o pobre do Filipe por ficar molhado até ao pescoço.
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Já na aldeia e ainda sob o efeito do álcool não conseguimos encontrar o café para metermos mais umas sagres, pelo que decidimos continuar em direcção a Camões, através de uns trilhos tipo parede que nos fizeram suar cerveja pelos poros todos. O que nos vale é que a meio do caminho eu levava um barrilzito da superbock no camelbag e distribui finos pela malta.
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Chegados a Camões ficamos impressionados pela quantidade de gente que andava na rua. Tanta gente, cheia de bandeiras e aos gritos... lá perguntamos a umas velhotas o que se passava e lá descobrimos que estavam a fazer uma revolução para tornar Camões independente de Portugal! À babuja ainda agitamos umas bandeirolas mas de nada nos valeu, pois descobriram que eramos de Castelo Branco e expulsaram-nos, fazendo-nos atravessar outro rio largo, cheio de fundões que tive de palmilhar 3 vezes para ficar bem no filme realizado pelo AC. Já este ficou todo molhado ao lutar bravamente com algumas piranhas que entretanto se juntaram à festa!
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Vencidas mais umas barreiras lá chegamos ao cimo da Serrasqueira, virando depois para a Praia Fluvial do Muro, onde ainda encontramos alguns gajos do passeio da Rota do Gaio 2008 a petiscar chouriças e vinho tinto junto ao moinho. Oportunistas como nós somos, paramos para lhes fazer companhia e tornamos a encharcar a vela, pois precisavamos de energia para subir aquela grande barreirona que nos levou outra vez ao Palvarinho.

No Palvarinho tivemos a primeira surpresa do dia - o café estava aberto! Ora como a sede era muita - estavam quase 40 ºC, decidimos beber água, muita água! Descontente por não fazer negócio, acabamos por ser expulsos pela dona, pois ela queira era vender álcool!

Lá viemos então em direcção à Ponte de Ferro e aí tivemos outra surpresa - a JAE estava a fazer uma nova ponte, a uma cota mais elevada, pelo que não foi preciso descer lá abaixo nem subir aquela subiiiiiddddaaaa que nunca mais acaba para regressarmos a Castelo Branco. Por castigo de não irmos à Ponte do Ferro, o amigo AC decidiu que haviamos de então subir o Cabeço da Barreira para conseguirmos carburar o álcool todo que traziamos no sangue, pois não podiamos chegar a casa a cheirar a bebida, senão já sabiamos... rolo da massa!
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Já com mais sangue no meio do álcool que circulava nas nossas veias, lá chegamos a Castelo Branco, em cima da hora do lanche, contentes por termos passado mais um belo dia de BTT, sempre bem guiados pelo GPS do amigo AC como podem ver na foto.
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Fiquem bem! Até á próxima!

FMike

P.S.: Hoje é dia 1 de Abril! Acho que contei algumas mentirinhas por aí... Se querem saber o que é verdade no meio de isto tudo façam-nos companhia para a próxima